Linha de Chegada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br O blog onde atletas amadores e ultramaratonistas correm lado a lado Mon, 06 Dec 2021 21:28:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quenianos e etíope vencem maratonas de Boston e Chicago https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/quenianos-e-etiope-vencem-maratonas-de-boston-e-chicago/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/quenianos-e-etiope-vencem-maratonas-de-boston-e-chicago/#respond Mon, 11 Oct 2021 14:52:42 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/163396363461644e72a69e3_1633963634_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=821 Com um calendário impactado pela pandemia de coronavírus, os EUA tiveram duas competições importantes no calendário de maratonas em dois dias seguidos. Nesta segunda-feira (11), atletas percorreram os 42,195 km da prova em Boston, enquanto neste domingo foi a vez de Chicago receber corredores.

Na Maratona de Boston, teve dobradinha queniana, com Benson Kipruto vencendo entre os homens, com tempo de 2h09min51seg, e Diana Kipyogei levando a prova feminina em 2h24min45seg. Ambos são estreantes em Majors, circuito mundial com as seis principais competições da modalidade, com tempo de 2h09min51seg.

O Quênia dominou ainda o pódio entre as mulheres, com as conterrâneas Edna Kiplagat (2h25min09seg), vencedora em 2017, e Mary Ngugui conquistando o segundo e terceiro lugares. Já a prova masculina teve o etíope Lemi Berhanu na segunda colocação, com tempo de 2h10min37seg, seguido pelo conterrâneo Jemal Yimer, que chegou um segundo depois.

A alta umidade foi uma das marcas da competição nesta segunda. Os atletas largaram com clima ameno de 16ºC, nublado e vento de 16h km/h, mas uma umidade de 91% que dominou durante todo o percurso, o que deixou a prova muito mais lenta.

O americano CJ Albertson, que completa 28 anos nesta segunda, chegou a dominar a prova durante mais da metade do percurso e alcançou uma vantagem de 2min13seg dos demais atletas que formavam um grande pelotão de cerca de dez corredores na sequência na altura da meia maratona.

Essa diferença, no entanto, foi caindo, e no quilômetro 25 o ultramaratonista já estava apenas 1min41seg na frente. Já no quilômetro 32, os demais atletas o alcançaram, com Kipruto despontando na frente logo depois. Já na reta final, a dois quilômetros do fim da prova, apenas três atletas perseguiam o queniano.

A prova feminina também teve um pelotão grande, de cerca de dez corredoras, ao longo da maior parte dos 42,195 km. Foi próximo do quilômetro 30 que Kipyogei conseguiu apertar o passo e descolar do pelotão, que na sequência reduziu para pouco mais de cinco atletas.

Nos cinco quilômetros seguintes, a queniana chegou a ter ameaçada a liderança com a aproximação da etíope Netsanet Gudeta, mas Kipyogei manteve o ritmo forte e garantiu o lugar mais alto no pódio.

Em sua 125ª edição, a Maratona de Boston é considerada a mais tradicional por ser a mais antiga a ser realizada anualmente —a exceção foi no ano passado, quando foi cancelada devido à Covid-19. Neste ano, a data oficial, o Dia do Patriota, em abril, foi modificada para outubro, com a vacinação mais avançada nos EUA permitindo sua realização. No total, 12 mil atletas participaram presencialmente e 28 mil de modo virtual, abrangendo 104 países e todos os estados americanos.

Apesar de não ser uma prova rápida, a competição atrai por sua tradição e prestígio, devido a uma rigorosa qualificação. Para participar, é preciso ter registrado em outra maratona um tempo abaixo de 3 horas para os homens e 3h30min para as mulheres. Em 2013, a história da prova foi ainda marcada por um atentado terrorista que deixou 3 mortos e 264 feridos.

MARATONA DE CHICAGO

Neste domingo (10), parte dos atletas de elite já havia se reunido para a Maratona de Chicago. O etíope Seifu Tura conquistou seu primeiro título em uma maratona Majors, com 2h06min12seg.

O americano Galen Rupp surpreendeu ao conquistar o segundo lugar, à frente de quenianos e etíopes que lideraram boa parte da prova, ao cruzar a linha de chegada em 2h06min35seg, com o queniano Eric Kiptanui vindo logo na sequência para o terceiro lugar, em 2h06min51seg.

Entre as mulheres, surpreendentemente o pódio teve mais composição americana do que africana, uma diferença notável da última edição. A queniana Ruth Chpengetich disparou para o primeiro lugar, com tempo de 2h22min31seg, enquanto Emma Bates ficou na segunda posição, com 2h24min20seg, e Sarah Hall na terceira, com 2h27min19seg.

Em uma prova mais quente que o normal, com 23ºC, vento de 21 km/h, umidade 70% e céu nublado na largada, Tura despontou do pelotão líder por volta do quilômetro 25, mas a prova chegou a ser dominada na primeira metade pelo também etíope Shifera Tamru.

O atleta havia se descolado dos demais a partir do quilômetro 10, mas o grupo diminuiu a diferença no quilômetro 20 e se juntou novamente ao então líder na altura da meia maratona. No fim, Tamru chegou em quinto lugar, com tempo de 2h09min39seg, atrás do japonês Kengo Suzuki, que fez sua primeira maratona fora do japão com tempo de 2h08min50seg.

Já entre as mulheres, Chepngetich não deixou chance para as adversárias e correu para a liderança da prova já a partir do quilômetro 10 e se manteve à frente durante todo o percurso. A queniana chegou a segurar um ritmo para uma possível quebra de recorde, o que poderia repetir o feito de sua conterrânea Brigid Kosgei em Chicago, em 2019, mas o desempenho caiu na segunda metade.

No retorno da Maratona de Chicago desde que pandemia de coronavírus começou, 26 mil atletas participaram da corrida americana, uma queda dos 45 mil que disputaram a prova em 2019.

A competição é onde os corredores normalmente vão para obter seus RPs (recordes pessoais), mas a meteorologia não colaborou neste ano. Chepngetich, por exemplo, detém a quarta melhor marca de todos os tempos desde que conquistou o tempo de 2h17seg08min em Dubai, em 2019, 4 minutos a menos do que o registrado neste domingo.

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Queniana vence Maratona de Londres e tira título de recordista mundial https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/#respond Sun, 03 Oct 2021 10:27:38 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/163325827361598b21b028d_1633258273_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=813 A queniana Joyciline Jepkosgei conquistou mais um título para o seu currículo ao vencer a Maratona de Londres neste domingo (3), deixando para trás a atual recordista mundial, a sua conterrânea Brigid Kosgei, que defendia o título.

Campeã de Nova York em 2019, ela percorreu os 42,195 km em 2h17min44seg, seguida pelas etíopes Degitu Azimeraw e Ashete Bekere, que cruzaram a linha de chegada em segundo e terceiro lugares. Com seu tempo, Jepkosgei ficou bem perto de bater o recorde da prova de 2h17min01seg, mantido por Mary Keitany desde 2017.

Com clima agradável de 11ºC e pouco vento, mas com umidade de 88%, elas largaram e acompanharam o pelotão de 12 atletas que liderou até os 5 km. O grupo foi afunilando e cruzou a marca de 10 km já com seis competidoras. Já nos 35 km, apenas cinco despontavam na prova, e, a partir daí, Jepkosgei disparou e se descolou do grupo.

Atual recordista mundial, com marca conquistada em Chicago, em 2019, Kosgei integrou o pelotão, mas perdeu o ritmo também no km 35 e não conseguiu acompanhar sua conterrânea, chegando em 4º lugar.

Já entre os homens, o etíope Sisay Lemma venceu a Maratona de Londres pela primeira vez com tempo de 2h04min, após chegar em terceiro lugar no ano passado e ter desistido no meio da prova nas Olimpíadas de Tóquio deste ano. Em segundo lugar chegou o queniano Vincent Kipchumba, seguido pelo também etíope Mosinet Geremew.

Correndo dentro do pelotão líder, mas atrás dos atletas, Lemma despontou no primeiro lugar entre o km 35 e o km 40. Já o atual campeão da prova, Shura Kitata, ficou para trás ainda nos primeiros 10 minutos, cruzando a linha de chegada em sexto lugar.

Depois de um ano apenas com atletas de elite devido à pandemia de coronavírus, a Maratona de Londres voltou a receber o público em geral na prova e também pelas ruas da capital inglesa. Ao unir eventos presencial e virtual, os organizadores tentam bater recorde de participantes.

Pelas ruas de Londres, 36.401 se inscreveram para a prova, enquanto há a expectativa de outros 40 mil realizarem o percurso de forma virtual, em qualquer lugar do mundo, ao longo das 24 horas deste domingo.

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Etíope Adola vence Maratona de Berlim e deixa para trás favorito Bekele https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/etiope-adola-vence-maratona-de-berlim-e-deixa-para-tras-favorito-bekele/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/etiope-adola-vence-maratona-de-berlim-e-deixa-para-tras-favorito-bekele/#respond Sun, 26 Sep 2021 09:30:13 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/1632650776615046186b561_1632650776_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=798 Quebrando o favoritismo de Kenenisa Bekele, o etíope Guye Adola venceu a Maratona de Berlim, cruzando a linha de chegada dos 42,195 km em 2h05min45seg. Em segundo lugar chegou o queniano Bethwel Yegon e o também etíope Bekele ficou em terceiro.

A maior surpresa veio entre as mulheres, com a estreante Gotytom Gebreslase chegando em primeiro lugar com tempo de 2h20min09seg, após despontar por volta do km 35. Ela foi seguida por Hiwot Gebrekidan (2h21min23seg) e Helen Tola (2h23min05seg), formando um pódio triplo da Etiópia.

Os homens chegaram a buscar o recorde mundial durante a primeira metade da prova, com Adola e Bekele entre os líderes. O ritmo, porém, ficou mais lento entre os km 20 e 25, o que eliminou qualquer chance de conquistar a marca.

Yegon, pelo contrário, forçou o ritmo para alcançar os líderes, e chegou a ultrapassar Bekele e Adola —o surgimento do queniano no pódio foi uma surpresa, já que ele estava fora do radar. Nos últimos km, porém, Adola recuperou a primeira posição.

O tempo bem acima do ainda imbatível recorde conquistado por Eliud Kipchoge na mesma Berlim em 2018, de 2h01min39seg, pode ser creditado, em boa parte, às condições climáticas. A largada por volta das 9h foi com temperatura de 16ºC, um pouco acima do habitual para a prova, e umidade de 86%, o que dificulta o desempenho.

Havia grande expectativa para essa quebra, ainda mais que o favorito Bekele ficou a dois segundos do tempo em 2019 —a última edição, já que a de 2020 foi cancelada devido à pandemia de coronavírus.

O etíope, no entanto, teve um desempenho irregular. Distanciou-se do pelotão líder no km 18 e cruzou a parcial de 20 km a 11 segundos dos quatro que estavam na frente, e a de meia maratona a 12 segundos.

O atleta buscou a diferença e diminuiu a diferença para 5 segundos na parcial dos 25 km e, antes do km 26, já estava novamente na liderança. Apesar da recuperação, voltou a perder o ritmo nos quilômetros finais.

O desempenho vem aquém daquele almejado. O representante de Bekele, Jos Hermens, disse a Podium Runner, antes da prova, que a busca era por um tempo rápido. “E um tempo rápido é claramente o recorde mundial. Não queremos anunciar uma tentativa oficial, mas obviamente Kenenisa não vir para correr 2:04, nem 2:03.”

A inconsistência é uma das marcas da carreira como maratonista de Bekele. Das últimas seis provas que participou, concluiu apenas metade. Neste ano, ficou fora das Olimpíadas por discordar do critério de seleção de atletas que disputariam pela Etiópia e, no ano passado, não conseguiu correr Londres devido a uma lesão na panturrilha.

A ausência de Bekele foi sentida nas duas provas pela aguardada disputa corpo a corpo com Kipchoge, desde o desempenho conquistado pelo etíope em 2019. Naquele ano, o queniano não participou da prova, pois se preparava para o desafio Ineos 1:59 Challenge, quando ele se tornou o primeiro atleta a percorrer os 42,195 km em menos de duas horas.

Os dois, inclusive, revezavam os títulos de Berlim desde 2015, com três vitórias para Kipchoge e duas para Bekele. Neste ano, o queniano optou por não participar da prova.

Além de um nome novo em seis anos entre os vencedores da prova, chama a atenção também que Adola é patrocinado pelo Adidas, quebrando a hegemonia da Nike, já que tanto Kipchoge como Bekele são apoiados pela marca americana. O mesmo ocorre entre as mulheres: se em 2019 Ashete Bekere cruzou a linha de chegada com tênis da Nike, Gebreslase o fez em 2021 com um par da Adidas.

As duas protagonizam uma disputa tecnológica dos calçados, envolta em polêmicas.

MARATONA DE BERLIM

​​A prova de Berlim é conhecida como a maratona dos recordes. Desde sua primeira edição, em 1974, 11 recordes já foram quebrados lá, sendo 8 no masculino e 3 no feminino. Dos 10 melhores tempos conquistados por homens, 5 foram alcançados na capital alemã. Já entre as mulheres, apenas 1 dos 10 melhores tempos está na lista berlinense —o 8º. Em 2018, a queniana Gladys Cherono completou o percurso em 2h18min11seg, atual recorde da prova.

Neste ano, a prova é a primeira entre as principais maratonas a serem realizadas desde que a pandemia de Covid-19 começou. Devido à crise sanitária, o número de atletas foi reduzido, e participaram 24.796 corredores de 117 países.

Os olhares agora se voltam para os próximos fins de semana, com as maratonas de Londres, em 3 de outubro, Chicago, em 10 de outubro, Boston, em 11 de outubro, e Nova York, em 7 de novembro. A de Tóquio também estava prevista para este mês, mas foi adiada para 6 de março de 2022, devido à situação da pandemia no Japão.

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Maratona de Hamburgo busca novo local para prova após cidade alemã decretar lockdown https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/04/01/maratona-de-hamburgo-busca-novo-local-para-prova-apos-cidade-alema-decretar-lockdown/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/04/01/maratona-de-hamburgo-busca-novo-local-para-prova-apos-cidade-alema-decretar-lockdown/#respond Thu, 01 Apr 2021 15:23:15 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/16172897516065e217cc931_1617289751_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=712 A Maratona de Hamburgo, que estava prevista para 11 de abril, está em busca de um novo local para realizar a prova de 42 km após a administração do município decretar um lockdown devido à alta de casos de Covid-19, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (31).

Enquanto ainda procura um lugar, a organização adiou a competição para 18 de abril. Segundo um porta-voz, a busca é por uma cidade no interior da Alemanha. Com 2,8 milhões de infecções e 76,5 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA), o país enfrenta uma alta de novos casos desde meados de fevereiro, e a vacinação ainda é lenta, com 11,5% dos alemães tendo recebido ao menos uma dose, de acordo com o Our World in Data.

Com as corridas de rua suspensas há cerca de um ano para evitar a propagação do coronavírus, alguns organizadores realizaram provas apenas com a participação de atletas de elite, como em Londres no ano passado, diminuindo as aglomerações. É seguindo este modelo que a Maratona de Hamburgo estava planejada, com mais de 70 corredores de alto nível convidados a participar.

O evento é ainda um dos últimos que pode levar a uma vaga na maratona da Olimpíada de Tóquio, prevista para julho deste ano, após adiamento devido à pandemia —a data limite para se classificar é 31 de maio.

Entre os nomes confirmados estava o de Eliud Kipchoge, um dos maiores maratonistas do momento. No Twitter, o queniano pediu aos organizadores que continuem “trabalhando duro, com mentalidade positiva, para encontrar uma boa alternativa”.

Aos 36, o atual recordista mundial da modalidade (marca conquistada em Berlim, em 2018) foi o primeiro atleta a completar 42 km em menos de duas horas, em um evento não oficial. A sequência de vitórias em maratonas, porém, foi quebrada justamente na prova de Londres, no ano passado, a primeira derrota de Kipchoge em sete anos.

Com AFP

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‘Não esperava correr tão rápido’, diz queniana após quebrar recorde de 5 km https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/15/nao-esperava-correr-tao-rapido-diz-queniana-apos-quebrar-recorde-de-5-km/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/15/nao-esperava-correr-tao-rapido-diz-queniana-apos-quebrar-recorde-de-5-km/#respond Mon, 15 Feb 2021 23:16:45 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/26ab51e7-c76c-4390-bbc1-2af3e520e3b4-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=678 A queniana Beatrice Chepkoech participou de sua primeira corrida de rua desde 2014 neste domingo (14), na Monaco Run 5km Herculis, no principado europeu. O tempo, porém, parece só ter contribuído para a evolução da atleta, que quebrou o recorde 5 km de rua, ao completar o percurso em 14min43seg.

“Estou na Europa há duas semanas e não esperava correr tão rápido”, disse Chepkoech após alcançar a marca, segundo a World Athletics, federação internacional de atletismo. “Estava frio e tinha muito vento, mas tentei seguir meu pace maker [atletas de apoio que ditam o ritmo], e tudo foi perfeito.”

A queniana de 29 anos fez seu nome nas pistas, nos 1.500 metros e 3.000 metros com obstáculos, além de algumas corridas de 10 km. “Mônaco é o melhor lugar para quebrar recordes”, afirmou a atleta. O currículo da queniana é a maior prova disso.

No evento anual da Liga Diamante, realizado em 2018 em Mônaco, Chepkoech conquistou o recorde dos 3.000 metros com obstáculos ao cruzar a linha de chegada em 8min44seg32, diminuindo a marca anterior em mais de 8 segundos.

Um ano antes, porém, a queniana ficou mais conhecida por um erro crasso na final da mesma modalidade que a fez a melhor do mundo. No Campeonato Mundial em Londres, a atleta perdeu o primeiro obstáculo na água. Vendo-se sozinha na pista, deu meia volta e depois correu para alcançar o grupo.

Naquela final, Chepkoech era uma das atletas com menos experiência na corrida de obstáculos. Ainda adolescente, ela participou de uma pequena prova em Nairóbi, capital do Quênia, mas passou os anos seguintes focando os 1.500 metros na pista.

Foi só em 2016 que ela voltou suas atenções para os obstáculos, conquistando melhoras sequenciais em seus tempos. Ao bater o recorde em 2018, por exemplo, ela diminuiu em 15 segundos sua marca anterior, conquistada em Paris apenas três semanas antes.

Os melhores tempos dos 5 km de rua
  1. Joyciline Jepkosgei (Quênia): 14:32 – Praga, 2017* / Beatrice Chepkoech (Quênia): 14:43 – Mônaco, 2021
  2. Sifan Hassan (Holanda): 14:44 – Mônaco, 2019
  3. Meseret Defar (Etiópia): 14:46 – Carlsbad (EUA), 2006
  4. Violah Jepchumba (Bahrein): 14:46 – Praga, 2016
  5. Lornah Kiplagat (Holanda): 14:47 – Brunssum (Holanda), 2004
  6. Genzebe Dibaba (Etiópia): 14:48 – Carlsbad (EUA), 2015
  7. Caroline Chepkoech Kipkirui (Quênia): 14:48 – Praga, 2018
  8. Molly Huddle (EUA): 14:50 – Boston, 2015
  9. Paula Radcliffe (Reino Unido): 14:51 – Londres, 2003

* marca conquistada antes de modalidade ter registro de recorde mundial

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Com adiamento da São Silvestre, corredores fazem sua própria prova https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/12/27/com-adiamento-da-sao-silvestre-corredores-fazem-sua-propria-prova/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/12/27/com-adiamento-da-sao-silvestre-corredores-fazem-sua-propria-prova/#respond Mon, 28 Dec 2020 02:15:30 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/60707ddee21f2428f9438c84148b8cdd0380904744a43be0ae05bbd5aba4dfb8_5e7e4906d7766-1-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=601 Dezenas de milhares de corredores não partirão em direção à avenida Doutor Arnaldo, passarão pelo coração de São Paulo no cruzamento das avenidas Ipiranga e São João, nem subirão a avenida Brigadeiro Luís Antônio para cruzar a linha de chegada da mais tradicional corrida de rua do Brasil na avenida Paulista, neste 31 de dezembro.

O adiamento da 96ª edição da São Silvestre para julho do próximo ano devido à pandemia de coronavírus não impediu, porém, que corredores de São Paulo percorram seus 15 km. Atleta amador, Demétrius Carvalho, 47, teve a prova como sua meta desde que começou a praticar o esporte, em 2014, e participava todo ano.

“Por isso esse ano vou correr assim mesmo, só que à noite, então literalmente vou virar o ano correndo”, afirma. Para ele, realizar o percurso antigo, em especial após um ano de provas canceladas ou adiadas, como a própria tradicional competição paulistana, “tem um resgate da São Silvestre que eu via na televisão quando criança”.

Segundo ele, conhecidos seus gostaram da ideia e resolveram participar da empreitada, que ocupará uma avenida Paulista com alguns praticantes, em vez do tradicional show da virada da capital. Com a procura, Demétrius acabou organizando uma prova virtual, chamada Corrida da Virada 2021, em que ele e um pequeno grupo farão o percurso da São Silvestre.

Para a festa atlética, o corredor mandou fazer camisetas e medalhas para os participantes. “Foi meio que uma brincadeira minha. Eu disse que eu corria a São Silvestre todo o ano e eu precisava da minha medalha.” A brincadeira tomou corpo, e há praticantes de fora do estado, que se animaram, pois não poderão vir participar da prova oficial.

Corredor exibe camiseta e medalha da Corrida da Virada 2021, prova virtual organizada por Demétrius Carvalho (Divulgação)

“Coloquei 2021 [no nome da competição] para entrar no ano com alguma positividade, ainda que deva continuar sendo um período difícil.” Por não ser uma corrida de rua oficial, a hidratação e a suplementação, como gel carboidrato e isotônicos, ficam por conta de cada participante.

Demétrius complementa ainda que está em contato com o governo estadual para verificar se há algum tipo de risco aos corredores.

Houve também outros grupos que mantiveram a tradição, mas de uma outra forma. Dono da assessoria CorreBrasil, Augusto de Paula, 37, organiza todos os anos um simulado da São Silvestre, em que percorre os 15 km com seus alunos, divididos em grupos de acordo com o ritmo médio de cada um.

“O pessoal gosta, acha muito divertido”, afirma o instrutor de corrida. “Tem o desafio de subir a [avenida] Brigadeiro [Luís Antônio], tentar melhorar o tempo.”

Participantes do simulado da São Silvestre, realizado pela CorreBrasil, alongam em frente ao Masp, na avenida Paulista (Divulgação)
Participantes do simulado da São Silvestre, realizado pela CorreBrasil, alongam em frente ao Masp, na avenida Paulista (Divulgação)

É esse desafio que faz Mariana Shinzato, 47, participar da pré-prova todos os anos. “É um trajeto desafiador, porque o esforço maior está no final, quando você já está cansado, vem a parte difícil”, diz a corredora. “A gente gosta de sofrer, né, gosto de participar e ver se melhorei.”

Praticante de corrida há oito anos, ela participou uma vez da São Silvestre, em 2017. “Eu queria viver essa experiência de correr a corrida mais famosa do Brasil. É uma prova diferente, correr a gente só corre depois de uns quilômetros, mas é um misto de emoção.”

Depois da estreia, ela passou a acompanhar a prova sempre da torcida, já que, por ter muitos corredores, a São Silvestre não é ideal para quem gosta de testar performance, caso de Mariana. E por isso, gosta de participar dos simulados da CorreBrasil.

Este ano, porém, o grupo e os subgrupos precisaram ser menores. “Tinha distanciamento, o maior grupo era um trio, e, quando chegaram no café da manhã, tinha álcool em gel para se higienizarem”, explica Augusto.

O banquete pós-corrida é um momento de confraternização, em que troféus são entregues. Além disso, os corredores deveriam usar máscara tanto durante a corrida como no café da manhã. Mesmo com todos os protocolos, o momento serviu para encerrar um ano praticamente sem provas de corridas de rua.

“[De benefício], além do que já se conhece da saúde, a gente precisa da saúde mental”, afirma Mariana. “Como é difícil ficar de home office, é muito bom sair um pouquinho de forma segura, encontrar algumas pessoas, conversar, sair um pouco dessa paranoia.”

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Londres tem zebra, e Kipchoge perde 1ª maratona em 7 anos https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/10/04/maratona-de-londres-tem-zebra-e-etiope-kitata-vence-prova/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/10/04/maratona-de-londres-tem-zebra-e-etiope-kitata-vence-prova/#respond Sun, 04 Oct 2020 11:23:15 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/a4cf4bdf5847eaa73d618b0635fd3595e4077d08576b6cf9ffdaa48c74383a81_5f79b3389730a-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=550 A caixa de surpresas que está sendo o ano de 2020 parece não ter fim. Favoritíssimo para a Maratona de Londres, o tetracampeão da prova e atual recordista da modalidade Eliud Kipchoge ficou para trás nos últimos dez minutos e chegou em oitavo lugar, sua pior marca. O queniano, que completou o percurso em 2h06min42seg, não perdia uma maratona desde 2013, e esta foi sua segunda derrota das 13 provas das quais participou.

Quem venceu foi o etíope Shura Kitata (2h05min41seg), quebrando a hegemonia do principal nome entre maratonistas da atualidade. Kip, como o queniano é chamado, detém o melhor tempo da distância, conquistado em Berlim, em 2018, e foi o primeiro atleta da história a percorrer 42 km em menos de duas horas –em evento não oficial.

Shura Kitata cruza linha de chegada da Maratona de Londres, seguido por Vincent Kipchumba e Sisay Lemma (Richard Heathcote/Reuters)
Shura Kitata cruza linha de chegada da Maratona de Londres, seguido por Vincent Kipchumba e Sisay Lemma (Richard Heathcote/Reuters)

Diferentemente do que está habituado, porém, ele teve companhia de cerca de oito atletas até pelo menos os 30 km, quando costuma liderar a prova sozinho. Foi depois disso que ele perdeu o ritmo e se descolou do pelotão da frente.

A disputa pelo primeiro lugar foi até a reta final, onde Kitata acelerou e ultrapassou o queniano Vincent Kipchumba, que terminou em segundo com 2h05min42seg, apenas um segundo atrás. Sisay Lemma, também etíope, chegou logo na sequência, em terceiro, em 2h05min45seg.

Em seu Instagram, Kipchoge disse que, após 25 km, seu ouvido bloqueou e não abriu mais. “Mas é assim que é o esporte, devemos aceitar a derrota e focar para a vitória na próxima vez. Obrigado pelo apoio.”

As surpresas da prova, no entanto, começaram já na sexta-feira (2), quando o etíope Kenenisa Bekele foi obrigado a desistir de participar da competição devido a uma lesão na panturrilha.

Havia uma grande expectativa para os amantes da corrida de rua pela disputa entre Kipchoge e Bekele, na prova que teve apenas a participação de atletas de elite na sua 40ª edição devido à pandemia de coronavírus. Em 2019, enquanto o queniano se preparava para o desafio Ineos 1:59, o etíope ficou a dois segundos do tempo do rival, atual recorde da modalidade.

“Eu estava em boa forma, mas senti algo na minha panturrilha esquerda após duas sessões de treino rápido feitas muito próximas nas últimas semanas de preparação”, afirmou o atleta ao jornal britânico The Guardian.

“Meu tempo em Berlim no último ano me deu muita confiança e motivação e eu ansiava para mostrar isso de novo e trabalhei duro para isso”, disse Bekele ao jornal. “Sei que muitas pessoas ao redor do mundo estavam ansiosas para essa prova e lamento desapontar meus fãs, os organizadores e meus colegas competidores.”

A queniana Brigid Kosgei cruza a linha de chegada na 40ª Maratona de Londres (Richard Heathcote/Reuters)
A queniana Brigid Kosgei cruza a linha de chegada na 40ª Maratona de Londres (Richard Heathcote/Reuters)

Já entre as mulheres, não houve surpresa, e a queniana Brigid Kosgei venceu a Maratona de Londres. A recordista mundial Kosgei terminou os 42 km na primeira posição com folga, completando o percurso fechado no parque St. James em 2h18min58seg.

Kosgei confirmou seu favoritismo e cruzou a linha de chegada pouco mais de três minutos à frente da segunda colocada –nenhuma surpresa para a atleta que venceu a edição de 2019.

A emoção ficou por conta da disputa pela segunda colocação. Com um bom ritmo na segunda metade dos 42 km, a americana Sara Hall buscou a terceira posição, passando a etíope Ashete Bekere a pouco mais de dez minutos do fim da prova. Não só ela se manteve no pódio, como conseguiu diminuir a distância da então segunda colocada, a queniana Ruth Chepngetich.

Na reta final, em frente ao Palácio de Buckingham, quando as duas atletas já viam a linha de chegada, Hall deu um sprint e ultrapassou Chepngetich, terminando a prova em segundo lugar, quatro segundos à frente da queniana.

Hall foi a primeira americana em 14 anos a ocupar o pódio da Maratona de Londres –em 2006, Deena Kastor venceu a prova. Apesar do bom resultado, Hall está fora da equipe que representará os EUA nos 42 km da Olimpíada de Tóquio. Nas qualificatórias do país, ela foi desbancada pela iniciante Molly Seidel, que terminou a competição de Londres em sexto lugar este ano (2h25min13seg).

Resultados

MULHERES

  1. Brigid Kosgei (QUE) – 2:18:58
  2. Sara Hall (EUA) – 2:22:01
  3. Ruth Chepngetich (QUE) – 2:22:05
  4. Ashete Bekere (ETI) – 2:22:51
  5. Alemu Megertu (ETI) – 2:24:23

HOMENS

  1. Shura Kitata (ETI) – 2:05:41
  2. Vincent Kipchumba (QUE) – 2:05:42
  3. Sisay Lemma (ETI) – 2:05:45
  4. Mosinet Geremew (ETI) – 2:06:04
  5. Mule Wasihun (ETI) – 2:06:08

A MARATONA DE LONDRES

A 40ª edição da Maratona de Londres era para ser comemorativa, mas a pandemia do coronavírus impactou todo o calendário da corrida de rua deste ano. Em vez de fim de abril, a prova foi adiada para o primeiro fim de semana de outubro.

O percurso também foi impactado. Os atletas deram 19,6 voltas de 2.150 m no parque St. James, em frente ao Palácio de Buckingham, para completar os 42 km –isso sem a presença do público. Para tentar animar os corredores, os realizadores colocaram pessoas de papelão em alguns pontos, inclusive de personalidades como a rainha Elizabeth 2ª e o príncipe William.

Assim como a prova de Tóquio, Londres teve a participação apenas dos atletas de elite. As duas foram as únicas Majors –circuito mundial com as seis principais maratonas– realizadas este ano. As demais maratonas que compõem o sexteto sonho de muitos corredores (Berlim, Nova York, Chicago e Boston) foram canceladas devido à Covid-19.

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Israelense e etíope vencem Maratona de Tóquio https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/03/01/israelense-e-etiope-vencem-maratona-de-toquio/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/03/01/israelense-e-etiope-vencem-maratona-de-toquio/#respond Sun, 01 Mar 2020 18:08:56 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/salpeter-e-legese-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=393 A israelense Lonah Salpeter e o etíope Birhanu Legese foram os campeões da Maratona de Tóquio na manhã deste domingo (1º), noite de sábado (29) no Brasil.

Legese manteve seu título de campeão ao cruzar a linha de chegada com 2h04min15seg, ficando a 18 segundos do melhor tempo da prova (2h03min58seg), enquanto Salpeter baixou em dois minutos o recorde dos 42 km da capital japonesa e conquistou o recorde de seu país, ao finalizar o percurso em 2h17min45seg.

A israelense dominou durante toda a prova e descolou da duas vezes campeã de Tóquio Birhane Dibaba, da Etiópia, no km 35, mantendo 50 segundos de vantagem até o fim.

A etíope conquistou o melhor tempo de sua carreira ao chegar em segundo lugar com 2h18min35seg. Em terceiro, veio sua conterrânea Asefa Kebede, que também marcou seu melhor desempenho com 2h20min30seg.

Salpeter não era um dos nomes tido como favoritos para levar a Maratona de Tóquio. A expectativa girava em torno da etíope Ruti Aga, que defendia seu título, e de Dibaba.

RESULTADO

2:17:45 – Lonah Salpeter (ISR)
2:18:34 – Birhane Dibaba (ETI)
2:20:30 – Asefa Kebede (ETI)
2:21:42 – Selly Chepyego – (QUE)
2:21:56 – Tigist Girma (ETI)

Lonah Salpeter cruza linha de chegada na Maratona de Tóquio com o melhor tempo já registrado na prova (Athit Perawongmetha/Reuters)
Lonah Salpeter cruza linha de chegada na Maratona de Tóquio com o melhor tempo já registrado na prova (Athit Perawongmetha/Reuters)

 

Já a prova masculina teve um ritmo rápido desde o início, e 16 atletas correram juntos até o km 20. No km 25, no entanto, os três primeiros colocados estabeleceram a liderança. Legese garantiu seu título no km 38, quando descolou do trio.

O belga Bashir Abdi ultrapassou no fim o etíope Sisay Lemma e garantiu o segundo lugar e o recorde de seu país com um tempo de 2h04min49seg. Lemma chegou em terceiro, com 2h04min51seg.

Legese era o favorito para ganhar a maratona, pois defendia seu título de campeão e ficou a três segundos de bater o recorde mundial da modalidade em Berlim em 2019.

Outros nomes de peso, que possuem tempo nos 42 km abaixo de 2h05min, eram Getaneh Molla (Etiópia), Lemma e Dickson Chumba (Quênia), que era o único com mais de uma vitória em Tóquio.

RESULTADO

2:04:15 – Birhanu Legese (ETI)
2:04:49 – Bashir Abdi (BEL)
2:04:51 – Sisay Lemma (ETI)
2:05:29 – Suguru Osako (JPN)
2:06:15 – Bedan Karoki (QUE)

Birhanu Legese conquistou título de bicampeão da Maratona de Tóquio (Charly Triballeau/AFP)
Birhanu Legese conquistou título de bicampeão da Maratona de Tóquio (Charly Triballeau/AFP)

A Maratona de Tóquio foi marcada pelo cancelamento, há duas semanas, da participação de amadores devido ao surto do coronavírus. Correram a prova os 206 atletas de elite inscritos, sendo 30 deles na categoria de cadeirantes.

A prova, uma das seis Majors –circuito mundial com as principais maratonas–, possuía 38 mil inscritos, que poderão participar da edição de 2021, mas terão que pagar novamente a inscrição, sem a possibilidade de reembolso pela edição deste ano.

Mesmo com a recomendação da federação de atletismo japonesa e da organização da prova, havia um bom número de espectadores na rua durante o percurso, segundo a World Athletics, federação internacional de atletismo.

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Ao superar marca de 21 km, corredora é 1ª etíope a quebrar recorde em prova de rua https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/21/ao-superar-marca-de-21-km-corredora-e-1a-etiope-a-quebrar-recorde-em-prova-de-rua/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/21/ao-superar-marca-de-21-km-corredora-e-1a-etiope-a-quebrar-recorde-em-prova-de-rua/#respond Fri, 21 Feb 2020 22:16:49 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/324408ab1afc9d6b4d869ac5901f5968d0c374535815f639023ad9db7b71ab1c_5e4fcb921135a-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=370 Ao cruzar a linha de chegada da Ras Al-Khaimah Half Marathon, nos Emirados Árabes Unidos, nesta sexta-feira (21), a etíope Ababel Yeshaneh, 28, entrou para a história do atletismo da nação africana.

Ela foi a primeira atleta do país a quebrar um recorde mundial em uma prova de rua ao percorrer os 21 km da competição em 1h04min31seg. Apesar de as etíopes terem superados marcas importantes em diferentes distâncias tanto nas pistas quanto em provas externas, esse é um feito inédito para uma competição de rua.

“Eu não imaginava esse resultado. Eu sou uma recordista mundial!”, disse a etíope, após a corrida, segundo a World Athletics, federação internacional de atletismo. Antes desta prova, sua melhor marca nos 21 km havia sido 1h05min46seg.

Yeshaneh superou a recordista mundial da maratona (42 km), Brigid Kosgei (Quênia), que concluiu a corrida em segundo lugar com 1h04min49seg —tempo que seria suficiente para superar a marca anterior de 1h04min51seg, estabelecida em por Joyciline Jepkosgei (Quênia), em 2017.

Kosgei liderou a primeira metade, e, no km 5, nove corredoras a acompanhavam no pelotão. Já no km 10, apenas Yeshaneh conseguiu a acompanhar e, no km 15, ultrapassar a queniana.

A rivalidade no asfalto das duas vem desde outubro de 2019, quando a etíope chegou em segundo lugar na Maratona de Chicago, na qual a queniana quebrou o recorde da modalidade.

Entre os homens, Kibiwott Kandie, do Quênia, terminou a prova em primeiro lugar, com tempo de 58min58seg, e seu compatriota Alexander Mutiso Munyao conquistou o segundo lugar, com a marca de 59min16seg.

O resultado da etíope ainda depende dos procedimentos usuais de ratificação.

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Ugandense quebra recorde pela 2ª vez e o que mais rolou no fim de semana https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/17/ugandense-quebra-recorde-pela-2a-vez-e-o-que-mais-rolou-no-fim-de-semana/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/17/ugandense-quebra-recorde-pela-2a-vez-e-o-que-mais-rolou-no-fim-de-semana/#respond Tue, 18 Feb 2020 02:09:14 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/119823d9-1b51-4364-9e0c-915276d864a1-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=363 O ugandense Joshua Cheptegei continua voando em 2020. Neste domingo (16), ele quebrou o recorde mundial dos 5 km de rua ao superar a barreira dos 13 minutos na modalidade e concluir a prova Monaco Run 5 km cravando 12min51seg.

Foi a primeira prova do ano do atleta, que já havia quebrado a marca dos 10 km em dezembro, em Valência. “Uau, isso foi realmente ótimo”, afirmou o corredor, segundo divulgou a federação de atletismo, World Athletics.

O ugandense de 23 anos correu a prova toda sozinho e cruzou a linha de chegada 27 segundos abaixo da marca alcançada pelo queniano Rhonex Kipruto em janeiro, em Valência.

A cidade espanhola, aliás, viu em pouco mais de um mês duas quebras de recorde nos 10 km —a primeira, de Cheptegei, em dezembro, e a segunda, de Kipruto, em 12 de janeiro. Como o queniano passou pela parcial de 5 km no tempo abaixo do recorde anterior, o tempo conta para a quebra da marca.

“Eu tinha o sub-13 minutos na minha mente hoje. Quando minhas pernas se sentiram bem durante a corrida, decidi realmente ir atrás”, disse o Cheptegei. “Tirar essa quantidade de segundos do recorde anterior me deixa muito feliz e é um ótimo primeiro teste para mim numa temporada importante.”

Na prova, Jimmy Gressier (França) chegou em segundo, com 13min18seg, quebrando o recorde europeu que era de 13min29seg. A marca do ugandense ainda precisa passar pelos procedimentos de ratificação.

DESTAQUES DO FIM DE SEMANA

O domingo teve ainda duas provas com o selo Ouro da World Athletics, que contaram com participações de grandes nomes da corrida de rua.

Na Mitja Marato Barcelona, Victor Chumo (Quênia) venceu a prova de 21 km masculina com tempo de 59min58seg. Já Ahsete Bekere (Etiópia) fez o melhor tempo de sua carreira ao cruzar a linha de chegada da prova feminina com 1h06min37seg.

E na Guadalajara Half Marathon, os quenianos brilharam nos 21 km. Benson Kipruto levou a melhor, com 1h01min48seg, e Lucy Cheruiyot finalizou a prova com 1h10min42seg.

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