Linha de Chegada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br O blog onde atletas amadores e ultramaratonistas correm lado a lado Mon, 06 Dec 2021 21:28:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Black Friday traz descontos em produtos para corredores de rua https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/black-friday-traz-descontos-em-produtos-para-corredores-de-rua/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/black-friday-traz-descontos-em-produtos-para-corredores-de-rua/#respond Fri, 26 Nov 2021 22:26:21 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/163796504061a15cf0b8772_1637965040_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=854 A Black Friday já caminha para o seu fim, mas ainda é possível aproveitar descontos para dar uma renovada no guarda-roupa de corrida, ainda mais com as provas presenciais voltando com tudo. Para ajudar o leitor-corredor, seguem algumas das ofertas para aproveitar as promoções e sair por aí.

Tênis de corrida

O Linha de Chegada publicou nesta sexta (26) uma avaliação de quatro modelos de marcas diferentes. Para garantir um par novo —não necessariamente os mesmos—, a Centauro e a Netshoes estão com descontos que podem chegar a 80% em calçados de várias marcas tradicionais. Os preços variam de R$ 149,90 a a R$ 1.249,99 (Netshoes) ou R$ 499,99 (Centauro).

Roupas de corrida

As duas lojas também incluem meias, viseiras, camisetas, shorts e bermudas nas promoções.  Além disso, a Authen, marca voltada exclusivamente para corredoras brasileiras, está com várias ações ao longo do mês de novembro. Uma delas foi o lançamento da Coleção Black Friday, para se diferenciar da prática de oferecer descontos em linhas anteriores. Há ainda preços mais em conta de outras coleções, oferecendo bermudas a partir de R$ 59,90 e tops a partir de R$ 45,90.

A marca enviou os tops Grit e Signature Power que oferecem ótima sustentação e conforto para seios mais robustos em longões e treinos de rodagem, respectivamente —em breve no blog mais informações a respeito.

Já a Sigvaris Group, empresa de produtos de compressão, também está com descontos de até 40% em sua linha Up, indicada para praticantes de esporte. Segundo a marca, os itens oferecem mais firmeza nas pernas e diminuem a vibração, além de retardar o desgaste muscular. Há dois modelos: o Up 25, para atividades de média e alta intensidade, e o Up 17, destinado à recuperação após o exercício.

Máscaras

O Brasil apresenta melhora nos índices da pandemia, mas especialistas ainda indicam prudência com a manutenção de barreiras físicas e distanciamento social. Para deixar a prática um pouco mais confortável, há máscaras desenvolvidas especialmente para isso, como a da Penalty. Existem dois modelos: a Block Treino, presa atrás da orelha, e a Block Pró, que passa por trás da cabeça.

O blog testou a Treino, que se mostrou confortável durante a prática, por ser maleável para se adaptar ao rosto, mas se mantém firme, sem atrapalhar a respiração. Assim como a Pró, possui camada dupla e fio de poliamida antiviral na parte interna, que bloqueia a contaminação cruzada entre os artigos têxteis e o usuário. A diferença entre as duas é que a Pró é mais recomendada para esportes de alto rendimento, mas ambas estão com até 50% desconto no site da Penalty.

A Sigvaris também oferece uma máscara com a mesma tecnologia, que resiste às lavagens desde que sejam observadas as recomendações. A Sigvaris Care também está com desconto de até 30% nesta Black Friday.

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Veja avaliações dos tênis de corrida de Adidas, Asics, Fila e Olympikus https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/veja-avaliacoes-dos-tenis-de-corrida-de-adidas-asics-fila-e-olympikus/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/veja-avaliacoes-dos-tenis-de-corrida-de-adidas-asics-fila-e-olympikus/#respond Fri, 26 Nov 2021 12:00:03 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/testados-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=793 As novidades nos tênis de corrida não param de surgir, com lançamentos das principais marcas que aparecem a todo momento. Para ajudar o corredor que busca um calçado novo para sair gastando por aí, testei alguns modelos, enviados pelas empresas. Quem sabe não dá para aproveitar uma promoção de Black Friday?

Adidas Adizero Adios Pro 2
O tênis Adizero Adios Pro 2, da Adidas (Divulgação)
O tênis Adizero Adios Pro 2, da Adidas (Divulgação)

O tênis é o top de linha da marca alemã. Leve e confortável, sua tecnologia praticamente empurra o corredor do solo. Desenvolvido com insights e dados dos atletas mais rápidos do mundo, como a campeã olímpica na maratona de Tóquio, Peres Jepchirchir, ele é destinado para atletas mais experientes, que buscam um tênis de alta qualidade e, por isso, estão dispostos a investir mais.

Os pares possuem duas camadas de entressola Lightstrike Pro, uma estrutura de suporte para dar retorno de energia, Energyrods sintonizados por infusão de carbono, projetados para limitar a perda de energia e uma nova estrutura de calcanhar, que fixa o pé por meio de uma trava antiderrapante.

Peso: 215 g
Drop: 10 mm
Preço: R$ 1.699,99

Asics Novablast 2
O tênis Novablast 2, da Asics
O tênis Novablast 2, da Asics

O novo modelo da marca japonesa chegou em agosto deste ano. Ele segue a linha dos últimos lançamentos das marcas concorrentes, com solado mais alto, o que gera um estranhamento de início para quem não está habituado. A forma é padrão, com uma boa elasticidade, e há uma ótima absorção do impacto. Recomendo para corredores intermediários, que buscam um tênis mais avançado.

Em comparação à sua versão anterior, de 2020, o tênis traz “um solado que oferece uma passada mais suave e eficiente” com a espuma FF Blast, segundo comunicado do diretor de Produtos da Asics América Latina, Daniel Costa. Houve também um aumento na largura do meio do pé do tênis, com um design mais assimétrico na geometria da entressola, que, junto com o contraforte em TPU, proporciona passadas mais estáveis.

Peso: 215 g
Drop: 10 mm
Preço: R$ 899,99

Fila KR5
O tênis KR5, da Fila (Divulgação)
O tênis KR5, da Fila (Divulgação)

O modelo foi uma das surpresas deste ano. Chegou ao mercado como o produto mais leve já desenvolvido pela Fila Brasil. Com um drop menor, ele pode agradar quem está acostumado com os modelos mais tradicionais, por ser diferente dos últimos lançamentos. Na prática, ele cumpre a promessa de ultraleve –nos primeiros passos causando certo estranhamento. Por ser mais acessível, é um bom tênis para começar, mas o corredor pode sentir a diferença no futuro ao evoluir para um modelo mais pesado.

O cabedal em tecido dá boa respirabilidade, e a tecnologia Fuse promete maior resistência. Uma placa interna foi colocada para estabilidade na região do médio-pé, enquanto dois pontos de borracha nas partes traseira e frontal, com Evergrip, proporcionam tração.

Peso: 162 g
Drop: 6 mm
Preço: R$ 399,90

Olympikus Corre1 Eco
O tênis Corre1 Eco, da Olympikus (Divulgação)
O tênis Corre1 Eco, da Olympikus (Divulgação)

O modelo de edição limitada é um tênis de corrida básico, mas seu principal diferencial está no material utilizado. Segundo a marca brasileira, foi produzido com componentes reciclados e renováveis e conta com materiais como EVA Verde, produzido a partir da cana-de-açúcar. A diferença que esses materiais fazem é nítida, mas isso não impacta no desempenho. Não é um tênis pesado, e indico para quem busca um modelo mais tradicional e com menor impacto ambiental.

Quanto à tecnologia, o Duoflow resulta em um maior amortecimento, enquanto o HyperSox, material com fios de poliéster reciclados a partir de garrafas plásticas, proporciona respirabilidade, conforto, flexibilidade e leveza. Já o Gripper e o Gripper Plus oferecem aderência ao solo e absorção do impacto com borracha natural extraída da seringueira.

Peso: 273 g
Drop: 8 mm
Preço: R$ 499,90

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Livro de Murakami sobre corrida é tanto boa leitura quanto incentivo para treinos https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/08/livro-de-murakami-sobre-corrida-e-tanto-boa-leitura-quanto-incentivo-para-treinos/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/08/livro-de-murakami-sobre-corrida-e-tanto-boa-leitura-quanto-incentivo-para-treinos/#respond Sun, 08 Aug 2021 19:11:01 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/10168018_819890568038335_3572758280655381039_n-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=764 Aproveitando o clima esportivo das Olimpíadas de Tóquio, que chegaram ao fim neste domingo (8), indico o livro “Do que Eu Falo quando Eu Falo de Corrida”, do japonês Haruki Murakami. Célebre escritor mundial, ele acumula vários quilômetros e décadas na prática do esporte, com foco na maratona, que acabou de ocorrer em sua terra natal.

A obra chegou até mim de forma inesperada, quando uma grande amiga me mandou de presente, já que unia duas paixões —a literatura e a corrida. E foi uma grata surpresa a leitura, por dois principais motivos.

O primeiro é o texto fluido e gostoso de ler de Murakami. O livro está em forma de diário e nele o autor relata como começou a correr, sua rotina de treinos, altos e baixos, centrando principalmente na preparação para a Maratona de Nova York, com alguns flashbacks (destaque para o relato da maratona original, na Grécia).

O autor Haruki Murakami em Odense, na Dinamarca (Henning Bagger - 30.out.16/Scanpix Denmark/Reuters)
O autor Haruki Murakami em Odense, na Dinamarca (Henning Bagger – 30.out.16/Scanpix Denmark/Reuters)

Já a outra razão é pura identificação. Murakami passou pelo que ele chama de “runner blues”, ou tristeza dos corredores, numa tradução livre. É aquele ponto baixo, quando o desânimo toma o nosso corpo e sair para dar alguns passos parece o mesmo que enfrentar uma maratona (eu imagino, já que nunca corri prova do tipo).

Acredito que esse “mal” deva acometer muitos de nós. Se esse for seu caso no momento, reforço ainda mais a indicação. Eu não estava exatamente no meu momento mais desanimado, mas tampouco conseguia manter uma rotina de treinos assídua o suficiente para evoluir.

Ao longo da leitura, no entanto, a empolgação voltou, a um nível para me preparar para os 42 km —ok, nem tanto, mas sigo almejando uma meia maratona antes do fim do ano, mesmo sem provas presenciais confirmadas.

“Por mais que correr longas distâncias seja uma coisa que me caia bem, claro que existem dias que me sinto meio letárgico e não quero correr. Na verdade, acontece com frequência.” (Haruki Murakami)

Essa identificação que o escritor consegue gerar, mesmo que estejamos separados por um abismo na questão da distância e do empenho em treinar (ele mira uma maratona por ano e pratica seis dias por semana, enquanto eu consegui chegar aos 16 km e, em semanas boas, corro quatro vezes), acredito que seja porque, no fundo, o sentimento é o mesmo.

Ele relata a tristeza de caminhar em uma prova —quem já não passou por isso?— e como teve dificuldades para recuperar a autoconfiança depois de não conseguir completar a parte de nado em um triatlo. São desafios que muitos de nós já enfrentamos, mesmo que não sejamos triatletas ou maratonistas, provavelmente mais de uma vez.

Se você, então, está em busca de uma leitura agradável e que, de quebra, pode render um bom incentivo para colocar os pés no asfalto, fica a indicação.

DO QUE EU FALO QUANDO EU FALO DE CORRIDA
Preço R$ 49,90 (brochura) e R$ 23,90 (ebook)
Autor Haruki Murakami
Editora Alfaguara
Págs. 150

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Como se manter motivado durante o isolamento devido ao coronavírus https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/04/06/como-se-manter-motivado-durante-o-isolamento-devido-ao-coronavirus/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/04/06/como-se-manter-motivado-durante-o-isolamento-devido-ao-coronavirus/#respond Tue, 06 Apr 2021 21:29:50 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/1526a8b41f0432a81d02b8328da6e76f3eb133542cf7bd5e2f42aec207ec553e_6065fabcca0e0-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=719 Você sabia que o Dia Internacional da Atividade Física é comemorado nesta terça (6)? Neste ano, assim como em 2020, a data vem em meio ao confinamento mais rígido para tentar conter a propagação do coronavírus, já que o Brasil passa por seu pior momento na pandemia —nesta segunda (5), o país chegou a 13 milhões de casos e 333 mil mortos pela Covid-19.

Nesses períodos, torna-se ainda mais difícil encontrar a motivação para manter o corpo em movimento, algo fundamental não só para a saúde física como para a mental. Encontrar inspiração é algo muito particular, mas algumas dicas gerais podem ajudar. Para mim, a principal delas está ligada ao objetivo estabelecido, aonde eu quero chegar.

Sempre que começamos algo, e a atividade física não é diferente, é preciso ter em mente o tamanho do passo a ser dado, tanto para que o desafio não pareça impossível, mas também para que não seja tão fácil que desmotive. Segundo um estudo publicado na edição de janeiro deste ano da Health Psychology, estabelecer objetivos diários que excedam um pouco do que já faz parte do cotidiano ajuda a manter a disciplina.

Exemplo prático: uma pessoa sedentária que completa, digamos, 5.000 passos num dia pode desafiar-se a, na primeira semana, percorrer 5.500 passos.

O autor do estudo, Guillaume Chevance, pesquisador assistente no Instituto de Barcelona para Saúde Global, recomenda que o aumento a cada semana seja de 10%. Os resultados apontaram que o fato de quase alcançar a meta (quando não cumpri-la) era mais efetivo para manter a pessoa motivada, em contraposição a objetivos muito altos que ficavam longe de serem atingidos.

Ok, mas isso vale para sedentários ou para caminhantes, que contam passos. E os corredores? No meu caso, como não tivemos provas físicas —o que mais me mantém motivada por ter dia e hora marcados para que a meta seja cumprida—, estabelecer uma distância não funcionava muito.

Decidi, então, mirar tempo. Desde o início do ano, tenho usado isso para definir meus objetivos, indo aos poucos, já que houve um período de destreino no fim do ano —período intenso no noticiário. Comecei com 20 minutos em janeiro, 30 minutos em fevereiro, e a ideia era chegar a 40 minutos em março, mas a vida aconteceu mais uma vez.

E é importante lembrar que isso faz parte. Tenho uma meta grande, e a dividi em partes menores, para que eu possa revê-las mensalmente e trimestralmente, já que nem tudo corre exatamente como a gente planeja.

Caso eu alcance o objetivo antes do fim do mês, trabalho em melhorar pace (ou ritmo, em quantos minutos se percorre um quilômetro), para que o avanço seja mais suave e meu corpo ganhe condicionamento.

Essa forma de metas funciona para diferentes tipos de exercícios. De força, é possível ver a evolução em quanto tempo de prancha é possível permanecer, ou começar fazendo apoios com os joelhos no chão e aos poucos melhorar a execução até que se consiga fazer com suporte só nos pés. Na ioga ou no pilates, a evolução do alongamento ou o tempo de permanência nas posições —e por aí vai.

Outra forma de motivação é ter um “amigo” para estar ao seu lado nessa caminhada (ou corrida). Entre aspas, pois não necessariamente precisa ser uma pessoa. Claro que um parceiro de carne e osso ajuda muito, em especial em condições adversas (muito frio, muito quente etc.), mas pode ser um aplicativo para ver o progresso ou mesmo as redes sociais.

Compartilho a maioria dos treinos, tanto de corrida, como força e sessões de ioga, e tem sido muito bacana ver as pessoas falando: “Nossa, preciso ser mais como você, fazer mais exercício” (e estou longe de ser uma influenciadora fitness). Isso de fato ajuda muito a se manter motivado, algo como prestar contas —sempre de olho se essa relação com as redes não está se tornando tóxica.

Neste momento, mais importante do que a motivação, porém, é o cuidado com relação ao coronavírus. Pessoas que fazem parte dos grupos de risco devem evitar ao máximo sair, em especial se ainda não foram vacinadas. O uso da máscara é obrigatório, mesmo que desconfortável e forçando uma diminuição do ritmo, bem como higienizar as mãos com frequência e manter o distanciamento social.

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Os benefícios da ioga para corredores https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/23/os-beneficios-da-ioga-para-corredores/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/23/os-beneficios-da-ioga-para-corredores/#respond Tue, 23 Feb 2021 19:13:57 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/ilustras-exercicios-helius-04.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=683 Um dos atrativos da corrida para muitas pessoas é que basta um tênis e pronto, você já pode sair por aí —e, a depender do praticante, nem calçados são necessários.

Para a prática regular, porém, é preciso prestar atenção em outros pontos, como fortalecimento e flexibilidade. Para ambos, a ioga pode ser uma excelente aliada, em especial nos alongamentos.

Há dez anos instrutora de ioga, Pri Leite, dona de um canal de YouTube de quase 1 milhão de inscritos, recomenda alguns exercícios, em especial para evitar lesões. “É importante que a gente cultive tanto força quanto flexibilidade. Na corrida, cria-se tônus muscular, mas é preciso alongar antes e depois para a saúde das articulações, principalmente dos joelhos”, explica.

Outro benefício da prática para os corredores está ligado à respiração. “Na corrida, é preciso controlar a respiração para ir mais longe, então a ioga traz essa consciência da respiração mais profunda, aumenta a consciência da capacidade respiratória.”

E há claro também a parte mental, que serve para toda a atividade, inclusive ioga e corrida. “Perceber que você consegue ir além do que achava que conseguiria no começo. Não é da noite pro dia, vai montando dos bloquinhos”, afirma Pri. “Precisa ter consistência, a disciplina é muito correlacionada [entre as duas práticas].”

Para os corredores, ela indica a hata ioga, mais voltada para a flexibilidade, com exercícios para serem feitos tanto antes quanto depois da corrida. Ela salienta que, se o atleta quiser fazer uma sequência de power ioga, não é proibitivo, mas o objetivo é diferente. “Se vai pensar na corrida em si, a maioria dos corredores busca um aquecimento leve antes e depois um alongamento.”

A iogui indica também uma meditação ou a postura savasana, em que se deita no chão e relaxa o corpo, para que o corredor possa processar o exercício que acabou de fazer.

A seguir, algumas das posições indicadas por Pri Leite.

Pri Leite faz postura da crescente alta (Divulgação)
Pri Leite faz postura da crescente alta (Divulgação)

Crescente alta

Postura trabalha tanto tonificação das pernas e do core como alongamento da parte inferior. Na sua variação baixa, com o joelho no chão, foca mais a flexibilidade e menos o fortalecimento.

Pri Leite faz postura do cachorro olhando para baixo (Divulgação)
Pri Leite faz postura do cachorro olhando para baixo (Divulgação)

Cachorro olhando para baixo

A iogui indica essa postura para um excelente alongamento de coluna e panturrilha. Para os menos flexíveis, pode-se dobrar o joelho e/ou tirar os tornozelos do chão.

Pri Leite faz postura do lagarto (Divulgação)
Pri Leite faz postura do lagarto (Divulgação)

Lagarto

Já essa postura trabalha os quadris e os joelhos, que recebem sobrecarga durante a corrida.

Pri Leite faz postura do pombo (Divulgação)
Pri Leite faz postura do pombo (Divulgação)

Pombo deitado

Outra postura recomendada para os joelhos e que também trabalha do alongamento dos quadris.

Pri Leite faz postura do cachorro olhando para cima (Divulgação)
Pri Leite faz postura do cachorro olhando para cima (Divulgação)
Pri Leite faz postura da cobra (Divulgação)
Pri Leite faz postura da cobra (Divulgação)

Cachorro olhando para cima e cobra

As duas posturas ajudam a alongar os ombros e melhorar a consciência da região torácica, para uma postura mais ereta durante a corrida.

Pri Leite faz postura do camelo (Divulgação)
Pri Leite faz postura do camelo (Divulgação)

Camelo

Já essa postura alonga a parte inteira da frente do corpo, algo que nem sempre prestamos atenção no fim da prática.

Pri Leite faz postura de relaxamento savasana (Divulgação)
Pri Leite faz postura de relaxamento savasana (Divulgação)

Savasana

Postura de relaxamento recomendada para o corpo processar a atividade realizada.

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Corrida ajuda jovem a lidar com bipolaridade; saiba benefícios da prática para saúde mental https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/30/corrida-ajuda-jovem-a-lidar-com-bipolaridade-saiba-beneficios-da-pratica-para-saude-mental/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/30/corrida-ajuda-jovem-a-lidar-com-bipolaridade-saiba-beneficios-da-pratica-para-saude-mental/#respond Sat, 30 Jan 2021 14:00:32 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/16119613926014943044fbd_1611961392_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=663 Foi aos 14 anos que Gabriela Marques descobriu o diagnóstico de transtorno de bipolaridade, após o fim de um relacionamento. “Fiquei muito tempo mal, não saía daquilo”, lembra a jovem, hoje prestes a completar 25 anos.

A mãe a levou a médicos, que receitaram tratamento com remédios fortes. Após uma melhora, ela parou com os medicamentos. “O grande problema da bipolaridade é que, quando vai para a hipomania, o lado bom, a gente acha que está bem, não tem nada”, afirma Gabriela.

Depois disso, ela viveu “anos de luz”, como relata, durante o ensino médio. Entrou para a faculdade de engenharia elétrica e iniciou um relacionamento –cujo término gerou uma constante tristeza em sua vida. “Entrei em depressão, minha tendência é depressão bipolar.”

Em 16 de novembro de 2014, porém, ela encontrou uma paixão que teria um impacto significativo em sua vida. Sem nenhum histórico de esportistas da família, a irmã, “um arroz de festa”, a convidou para participar de uma corrida de 5 km em Itaquera, zona leste de São Paulo.

“Lembro até hoje da data”, conta Gabriela, empolgada. “Acordei 3h30 da manhã, porque morava em Franco da Rocha [município 43 km ao norte de São Paulo], olhei o Itaquerão [estádio do Corinthians], o sol nascendo e eu me senti viva.”

A semana inteira dolorida por sua falta de preparo não a incomodou, e a jovem começou uma prática sem muita regularidade, intercalando com caminhadas. Os três anos seguintes foram de idas e vindas, tanto na corrida quanto na questão de sua bipolaridade.

Em 2017, quando já havia trancado a faculdade, uma cena no seu trabalho, no qual precisava lidar com pessoas, a abalou e gerou uma crise de estresse. O lado direito do corpo adormeceu, e Gabriela não conseguia completar frases.

Foi o que a jovem chama de cartada final para procurar uma psiquiatra, que deixou claro que, sem tratamento, esse seria só o primeiro de vários surtos. “Aceitei que precisava tentar o remédio.”

Alguns meses depois, em setembro, enquanto ainda tentava acertar a medicação, aceitou outro convite para uma corrida, desta vez um treino gratuito que partiria da escadaria de Sumaré, na zona oeste da capital paulista. “Aí eu me apaixonei. Passei 2018 e 2019 inteiro indo de Franco da Rocha para São Paulo para participar de grupos de rua que eram de graça.”

Motivada, ela começou a divulgar sua rotina de esportista nas redes sociais, pois acredita que as pessoas precisam saber que existem essas oportunidades, sem custo, disponíveis. Em 2019, Gabriela se superou, correu cinco meia maratonas e se tornou esportista da marca de roupas Authen.

Para o tratamento da bipolaridade, a jovem toma um remédio mais leve, justamente pela quantidade de atividades que pratica. “A psiquiatra falou que a corrida é o esporte que mais ajuda com o remédio”, afirma. “Esporte é o que me salva todo dia.”

ESTUDO LIGA EXERCÍCIO A COMBATE À DEPRESSÃO

De fato, a atividade física tem um poder crucial para gerar bem-estar, mas seu potencial para pessoas com depressão gerada por estresse pode ser ainda maior. Um estudo do Instituto Karolinska, de 2014, descobriu que o treinamento induz mudanças no músculo esquelético que podem expulsar do sangue uma substância que se acumula durante o estresse e é prejudicial ao cérebro.

“Em termos neurobiológicos, ainda não sabemos o que é depressão. Nosso estudo representa mais uma peça do quebra-cabeça, pois explicamos as alterações bioquímicas protetoras induzidas pelo exercício físico que evitam que o cérebro seja danificado durante o estresse ”, afirmou Mia Lindskog, pesquisadora do Departamento de Neurociência do instituto sueco, quando a pesquisa foi lançada.

No estudo, realizado com ratos, foi injetada uma substância gerada a partir da atividade física –chamada PGC-1a1. Quando esses ratos foram submetidos a ambientes de estresse durante cinco semanas, eles não demonstraram sintomas depressivos em comparação aos que não tiveram a substância injetada.

Outra descoberta foi que os ratos com alta concentração de PGC-1a1 também tinham níveis mais elevados de enzimas chamadas KAT. Essas enzimas convertem uma substância formada durante o estresse, a quinurenina, em ácido quinurênico, que não consegue passar do sangue para o cérebro.

A transformação em ácido, que ocorria de maneira rápida em ratos com níveis aumentados de PGC-1a1, acabou sendo um mecanismo de proteção. Por outro lado, quando ratos normais receberam quinurenina, eles exibiram comportamento depressivo.

“Nossa hipótese inicial era que o músculo treinado produziria uma substância com efeitos benéficos no cérebro. Na verdade, descobrimos o oposto: músculos bem treinados produzem uma enzima que elimina do corpo substâncias nocivas”, explicou Jorge Ruas, pesquisador principal do Departamento de Fisiologia e Farmacologia do Instituto Karolinska, na época da publicação.

A peça no quebra-cabeça do que são os transtornos mentais, descoberta pela pesquisa, ajuda a entender um pouco como o esporte é significativo para pessoas com essas doenças.

PANDEMIA IMPACTA TAMBÉM SAÚDE MENTAL

A pandemia de coronavírus, porém, significou um risco ainda maior além da Covid-19 em si para essas pessoas. Gabriela conta que, por ficar sem praticar esporte, teve uma recaída. “Voltei a pensar em suicídio. Pedia para minha mãe não me deixar sozinha em casa.”

Em agosto, ela teve seu pior episódio. Após ter sido diagnosticada e curada da Covid-19, não podia se exercitar por causa do condicionamento respiratório prejudicado pela doença. “Não conseguia ver esporte, falar sobre isso. Queria praticar, mas não conseguia.”

Aos poucos, pôde voltar e diz que não irá desistir do seu tratamento. “Incentivo as pessoas a voltar aos poucos, não se cobrar tanto, esquecer a performance e falar sobre lazer.”

Gabriela garante que, quando as provas presenciais voltarem, ela estará lá. “A corrida é minha vida, ela é uma constante. Meu humor não é estável. Quando eu corro constantemente, eu entendo que meu humor também pode ser.”

O Janeiro Branco, uma campanha de saúde mental, já está no fim, mas a importância de se conscientizar sobre o assunto dura o ano inteiro. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 264 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão.

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Exercício físico aumenta a imunidade? Saiba benefícios e riscos https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/15/exercicio-fisico-aumenta-a-imunidade-saiba-beneficios-e-riscos/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/15/exercicio-fisico-aumenta-a-imunidade-saiba-beneficios-e-riscos/#respond Fri, 15 Jan 2021 14:00:15 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/98f9745ad646e4b03fd94c3edcdc9c9ca375a9ae77b1c650b52e072886d2085b_5ffdb01a951b9-1-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=640 Não é de hoje que se escuta a máxima de que exercício físico melhora a imunidade. A afirmação, porém, ganhou ainda mais força no ano passado, quando estourou a pandemia de coronavírus.

É importante frisar que, apesar dos incontáveis benefícios, exercício não é vacina e não vai deixar o praticante imune a qualquer doença. Ele funciona como prevenção e está sempre aliado a cuidados complementares, como alimentação e, atualmente, o uso de máscaras para evitar a disseminação da Covid-19.

Um dos frutos que se colhe da prática constante de atividade física é o fortalecimento da defesa do organismo, como explica Fabio Ceschini, profissional de educação física especialista em fisiologia do exercício e ciência do esporte. “Tanto o ganho de massa como o emagrecimento, que são os principais objetivos que as pessoas buscam quando se exercitam, dependem da melhora do sistema imunológico.”

Ou seja, um sistema fortalecido não só previne doenças como facilita a hipertrofia e a perda de peso. Isso porque, durante a prática –e aí entram musculação, corrida, pedalada, caminhada etc.–, o músculo se contrai e relaxa, o que resulta em proteínas. Essas substâncias são respostas do nosso organismo, o tal do sistema de defesa, que atuam em diferentes áreas do corpo e, por isso, melhoram a imunidade.

Ceschini, que fundou a plataforma de ensino Viajando pela Fisiologia, ressalta que o sistema ajuda a proteger “o ser humano de desenvolver doenças comuns como diabetes tipo 2, obesidade, acúmulo de gordura no fígado e até mesmo câncer e não está só ligado à prevenção de vírus da gripe e doenças respiratórias”.

A prática, claro, também traz benefícios, fortalecendo o organismo para enfrentar uma contra gripe comum e podendo, inclusive, ajudar contra o coronavírus.

Um estudo da revista Diabetes & Syndrome: Clinical Research & Reviews publicado na metade do ano passado concluiu que o “aumento da capacidade aeróbia pode produzir melhorias seguras de curto prazo na função dos sistemas imunológico e respiratório, particularmente aqueles específicos para infecções por Covid-19”.

A melhora, segundo a pesquisa, pode se dar por meio de três mecanismos: aumentando o nível e a função das células imunológicas; melhorando as funções do sistema respiratório, agindo como um antibiótico, antioxidante e antimicótico; e atuando como barreira protetora para diminuir os fatores de risco da Covid-19.

Ao mesmo tempo, porém, que fortalece a imunidade, o exercício físico pode enfraquecê-la. “Os estudos sugerem que pessoas que querem começar a treinar, que isso seja feito dentro de uma intensidade moderada, que melhora a função do sistema imunológico”, explica Ceschini.

“Para quem começa agora a se exercitar, treinar em uma intensidade vigorosa pode induzir o lado ruim do sistema imune, quando o organismo passa a produzir muitas substâncias com caráter inflamatório, que podem acelerar a progressão de doença.”

É como o iniciante na academia, que decide fazer uma alta carga de atividade –mesmo que poucas vezes na semana, mas com treinos longos– e após cerca de dez dias some porque está com algum tipo de indisposição, exemplifica o profissional de educação física.

Já uma pessoa que tenha um histórico de treinamento, lembra Ceschini, pode evoluir para um treino vigoroso, que colabora para melhorar o sistema imune, desde seja um treinamento prescrito por um profissional de educação física.

Mas como saber se estou na intensidade moderada da prática? “Quando se vai correr, por exemplo, se é possível correr e ainda desenvolver uma conversa, é moderado. Quando não se consegue, fisiologicamente é um indicador que está entrando na zona vigorosa de treinamento”, esclarece o especialista.

Para esse início, Ceschini ressalta ainda duas recomendações da OMS. A primeira, realizar 150 minutos de exercício por semana. Já a segunda, que esse tempo total seja diluído em vários dias, como de segunda a sexta, com 30 minutos por sessão, para que o hábito seja estimulado.

Com a pandemia, há um outro ponto de atenção relacionado ao uso de máscara, que é obrigatório como forma de conter a propagação do vírus. Recomenda-se que o item de proteção seja trocado caso o treino exceda 30 minutos ou 40 minutos, já que, se molhado, é um ambiente propício à proliferação de bactérias.

“Também deve-se prestar muito atenção no nível de desconforto”, ressalta Ceschini, que recomenda uma escala de 0 (nada de desconforto) a 10 (extremamente desconfortável) para fazer ajustes no treinamento, como um tempo maior de repouso entre exercícios da musculação ou reduzir a velocidade da corrida. “E o bom senso é sempre necessário nessa questão”, diz o especialista.

E a pandemia fez com que movimentar-se seja ainda mais importante. “No pós-pandemia, é muito provável o aumento de doenças como obesidade, pré-diabetes, hipertensão e transtorno de ansiedade e depressão”, explica o profissional de educação física.

“Muitos podem estar na linha tênue entre a doença e o grupo de risco e, fazendo exercício, cria-se um fator de proteção em ambos os grupos. Então, também para essas pessoas, o exercício é fundamental.”

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Uso de máscaras e lesões na corrida: como fica a volta dos exercícios ao ar livre https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/07/14/uso-de-mascaras-e-lesoes-na-corrida-como-fica-a-volta-dos-exercicios-ao-ar-livre/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/07/14/uso-de-mascaras-e-lesoes-na-corrida-como-fica-a-volta-dos-exercicios-ao-ar-livre/#respond Tue, 14 Jul 2020 15:03:55 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/4bd708e0e03339d177076c19fac6a05e3e60d64c2f3962bbf5d8d6553ee3afa8_5f0ca4e9e2b7a.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=516 Depois de quase quatro meses fechados, os parques reabriram em São Paulo nesta segunda-feira (13), ainda que com horários mais restritos e adoção de medidas de proteção.

Outras cidades já haviam flexibilizado o funcionamento dessas áreas, como em Florianópolis, que passou a fechar nos fins de semana após aumento de casos, ou permitido exercícios na rua, como no Rio.

Na capital paulista, a reabertura é um convite para quem não via a hora de sair de casa e praticar uma atividade ao ar livre. O momento, no entanto, é de precaução extrema, não só devido à pandemia de coronavírus, que ainda não chegou ao seu pico no Brasil, mas também para evitar lesões.

“Neste momento, o mais importante é manter a condição física e tentar melhoras progressivas”, explica a especialista em medicina esportiva Renata Castro. “Treinos intensos podem reduzir a imunidade. Portanto, quem ficou parado durante todos esses meses de isolamento deve começar treinos de baixa intensidade e ir progredindo aos poucos.”

Com as corridas de rua suspensas e aquela prova alvo sem data marcada para acontecer, há tempo para que essa progressão seja feita sem pressa. É importante também não tentar voltar logo na primeira saída ao nível que se praticava no pré-isolamento, o que é um convite às lesões.

A prática da corrida deve ainda estar atrelada ao fortalecimento muscular. As academias ensaiam uma reabertura, mas nem todas estão em funcionamento. Há, porém, exercícios que se pode fazer de casa, com o peso do próprio corpo ou com utensílios domésticos, como garrafas d’água.

Além disso, e principalmente neste momento, é importante saber seus próprios limites, afirma Castro. “A individualidade de cada um deve ser respeitada. Por isso, considero prudente, sempre que possível, a busca de um profissional que possa individualizar seu treino.”

Outra questão frequente na prática de exercícios ao ar livre em meio à pandemia é o uso de máscaras. Ao mesmo tempo em que geram uma barreira para o coronavírus, esses equipamentos dificultam um pouco a passagem do ar.

Mas, afinal, há riscos de se exercitar de máscara? “Muitas pessoas comentaram que o uso da máscara poderia facilitar a reinalação do gás carbônico”, diz a médica. “O espaço que sobra entre nosso rosto e a máscara é insuficiente para acumular grandes quantidades. Além disso, o ar expirado não é formado 100% por este gás.”

Assim, não existe o perigo de reinalação tóxica com o uso da proteção.

Não é qualquer equipamento, porém, o adequado para usar durante a corrida. A máscara N-95, por exemplo, impede muito a passagem do ar e não deve ser usada a para a prática de atividade física.

Já as cirúrgicas, segundo um estudo na revista Clinical Research in Cardiology que avaliou a resposta de 12 homens durante o teste cardiopulmonar, apresentaram uma limitação relevante em atividades com intensidade de esforço muito intensa –e que devem ser evitadas nessa retomada pós-isolamento.

A adoção das máscaras durante a corrida pode ser difícil, afinal, todo novo hábito é. O fato é que elas são obrigatórias e não devem ser substituídas pela proteção de acrílico. Há algumas formas, entretanto, para tentar aliviar o desconforto.

“Escolha uma máscara que permita a passagem do ar, que não impeça de respirar em repouso e se adapte bem ao rosto, sem deixar folgas, mas também sem que seja muito desconfortável”, aconselha Castro.

É sensato testar em casa antes de sair correndo. “Verifique se está confortável. Se não estiver confortável em repouso, ela não é a máscara ideal para você praticar exercícios.”

No Ao Vivo em Casa da Folha sobre exercícios físicos, o educador físico Diego Zanotto recomendou ainda a adoção de um equipamento que seja estruturado, para não acompanhar o movimento da respiração, dificultando ainda mais a passagem do ar.

Por fim, é importante também que a máscara não fique molhada, o que diminui sua eficácia. Para evitar isso, recomenda-se levar um equipamento extra.

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Como diminuir a perda de condicionamento físico durante o isolamento por coronavírus https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/06/22/como-diminuir-a-perda-de-condicionamento-fisico-durante-o-isolamento-por-coronavirus/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/06/22/como-diminuir-a-perda-de-condicionamento-fisico-durante-o-isolamento-por-coronavirus/#respond Mon, 22 Jun 2020 18:30:45 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/08fff7e62f5709b2766eb49906388c528b843fad822b2801459ded45e5645907_5e72e12627b78.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=485 Saudades de correr, né, meu (minha) filho (a)?

A pandemia forçou os corredores a pendurarem seus tênis por um longo período que, na cidade de São Paulo, já passa dos 60 dias desde o fechamento de academias e comércio em geral.

Correr na rua não está proibido, mas parques foram fechados para impedir aglomerações. Além disso, é preciso estar sempre com equipamentos de proteção individual, como máscaras –e, claro, não fazer parte dos grupos de risco, não apresentar sintomas e ir sozinho (a).

E são com essas medidas de proteção que alguns corredores se deparam com problemas. Entre eles, a dificuldade de respirar com uma máscara atrapalha (e muito) a prática, mesmo que seja apenas uma corrida leve para sentir um pouco o vento no rosto e o asfalto embaixo dos tênis.

Para não ficar parado, o jeito tem sido fazer do lar uma pequena academia. E há diversos exercícios que podem ser feitos em casa, com um colchonete, uma cadeira e o peso do próprio corpo.

A corrida, porém, tem demandas específicas, e manter um condicionamento físico mínimo em casa é desafiador. “A corrida de rua se caracteriza por ser uma modalidade contínua e de longa duração. Portanto, a principal demanda cardiorrespiratória está relacionada ao metabolismo aeróbico, em que ocorre aumento da frequência cardíaca, da frequência respiratória e aumento da pressão arterial”, explica Renata Castro, especialista em medicina esportiva.

“Por ser uma atividade de longa duração e de impacto, os sistemas muscular e ósseo também devem estar preparados”, complementa.

A médica destaca que exercícios como pular corda, subir escada, correr no mesmo lugar com elevação de joelhos e calcanhares, além de polichinelos, são recomendados para manter ou diminuir a perda do condicionamento cardiorrespiratório.

Já o muscular, é preciso focar membros inferiores, com agachamentos, saltos, elevação de panturrilha, avanço e elevação de pernas, por exemplo.

Castro ressalta ainda que é preciso estar atento à execução correta do exercício para evitar lesões e ao nível de intensidade que se consegue manter. “É importante lembrar que cada pessoa tem um nível de treinamento, e a carga e a progressão deverão respeitar a individualidade de cada um.”

Nessa questão, a médica explica que as lives de exercício ajudam a manter o condicionamento, mas apresentam perigos a pessoas pouco condicionadas ou com doenças, por vezes desconhecidas.

“[Essas pessoas] terão maior risco de se lesionar ou mesmo apresentar sintomas cardiovasculares ao tentar realizar os exercícios de uma aula que não é individualizada e, muitas vezes, é bastante intensa.”

O respeito aos limites do próprio corpo é fundamental ainda para não reduzir a imunidade, pois treinos intensos podem enfraquecer o sistema imunológico. “Neste momento, o mais importante é manter a condição física e tentar melhoras progressivas.”

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Com videoconferência, ambientes de casa viram academia durante confinamento https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/05/11/com-videoconferencia-ambientes-de-casa-viram-academia-durante-confinamento/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/05/11/com-videoconferencia-ambientes-de-casa-viram-academia-durante-confinamento/#respond Mon, 11 May 2020 03:00:36 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/corrida-05-11.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=478 As academias fechadas desde meados de março devido à pandemia de coronavírus fizeram com que os alunos levassem a rotina das atividades físicas para dentro de casa, o que nem sempre é fácil.

Há dúvidas quanto à adaptação dos exercícios, já que muitas vezes não há halteres, anilhas e barras, ao espaço necessário e até em como manter a motivação no mesmo espaço em que se dorme e, em alguns casos, trabalha.

Aluna de funcional há seis anos, Karla Bittencourt, 46, não sabia como seriam as aulas por videoconferência, ferramenta que antes só usava para reuniões de trabalho.

Foi um desafio. A gente se perguntava como vai ser o espaço, como vai carregar peso, correr lateralmente”, relata a funcionária administrativa. “Então os instrutores adaptaram os exercícios ao nosso espaço, porque nem todo mundo tem um lugar grande.”

Ela faz suas aulas na sacada do apartamento, com alguns pesos que tem em casa. Seu instrutor, o educador físico Diego Zanotto, relata que o principal desafio foi justamente a questão dos materiais e do espaço físico disponíveis.

“Acaba que o leque de opções de exercícios não é tão grande quanto num treino ao ar livre, em que eu levo material, ou dentro da academia.”

Idealmente, Diego recomendou que seus alunos tivessem espaço de cerca de 9 m², que permitiria deitar com certa folga e se movimentar em exercícios que assim exigissem. Não é o caso de todos, então a orientação do educador físico é que se procure um local o mais aberto possível.

“Às vezes, uso o mobiliário da casa para alguns exercícios, como cadeira, sofá. Quem não tem colchonete falo para usar edredom ou toalhas”, exemplifica. “Tem que usar bastante a criatividade.”

Para locais pequenos, como nos apartamentos, Aline Caniçais, fisioterapeuta de empresa que fabrica equipamentos de reabilitação física, diz que o mínimo ideal é conseguir deitar no chão, com os braços estendidos para cima da cabeça e com cerca de 30 cm livres além dos pés. “Já é o suficiente para fazer excelentes exercícios”, destaca.

O importante, segundo ela, é abrir um espaço na casa para assistir aos vídeos disponibilizados por academias e profissionais no YouTube ou acompanhar as aulas por videoconferência, como optaram alguns instrutores.

Com 10 a 15 alunos por sessão, Diego adotou o aplicativo Zoom para passar os treinos. “Está sendo bem surpreendente, estou achando bem legal a interação com as pessoas. É uma possibilidade que nunca tinha pensado antes e tenho visto que funciona, porque consigo ver todo mundo e corrigir as pessoas em tempo real, conversar com elas.”

Escolher a melhor plataforma para as aulas foi um ponto importante, pois a qualidade de vídeo e de áudio são fundamentais tanto para que o aluno possa ver e entender qual é o exercício, como para o professor acompanhar sua execução, explica o educador físico.

“Tento fazer com que posicionem sua câmera, do celular ou computador, de uma maneira que eu consiga enxergar o corpo inteiro ou pelo menos as principais partes para cada exercício para poder corrigir.”

Já a tela usada por Karla para seus treinos mudou desde que a nova dinâmica começou. Antes, usava o celular, mas ela relata que pelo computador consegue acompanhar a descrição dos exercícios de uma maneira melhor.

A atenção na orientação das atividades é, inclusive, um dos principais pontos para evitar lesões dentro de casa, alerta Aline. “Quem está recebendo instrução por vídeo deve sempre assistir a uma ou mais vezes todo o movimento, prestar atenção na postura, nas articulações, para depois fazer.”

Ela destaca ainda que a opção por acompanhar as sessões por celular, computador ou na SmarTV vai depender da atividade e de quem a pratica. “Para idoso ou quem vai iniciar o exercício, que precisa olhar o movimento, a tela maior acaba fazendo diferença.”

Outro auxílio é utilizar um espelho, mesmo que pequeno, para observar se a execução de determinado exercício está de acordo com aquilo que é mostrado no vídeo.

Por último, um dos obstáculos enfrentados pelos alunos é manter a motivação, o que às vezes é mais difícil do que fazer flexão com um braço só.

Karla afirma que se mantém focada no que o exercício trouxe para ela até hoje, além de ver na atividade uma forma de terapia para extravasar e superar o confinamento.

Seu instrutor, por outro lado, mantém todos no pique com variações nos treinos, determinando um horário para que se crie um compromisso e também suando a camisa. “A galera gosta muito de ver o professor treinando junto e isso mantém a aderência.”

Para tentar espantar a preguiça, Aline aconselha levantar da cama e colocar a roupa de academia. “Você se olha no espelho já vestido e se motiva.”

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