Linha de Chegada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br O blog onde atletas amadores e ultramaratonistas correm lado a lado Mon, 06 Dec 2021 21:28:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Veja avaliações dos tênis de corrida de Adidas, Asics, Fila e Olympikus https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/veja-avaliacoes-dos-tenis-de-corrida-de-adidas-asics-fila-e-olympikus/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/veja-avaliacoes-dos-tenis-de-corrida-de-adidas-asics-fila-e-olympikus/#respond Fri, 26 Nov 2021 12:00:03 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/testados-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=793 As novidades nos tênis de corrida não param de surgir, com lançamentos das principais marcas que aparecem a todo momento. Para ajudar o corredor que busca um calçado novo para sair gastando por aí, testei alguns modelos, enviados pelas empresas. Quem sabe não dá para aproveitar uma promoção de Black Friday?

Adidas Adizero Adios Pro 2
O tênis Adizero Adios Pro 2, da Adidas (Divulgação)
O tênis Adizero Adios Pro 2, da Adidas (Divulgação)

O tênis é o top de linha da marca alemã. Leve e confortável, sua tecnologia praticamente empurra o corredor do solo. Desenvolvido com insights e dados dos atletas mais rápidos do mundo, como a campeã olímpica na maratona de Tóquio, Peres Jepchirchir, ele é destinado para atletas mais experientes, que buscam um tênis de alta qualidade e, por isso, estão dispostos a investir mais.

Os pares possuem duas camadas de entressola Lightstrike Pro, uma estrutura de suporte para dar retorno de energia, Energyrods sintonizados por infusão de carbono, projetados para limitar a perda de energia e uma nova estrutura de calcanhar, que fixa o pé por meio de uma trava antiderrapante.

Peso: 215 g
Drop: 10 mm
Preço: R$ 1.699,99

Asics Novablast 2
O tênis Novablast 2, da Asics
O tênis Novablast 2, da Asics

O novo modelo da marca japonesa chegou em agosto deste ano. Ele segue a linha dos últimos lançamentos das marcas concorrentes, com solado mais alto, o que gera um estranhamento de início para quem não está habituado. A forma é padrão, com uma boa elasticidade, e há uma ótima absorção do impacto. Recomendo para corredores intermediários, que buscam um tênis mais avançado.

Em comparação à sua versão anterior, de 2020, o tênis traz “um solado que oferece uma passada mais suave e eficiente” com a espuma FF Blast, segundo comunicado do diretor de Produtos da Asics América Latina, Daniel Costa. Houve também um aumento na largura do meio do pé do tênis, com um design mais assimétrico na geometria da entressola, que, junto com o contraforte em TPU, proporciona passadas mais estáveis.

Peso: 215 g
Drop: 10 mm
Preço: R$ 899,99

Fila KR5
O tênis KR5, da Fila (Divulgação)
O tênis KR5, da Fila (Divulgação)

O modelo foi uma das surpresas deste ano. Chegou ao mercado como o produto mais leve já desenvolvido pela Fila Brasil. Com um drop menor, ele pode agradar quem está acostumado com os modelos mais tradicionais, por ser diferente dos últimos lançamentos. Na prática, ele cumpre a promessa de ultraleve –nos primeiros passos causando certo estranhamento. Por ser mais acessível, é um bom tênis para começar, mas o corredor pode sentir a diferença no futuro ao evoluir para um modelo mais pesado.

O cabedal em tecido dá boa respirabilidade, e a tecnologia Fuse promete maior resistência. Uma placa interna foi colocada para estabilidade na região do médio-pé, enquanto dois pontos de borracha nas partes traseira e frontal, com Evergrip, proporcionam tração.

Peso: 162 g
Drop: 6 mm
Preço: R$ 399,90

Olympikus Corre1 Eco
O tênis Corre1 Eco, da Olympikus (Divulgação)
O tênis Corre1 Eco, da Olympikus (Divulgação)

O modelo de edição limitada é um tênis de corrida básico, mas seu principal diferencial está no material utilizado. Segundo a marca brasileira, foi produzido com componentes reciclados e renováveis e conta com materiais como EVA Verde, produzido a partir da cana-de-açúcar. A diferença que esses materiais fazem é nítida, mas isso não impacta no desempenho. Não é um tênis pesado, e indico para quem busca um modelo mais tradicional e com menor impacto ambiental.

Quanto à tecnologia, o Duoflow resulta em um maior amortecimento, enquanto o HyperSox, material com fios de poliéster reciclados a partir de garrafas plásticas, proporciona respirabilidade, conforto, flexibilidade e leveza. Já o Gripper e o Gripper Plus oferecem aderência ao solo e absorção do impacto com borracha natural extraída da seringueira.

Peso: 273 g
Drop: 8 mm
Preço: R$ 499,90

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Após polêmica com tênis da Nike, é a vez de Adidas dizer que continuará a testar limites https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/13/apos-polemica-com-tenis-da-nike-e-a-vez-de-adidas-dizer-que-continuara-a-testar-limites/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/13/apos-polemica-com-tenis-da-nike-e-a-vez-de-adidas-dizer-que-continuara-a-testar-limites/#respond Fri, 13 Aug 2021 22:42:07 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/16288943276116f4770a7e1_1628894327_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=790 Depois de a Nike mergulhar em diferentes polêmicas devido à tecnologia empregada em seus sapatos, o presidente da Adidas, Kasper Rorsted, afirmou que a marca alemã vai continuar insistindo em inovações, apesar de uma controvérsia de que os calçados teriam dado vantagem indevida aos atletas nas Olimpíadas de Tóquio.

“As regras descrevem claramente que tipo de especificação os tênis precisam cumprir”, afirmou o executivo na última quinta (5). “Todos estão ultrapassando os limites, e a regulação do COI [Comitê Olímpico Internacional] é bem clara ao definir quais limites são permitidos, e essa é a melhor forma de dizer o que é justo.”

A tecnologia “boost” no solado da Adidas, que ajuda na impulsão, foi apontada como tendo auxiliado Dennis Kimetto a quebrar o recorde da maratona em 2014. Mais recentemente, no entanto, a concorrente americana Nike inseriu a placa de carbono na sua linha Alphafly.

Os primeiros modelos começaram a surgir na Rio-2016. Desde então, o queniano Eliud Kipchoge (atual bicampeão olímpico) conquistou feito histórico, ao correr os 42 km da maratona (em condições especiais, não reconhecidas como recorde) em menos de duas horas em 2019 com esses protótipos da Nike.

Ele também cruzou a linha de chegada em Berlim, em 2018, quando quebrou o recorde da prova (2h01min39) com um par experimental da empresa americana nos pés —tirando a marca de Kimetto.

Sua conterrânea, Brigid Kosgei, calçava tênis do mesmo tipo ao conquistar a melhor marca da maratona feminina (2h14min04) em Chicago, em 2019. O também queniano Geoffrey Kamworor foi outro patrocinado pela empresa a quebrar um recorde, da meia maratona (58min01seg), em Copenhague, no ano passado.

A hegemonia da marca americana, porém, parece ter sido abalada em 2020, com duas quebras de recorde na meia maratona em que os calçados que cruzaram a linha chegada eram de sua concorrente direta, a Adidas. A marca alemã lançou, no fim de junho, o Adizero Adios Pro para fazer frente ao Air Zoom Alphafly Next%.

No início de setembro, a queniana Peres Jepchirchir (atual campeã olímpica) completou a Meia Maratona de Praga em 1h05min34seg e baixou em 37 segundos o recorde da prova feminina. Cerca de um mês e meio depois, ela tirou 18 segundos da própria marca no Mundial de Meia Maratona em Gdynia, na Polônia.

A federação internacional de atletismo, World Athletics, viu-se fortemente pressionada para regulamentar melhor a questão após a sequência de marcas com os calçados da Nike. Havia, inclusive, acusações de quebra de regulamento, pois a organização determinava que os tênis “devem ser elaborados de forma que não dê aos atletas qualquer ajuda ou vantagem injusta” e que os calçados deveriam estar “razoavelmente disponível para todos”.

Com um texto vago, a polêmica levou a World Athletics a estabelecer novas regras, divulgadas em janeiro do ano passado. A principal norma para os eventos de rua é que os calçados não podem ter mais do que 40 mm na espessura da sola e não devem conter mais do que uma placa rígida de fibra de carbono incorporada.

Mesmo com toda a polêmica, o presidente da Adidas foi bem claro quanto a sua opinião sobre as melhorias, indicando que a marca não irá recuar. “O que fazemos é ir além dos limites para checar que tipo de produtos é possível inovar ao longo do tempo para que você não se limite.”

(Com Reuters)

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Desafio de corrida transforma quilômetros em limpeza dos oceanos https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/06/07/desafio-de-corrida-transforma-quilometros-em-limpeza-dos-oceanos/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/06/07/desafio-de-corrida-transforma-quilometros-em-limpeza-dos-oceanos/#respond Mon, 07 Jun 2021 18:57:35 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/2b8eb63b1c4e6597f9cd071ee3dc8321ff2036eccaa006d30a872660e89d1b6c_60b1283eb2a1b-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=741 Quem já acompanha o blog e também pratica corrida sabe dos benefícios do esporte, seja da atividade física em geral para a imunidade ou mesmo da corrida para a saúde mental —algo que está sendo explorado ainda mais a fundo neste momento.

A corrida tem como um dos atrativos o fato de o praticante não depender dele mesmo (e de condições climáticas favoráveis). O esporte, porém, mostra que, apesar do individualismo, ele não precisa ser solitário, nem trazer benefícios apenas para o corredor.

Há diversos desafios beneficentes disponíveis, tanto presencialmente em tempos pré-pandemia como pelos aplicativos de corrida, mesmo antes de o coronavírus sacudir o nosso cotidiano. Um deles é o Run for the Oceans, uma iniciativa da Adidas com a Parley para transformar quilômetros em limpeza dos oceanos.

No desafio, para cada quilômetro corrido usando o aplicativo adidas Running, a parceria vai limpar o equivalente ao peso de 10 garrafas plásticas, até um total de 225 toneladas de resíduos plásticos marinhos removidos de praias, ilhas remotas e litorais.

Capitão de um dos grupos do Adidas Runners, Bruno Host participa da iniciativa desde o seu lançamento, em 2017. “O consumo consciente é muito importante”, diz o atleta. “Não sou hipócrita, consumo é uma parte de mim, mas acho que a gente tem que pelo menos minimizar seus impactos.”

A corrida sempre fez parte da vida esportiva do Bruno, mas normalmente permeando outro esporte. A prática em si começou por incentivo de um ex-namorado seu, há cerca de seis anos. Pouco tempo depois, ele entrou para o grupo formado pela Adidas, e viu que não precisava ser algo solitário. “Mudou essa relação, tirou essa questão do sozinho. A gente sempre se supera, mas durante provas pode ter alguém te auxiliando. As melhores vezes que eu corri, eu tinha algum suporte.”

O atleta do Adidas Runners, Bruno Host (Divulgação)
O atleta do Adidas Runners, Bruno Host (Divulgação)

Com o Run for The Oceans, ele viu que o sentimento de gratificação após a corrida ganha outra importância quando o benefício vai além da prática. “É muito bom se engajar com qualquer causa”, afirma. “Mas o gratificante é a gente estar tocando nesse assunto enquanto comunidade, enquanto corrida.”

Até hoje, o desafio já uniu mais de 3 milhões de corredores ao redor do globo, que acumularam 25,5 milhões de quilômetros. O objetivo da Adidas é que, até 2025, 40 milhões de pessoas já tenham participado da iniciativa ao longo dos anos.

O desafio fica disponível até esta terça-feira (8), então é preciso correr para participar!

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As inovações nos tênis de corrida que chegam ao mercado https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/27/as-inovacoes-nos-tenis-de-corrida-que-chegam-ao-mercado/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/27/as-inovacoes-nos-tenis-de-corrida-que-chegam-ao-mercado/#respond Sat, 27 Feb 2021 14:00:48 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/ADIDAS_FY0401_UB21-1-1-1-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=700 Para um corredor, a escolha do tênis é uma das mais importantes que ele ou ela precisa fazer —se não a mais. É o prato principal da refeição e precisa atingir uma série de requisitos, como ser leve, mas saboroso (confortável) e ainda não causar indigestão (lesões).

Nesses primeiros meses do ano, as marcas apresentam algumas de suas inovações para o público que se dedica ao esporte. Veja abaixo alguns dos principais lançamentos deste mês.

O ZoomX Invincible Run, da Nike
O ZoomX Invincible Run, da Nike (Divulgação)
Nike ZoomX Invincible Run

A marca americana apresenta seu lançamento como mais um passo na “sua ambiciosa sua jornada rumo a um futuro em que nenhum corredor sofra lesões e todos sejam ainda mais rápidos”.

A indicação é para treinos do dia a dia, idealmente para percorrer muitos quilômetros. Com mais espuma na entressola para deixar a passada mais suave, mas, segundo a empresa, a alta sensibilidade do ZoomX devolve mais energia para a sola.

A Nike explica que, ainda que não possua a placa de carbono da família Vaporfly, a geometria da sola e a malha mais ampla na parte dianteira “garante passadas mais estáveis e transições fluidas quando comparadas à transição mais propulsora dos calçados com placas”.

Os pares chegam nesta sexta (26) ao mercado.

Ficha técnica
Peso: 314 g (M) e 253 g (F)
Drop: 9 mm (M) e 8,7 mm (F)
Preço: R$ 999,99

O Ultraboost 21, da Adidas (Divulgação)
O Ultraboost 21, da Adidas (Divulgação)
Adidas Ultraboost 21

A empresa alemã anuncia seu mais recente tênis para corredores destacando o novo design, “que combina as mais novas tecnologias de performance para um retorno de energia ainda maior”.

O calçado tem 6% a mais de cápsulas Boost em relação à versão anterior, que promete uma mistura de suporte e conforto para os corredores. Traz ainda o novo Torsion System com Linear Energy Push, uma material reforçado e mais rígido na entressola para proporcionar menos flexibilidade na ponta do pé e mais responsividade.

Testei o modelo enviado pela empresa em uma das minhas corridas de 30 minutos (meu objetivo do mês de fevereiro), sendo que meu ritmo médio é de 7 minutos e um pouquinho por km. O tênis é leve e firme, sem apertar demais no pé nem sufocar, ainda mais nesses dias de calor do verão paulistano. Possui também bons amortecimento e propulsão.

O calçado já está disponível no mercado.

Ficha técnica
Peso: 340 g
Drop: 10 mm
Preço: R$ 999,99

O Gel-Nimbus 23, da Asics (Divulgação)
O Gel-Nimbus 23, da Asics (Divulgação)
Asics Gel-Nimbus 23

Um dos mais conhecidos da marca japonesa, o novo modelo promete dar continuidade à “tradição de tecnologias que agregam benefícios”, fazendo com o que o ou a atleta “se sinta cada vez mais nas nuvens —’Nimbus’ em latim”.

A empresa diz que essa versão introduz recursos específicos para fornecer suporte personalizado. Desenvolvido para melhorar desempenho e proteção, o tênis garante flexibilidade, conforto e respirabilidade devido ao design mais suave, segundo a Asics.

Ícone da marca, o gel oferece amortecimento, enquanto o Flyte Foam e o Flytefoam Propel agregam conforto e responsividade. Há ainda tecnologias específicas, como solas flexíveis do antepé diferentes entre os modelos masculino e feminino, além do Trusstic, que fornece uma quantidade articulada de suporte para ajudar a gerar uma transição suave.

O calçado já está disponível no mercado.

Ficha técnica
Peso: 310 g (M) 260 g (F)
Drop: 10 mm (M) e 13 mm (F)
Preço: R$ 999,90

O Creation 22, da Mizuno (Divulgação)
O Creation 22, da Mizuno (Divulgação)
Mizuno Creation 22

Outra família icônica para corredores, a linha Creation ganha mais um modelo, com o nível máximo da tecnologia Infinity Wave, oferecendo melhor sensação de amortecimento e estabilidade, segundo a empresa japonesa.

A marca destaca a durabilidade do calçado, pois o Infinity Wave triplica a vida útil, segundo a empresa. Nas atualizações estão o cabedal, projeto com Jacquard Mesh para maior respirabilidade, além de um visual mais esportivo, e, na lateral, o TPU Cage, para proporcionar maior estabilidade.

Já para a região do calcanhar, o material PU Pillar é um dos responsáveis pela durabilidade, estabilidade e absorção de impacto.

O tênis já está disponível no mercado.

Ficha técnica
Peso: 385 g
Drop: 15 mm
Preço: R$ 999,99

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Tênis da Nike estão novamente no centro de polêmica https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/05/tenis-da-nike-estao-novamente-no-centro-de-polemica/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/05/tenis-da-nike-estao-novamente-no-centro-de-polemica/#respond Tue, 05 Jan 2021 14:00:28 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/6c972633d06583d780ea860c38ccbf61c099b1c52555fbcdd92d61c55e3afdeb_5f7e677752432-1-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=625 As inovações tecnológicas levadas pela Nike aos pés de seus atletas encontram, mais uma vez, recordes e polêmicas. Desta vez, o alvo é o tênis de pista (com pinos) ZoomX Dragonfly, que a empresa se vangloria de ser o mais rápido do mundo.

Com o calçado, o ugandense Joshua Cheptegei quebrou a marca dos 10.000 metros e a etíope Letesenbet Gidey, dos 5.000 metros em Valencia, em outubro do ano passado.

Cheptegei disse que os tênis o ajudaram, mas não foram o motivo de seu sucesso. “Os calçados realmente ajudam, mas nesse caso não estavam disponíveis só para mim. Estavam disponíveis para todos que quiserem atacar o recorde mundial”, afirmou.

“Você já nomes como Yomif Kejelcha, Selemon Barega… não é somente sobre os sapatos, mas sobre atletas terem esse período de concentração mais no treinamento e não viajando”, acrescentou. “Eu estava focado em apenas uma coisa, que era quebrar o recorde mundial.”

Os recordes levantam novamente a polêmica do doping tecnológico, dispensada pelo presidente da federação internacional de atletismo, a World Athletics, Sebastian Coe. O caso atual lembra a sequência de recordes em longa distância quebrados por atletas da Nike, que levou a World Athletics a endurecer as normas, deixando mais claro o que é permitido.

Para qualquer tipo de tênis, o solado não pode ter mais do que 40 milímetros e possuir mais do que uma placa de qualquer material (a inovação mais recente são as de carbono). Para aqueles com pinos, uma placa adicional ou outro mecanismo é permitido, mas com único propósito de fixar os pinos na sola –que, neste caso, não pode ter mais do que 30 milímetros.

A organização chegou a exigir que os calçados estivessem disponíveis para todos os atletas, banindo o uso de protótipos (caso da maioria, senão todos, os recordes de atletas da Nike). Em dezembro do ano passado, porém, voltou atrás, desde que esses tênis estejam de acordo com as normas estabelecidas pela World Athletics.

Para Coe, medidas mais duras para conter a pesquisa e o desenvolvimento de calçados sufocariam a inovação. “No momento, estou bem tranquilo quanto a isso. E o equilíbrio do julgamento aqui é sempre […] que não deveríamos estar no negócio de tentar sufocar a inovação”, afirmou ao jornal britânico The Guardian.

O presidente da World Athletics disse que vê com bons olhos o fato dessas empresas ainda investirem muitos recursos em pesquisa e desenvolvimento de calçados. Coe acrescentou ainda que o esporte não chegou a um ponto em que “recordes estão sendo distribuídos como confetes”. “Eu lembro de um período em meados dos anos 2000 em que a Adidas era a rainha do pódio, então essas coisas vêm em ciclos.”

Também negou que essa sucessiva quebra de marcas enfraqueçam o esporte. “Se volto aos anos 1930, eu ainda admiro Rudolf Harbi, que correu 800 metros em 1min46seg em uma pista de concreto”, afirmou ao jornal britânico. “Enquanto isso, Derek Clayton bateu o recorde mundial da maratona [2:09:36] com sapatos que você não usaria para passear no parque.”

(Com Reuters)

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Disputa por tênis de corrida mais rápido se acirra entre Nike e Adidas https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/11/05/disputa-por-tenis-de-corrida-mais-rapido-se-acirra-entre-nike-e-adidas/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/11/05/disputa-por-tenis-de-corrida-mais-rapido-se-acirra-entre-nike-e-adidas/#respond Fri, 06 Nov 2020 02:15:30 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/16046265435fa4a86f6387a_1604626543_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=589 A corrida nas grandes maratonas do mundo e na preparação para a Olimpíada de Tóquio, em 2021, não se limita apenas ao asfalto.

As principais marcas de tênis do mercado –Nike e Adidas, em especial– têm batalhado cada vez mais para fornecer aos seus atletas tecnologia de ponta, que garanta performance melhores.

Essa disputa já ocorre há anos, mas ganhou novos holofotes quando os patrocinados da Nike passaram a devorar recordes com protótipos da linha Vaporfly e sua sucessora, a Alphafly.

Os primeiros modelos começaram a surgir na Olimpíada do Rio, em 2016. Desde então, o queniano Eliud Kipchoge conquistou feito histórico, ao correr os 42 km da maratona (em condições especiais, não reconhecidas como recorde) em menos de duas horas em 2019 com esses protótipos da Nike.

Ele também cruzou a linha de chegada em Berlim, em 2018, quando quebrou o recorde da prova (2h1min39) com um par experimental da empresa americana nos pés.

Sua conterrânea, Brigid Kosgei, calçava tênis do mesmo tipo ao conquistar a melhor marca da maratona feminina (2h14min04) em Chicago, em 2019. O também queniano Geoffrey Kamworor foi outro patrocinado pela empresa a quebrar um recorde, da meia maratona (58min01seg), em Copenhague, no ano passado.

Todos eles usavam protótipos exclusivos para os atletas da Nike. A federação internacional de atletismo, World Athletics, se viu fortemente pressionada para regulamentar melhor a questão.

Havia, inclusive, acusações de quebra de regulamento, pois a organização determinava que os tênis “devem ser elaborados de forma que não dê aos atletas qualquer ajuda ou vantagem injusta” e que os calçados deveriam estar “razoavelmente disponível para todos”.

Com um texto vago, a polêmica levou a World Athletics a estabelecer novas regras, divulgadas em janeiro deste ano. A principal norma para os eventos de rua é que os calçados não podem ter mais do que 40 mm na espessura da sola e não devem conter mais do que uma placa rígida de fibra de carbono incorporada.

No meio, especulava-se que os tênis usados por Kipchoge possuíam três placas do tipo. Segundo a agência de notícias Reuters, isso se baseava na patente da Nike de 2018 para um modelo contendo placas triplas.

A hegemonia da empresa americana, porém, parece ter sido abalada em 2020, com duas quebras de recorde na meia maratona em que os calçados que cruzaram a linha chegada eram de sua concorrente direta, a Adidas. A marca alemã lançou, no fim de junho, o Adizero Adios Pro para fazer frente ao Air Zoom Alphafly Next%.

No início de setembro, a queniana Peres Jepchirchir completou a Meia Maratona de Praga em 1h05min34seg e baixou em 37 segundos o recorde da prova feminina. Cerca de um mês e meio depois, ela tirou 18 segundos da própria marca no Mundial de Meia Maratona em Gdynia, na Polônia.

Tanto os calçados da Nike quanto os da Adidas trazem em sua tecnologia a placa de carbono, que ajuda na propulsão do atleta. Segundo o ortopedista Thiago Bittencourt, especialista em pés e tornozelos, a placa auxilia no ciclo da pisada e funciona como uma mola.

“Toda vez que se pisa no chão, o pé alterna entre dois modos, flexibilidade e rigidez. O primeiro é para absorver o impacto quando o corpo está no ar e o pé está caindo no chão”, explica.

“Logo depois, quando o corpo já jogou todo o peso no chão e esse peso já está para frente, o pé muda completamente a postura e fica rígido para transformar a força da musculatura em impulso, jogar a energia do músculo para o chão para se impulsionar para frente.”

É exatamente uma melhor performance desse ciclo que os novos tênis buscam, tendo na placa de carbono sua grande protagonista. “O que as empresas querem é espremer o resto de impulso que esse movimento do final que o desprendimento do hálux dá, a última parte da pisada no chão”, afirma Bittencourt.

O Alphafly traz uma placa de carbono única ao longo de toda a entressola, proporcionando “uma sensação de dinamismo a cada passada”, afirma a Nike. A empresa explica ainda ter ajustado a largura da placa de acordo com a ponta de cada calçado, para “torná-la mais macia para tamanhos menores e mais espessa para tamanhos maiores”.

Além disso, os calçados possuem duas cápsulas de ar na ponta do pé, para fornecer mais retorno de energia, e a espuma ZoomX, que oferece um amortecimento mais robusto que seus antecessores.

O Adios Pro tem uma placa de carbono multidirecional, com cinco hastes no formato dos ossos dos pés, chamadas de EnergyRods, que proporcionam rigidez e limitam a perda de energia. Essas hastes são combinadas com uma placa de calcanhar de fibra de náilon e fibra de carbono, para alcançar “estabilidade da articulação do tornozelo e corrigir o comportamento de torção do pé”, segundo a Adidas.

Também traz tecnologia nova na entressola, batizada de LightstrikePRO, que “tem o material mais leve e ágil já lançado pela marca, para fornecer amortecimento máximo e mais armazenamento de energia​”, afirma a empresa. No solado, o calçado tem “uma borracha leve que fornece tração amortecida quando necessário, sem comprometer o peso do tênis”.

Um levantamento feito pelo jornal americano The New York Times no fim do ano passado confirmou o desempenho superior dos tênis da Nike. O estudo, feito com dois modelos da linha Vaporfly (4% e Next%), teve como base quatro metodologias.

Como os calçados se tornaram populares entre corredores americanos, milhares de dados foram compilados desde 2014, muito antes de os modelos serem lançados oficialmente no mercado.

Eles mostraram que quem usou o calçado correu de 4% a 5% mais rápido do que aqueles que usaram um par considerado mediano e de 2% a 3% mais rápido do que quem usou o que seria o segundo melhor tênis em velocidade disponível.

Não houve diferença significativa entre o 4% e o Next% quando seus efeitos foram medidos separadamente.

Segundo o New York Times, a diferença é vista independentemente de serem atletas profissionais, corredores rápidos ou lentos, frequentes ou ocasionais. O que se observa é que muito mais gente passou a usar esses tênis –especialmente aqueles que correm mais rápido.

Com a chegada do modelo da Adidas, de tecnologia semelhante, a disputa ficou mais acirrada, e os olhos dos espectadores das maratonas estarão tanto no relógio quanto nos pés dos atletas.

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Prova em São Paulo premia com vaga na Maratona de Berlim https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/08/28/prova-em-sao-paulo-premia-com-vaga-na-maratona-de-berlim/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/08/28/prova-em-sao-paulo-premia-com-vaga-na-maratona-de-berlim/#respond Wed, 28 Aug 2019 13:00:49 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/a6eb6eed5a23469a06c6a142b8a56922ffcee3fb932f3175d0c6b5b1fd593c4f_5ae1af4865742-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=143 Completar uma maratona já é o sonho de muitos corredores. Se puder ser em uma tradicional, que integra o circuito das majors —principais provas do mundo—, como a de Berlim, chega até a dar uma palpitação.

Mas a corrida pode estar mais perto do que os 10 mil quilômetros que separam a capital paulista da alemã. Com uma proposta de prova democrática, a Adidas realiza em São Paulo a Boost Run SP, no dia 6 de outubro.

Os cem melhores classificados da prova individual de 15 km disputam com um tiro de 1 km uma vaga na Maratona de Berlim 2020, com passagem, hospedagem, alimentação e inscrição.

A distância da prova pode ser percorrida ainda em dupla, com uma primeira etapa de 5 km e uma segunda de 10 km. Também nesta modalidade, as cem primeiras duplas concorrem com um tiro de 1 km a uma vaga para a Meia Maratona de Buenos Aires 2020, com tudo pago.

A estrutura da prova deve contar com show de atração-surpresa, food park, especialistas em nutrição e fisioterapia para massagem desportiva, avaliação de bioimpedância e análise biomecânica da corrida, relaxamento e massagem. Todos os participantes terão direito a levar um acompanhante.

As inscrições são feitas pelo site e vão até 29 de setembro. Para a categoria individual, o corredor irá pagar R$ 129,99. Já para quem decidir participar em dupla terá que desembolsar R$ 119,99 por atleta.

O kit da prova será entregue diretamente na casa do inscrito que morar na Grande São Paulo e se inscrever até 20 de setembro. Ele inclui camiseta, chip, canudo reutilizável, voucher de R$ 50 nas lojas Adidas selecionadas, vale-experiências e descontos de parceiros.

Veja abaixo os prêmios oferecidos para cada categoria:

Individual (masculino e feminino)

1º Lugar: Viagem + Hospedagem + Passagens + Alimentação + Inscrição para a Maratona de Berlim 2020 + R$ 6.000 em produtos Adidas + 1 ano de assessoria de corrida MPR

2º Lugar: R$ 4.000 em produtos Adidas + 1 ano de assessoria de corrida MPR

3º Lugar: R$ 2.000 em produtos Adidas + 1 ano de assessoria de corrida MPR

Duplas (masculino, feminino e misto)

1º Lugar: Viagem + Hospedagem + Passagens + Alimentação + Inscrição para a Meia Maratona de Buenos Aires 2020 + R$ 6.000 em produtos Adidas + 1 ano de assessoria de corrida MPR

2º Lugar: R$ 4.000 em produtos Adidas + 1 ano de assessoria de corrida MPR

3º Lugar: R$ 2.000 em produtos Adidas + 1 ano de assessoria de corrida MPR

Boost Run SP – Campo de Marte – av. Braz Leme, 3258, Santana, São Paulo, SP. Dom. (6/10): a partir de 6h. Distâncias de 5 km + 10 km (dupla) e 15 km (individual). Inscrições R$ 119,99 (por pessoa da dupla) e R$ 129,99 (individual), pelo site

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