Linha de Chegada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br O blog onde atletas amadores e ultramaratonistas correm lado a lado Mon, 06 Dec 2021 21:28:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Black Friday traz descontos em produtos para corredores de rua https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/black-friday-traz-descontos-em-produtos-para-corredores-de-rua/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/black-friday-traz-descontos-em-produtos-para-corredores-de-rua/#respond Fri, 26 Nov 2021 22:26:21 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/163796504061a15cf0b8772_1637965040_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=854 A Black Friday já caminha para o seu fim, mas ainda é possível aproveitar descontos para dar uma renovada no guarda-roupa de corrida, ainda mais com as provas presenciais voltando com tudo. Para ajudar o leitor-corredor, seguem algumas das ofertas para aproveitar as promoções e sair por aí.

Tênis de corrida

O Linha de Chegada publicou nesta sexta (26) uma avaliação de quatro modelos de marcas diferentes. Para garantir um par novo —não necessariamente os mesmos—, a Centauro e a Netshoes estão com descontos que podem chegar a 80% em calçados de várias marcas tradicionais. Os preços variam de R$ 149,90 a a R$ 1.249,99 (Netshoes) ou R$ 499,99 (Centauro).

Roupas de corrida

As duas lojas também incluem meias, viseiras, camisetas, shorts e bermudas nas promoções.  Além disso, a Authen, marca voltada exclusivamente para corredoras brasileiras, está com várias ações ao longo do mês de novembro. Uma delas foi o lançamento da Coleção Black Friday, para se diferenciar da prática de oferecer descontos em linhas anteriores. Há ainda preços mais em conta de outras coleções, oferecendo bermudas a partir de R$ 59,90 e tops a partir de R$ 45,90.

A marca enviou os tops Grit e Signature Power que oferecem ótima sustentação e conforto para seios mais robustos em longões e treinos de rodagem, respectivamente —em breve no blog mais informações a respeito.

Já a Sigvaris Group, empresa de produtos de compressão, também está com descontos de até 40% em sua linha Up, indicada para praticantes de esporte. Segundo a marca, os itens oferecem mais firmeza nas pernas e diminuem a vibração, além de retardar o desgaste muscular. Há dois modelos: o Up 25, para atividades de média e alta intensidade, e o Up 17, destinado à recuperação após o exercício.

Máscaras

O Brasil apresenta melhora nos índices da pandemia, mas especialistas ainda indicam prudência com a manutenção de barreiras físicas e distanciamento social. Para deixar a prática um pouco mais confortável, há máscaras desenvolvidas especialmente para isso, como a da Penalty. Existem dois modelos: a Block Treino, presa atrás da orelha, e a Block Pró, que passa por trás da cabeça.

O blog testou a Treino, que se mostrou confortável durante a prática, por ser maleável para se adaptar ao rosto, mas se mantém firme, sem atrapalhar a respiração. Assim como a Pró, possui camada dupla e fio de poliamida antiviral na parte interna, que bloqueia a contaminação cruzada entre os artigos têxteis e o usuário. A diferença entre as duas é que a Pró é mais recomendada para esportes de alto rendimento, mas ambas estão com até 50% desconto no site da Penalty.

A Sigvaris também oferece uma máscara com a mesma tecnologia, que resiste às lavagens desde que sejam observadas as recomendações. A Sigvaris Care também está com desconto de até 30% nesta Black Friday.

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Veja avaliações dos tênis de corrida de Adidas, Asics, Fila e Olympikus https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/veja-avaliacoes-dos-tenis-de-corrida-de-adidas-asics-fila-e-olympikus/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/11/26/veja-avaliacoes-dos-tenis-de-corrida-de-adidas-asics-fila-e-olympikus/#respond Fri, 26 Nov 2021 12:00:03 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/testados-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=793 As novidades nos tênis de corrida não param de surgir, com lançamentos das principais marcas que aparecem a todo momento. Para ajudar o corredor que busca um calçado novo para sair gastando por aí, testei alguns modelos, enviados pelas empresas. Quem sabe não dá para aproveitar uma promoção de Black Friday?

Adidas Adizero Adios Pro 2
O tênis Adizero Adios Pro 2, da Adidas (Divulgação)
O tênis Adizero Adios Pro 2, da Adidas (Divulgação)

O tênis é o top de linha da marca alemã. Leve e confortável, sua tecnologia praticamente empurra o corredor do solo. Desenvolvido com insights e dados dos atletas mais rápidos do mundo, como a campeã olímpica na maratona de Tóquio, Peres Jepchirchir, ele é destinado para atletas mais experientes, que buscam um tênis de alta qualidade e, por isso, estão dispostos a investir mais.

Os pares possuem duas camadas de entressola Lightstrike Pro, uma estrutura de suporte para dar retorno de energia, Energyrods sintonizados por infusão de carbono, projetados para limitar a perda de energia e uma nova estrutura de calcanhar, que fixa o pé por meio de uma trava antiderrapante.

Peso: 215 g
Drop: 10 mm
Preço: R$ 1.699,99

Asics Novablast 2
O tênis Novablast 2, da Asics
O tênis Novablast 2, da Asics

O novo modelo da marca japonesa chegou em agosto deste ano. Ele segue a linha dos últimos lançamentos das marcas concorrentes, com solado mais alto, o que gera um estranhamento de início para quem não está habituado. A forma é padrão, com uma boa elasticidade, e há uma ótima absorção do impacto. Recomendo para corredores intermediários, que buscam um tênis mais avançado.

Em comparação à sua versão anterior, de 2020, o tênis traz “um solado que oferece uma passada mais suave e eficiente” com a espuma FF Blast, segundo comunicado do diretor de Produtos da Asics América Latina, Daniel Costa. Houve também um aumento na largura do meio do pé do tênis, com um design mais assimétrico na geometria da entressola, que, junto com o contraforte em TPU, proporciona passadas mais estáveis.

Peso: 215 g
Drop: 10 mm
Preço: R$ 899,99

Fila KR5
O tênis KR5, da Fila (Divulgação)
O tênis KR5, da Fila (Divulgação)

O modelo foi uma das surpresas deste ano. Chegou ao mercado como o produto mais leve já desenvolvido pela Fila Brasil. Com um drop menor, ele pode agradar quem está acostumado com os modelos mais tradicionais, por ser diferente dos últimos lançamentos. Na prática, ele cumpre a promessa de ultraleve –nos primeiros passos causando certo estranhamento. Por ser mais acessível, é um bom tênis para começar, mas o corredor pode sentir a diferença no futuro ao evoluir para um modelo mais pesado.

O cabedal em tecido dá boa respirabilidade, e a tecnologia Fuse promete maior resistência. Uma placa interna foi colocada para estabilidade na região do médio-pé, enquanto dois pontos de borracha nas partes traseira e frontal, com Evergrip, proporcionam tração.

Peso: 162 g
Drop: 6 mm
Preço: R$ 399,90

Olympikus Corre1 Eco
O tênis Corre1 Eco, da Olympikus (Divulgação)
O tênis Corre1 Eco, da Olympikus (Divulgação)

O modelo de edição limitada é um tênis de corrida básico, mas seu principal diferencial está no material utilizado. Segundo a marca brasileira, foi produzido com componentes reciclados e renováveis e conta com materiais como EVA Verde, produzido a partir da cana-de-açúcar. A diferença que esses materiais fazem é nítida, mas isso não impacta no desempenho. Não é um tênis pesado, e indico para quem busca um modelo mais tradicional e com menor impacto ambiental.

Quanto à tecnologia, o Duoflow resulta em um maior amortecimento, enquanto o HyperSox, material com fios de poliéster reciclados a partir de garrafas plásticas, proporciona respirabilidade, conforto, flexibilidade e leveza. Já o Gripper e o Gripper Plus oferecem aderência ao solo e absorção do impacto com borracha natural extraída da seringueira.

Peso: 273 g
Drop: 8 mm
Preço: R$ 499,90

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Corridas retornam às ruas de São Paulo, e São Silvestre tem edição de 2021 confirmada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/13/corridas-retornam-as-ruas-de-sao-paulo-e-sao-silvestre-tem-edicao-de-2021-confirmada/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/13/corridas-retornam-as-ruas-de-sao-paulo-e-sao-silvestre-tem-edicao-de-2021-confirmada/#respond Wed, 13 Oct 2021 22:20:09 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/maratona-sp-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=836 Foram 19 meses de muita espera, mas o momento chegou: o Governo do Estado de São Paulo liberou a realização de eventos esportivos com 100% da capacidade a partir de 1º de novembro, o que permite o retorno das corridas de rua e a edição de 2021 da tradicional São Silvestre.

Antes desta data, as provas devem ocorrer com limite de 30% da capacidade até 15 de outubro, 50% até 31 de outubro, tendo como base as edições anteriores.

O anúncio veio após eventos-modelo que vinham sendo organizados desde julho. No fim de agosto, uma corrida teste ocorreu na marginal Pinheiros, já indicando o futuro das provas de rua. No caso do evento, foi necessário apresentar um teste negativo ou pagar para a realização de um ao buscar o kit.

O acesso à prova foi controlado apenas para inscritos, e dois questionários foram enviados aos participantes, para controle. Também foi oferecido um teste gratuito após uma semana do evento.

Já para as corridas que virão, os organizadores devem exigir um certificado com esquema vacinal completo, segundo o governo paulista. Quem não tiver concluído a imunização precisará apresentar um comprovante da primeira dose e um teste negativo para Covid-19 —PCR ou de antígeno realizados em até 48 e 24 horas antes do evento, respectivamente.

Por enquanto, também será necessário permanecer de máscara e manter o distanciamento. No caso do evento-modelo de fim de agosto, acompanhado pela Folha, ao longo do percurso alguns corredores retiravam o item de proteção, mas havia controle próximo à linha de chegada pedindo que fosse colocado de volta.

Uma das provas mais aguardadas neste fim de ano é a 96ª Corrida Internacional de São Silvestre. A principal corrida de rua da América Latina foi confirmada para o seu já tradicional dia, 31 de dezembro, e está com inscrições abertas.

A edição terá algumas novidades, como o Pelotão Premium —com kit mais completo e espaço de largada separado— e o treinão virtual, que pode ser tanto um preparativo para a prova como ser completado ao mesmo tempo que a competição.

Além da São Silvestre, outras provas que já estavam consolidadas no calendário paulistano também confirmaram edições. Uma delas é o Circuito das Estações – Etapa Inverno, que será no dia 7 de novembro. As inscrições também já estão abertas.

As corridas de rua haviam sido suspensas em março do ano passado, ainda no início da pandemia de coronavírus no Brasil. Com o avanço da vacinação, os eventos que geram aglomerações vêm sendo liberados. No estado de São Paulo, 82,1% já receberam ao menos uma dose e 61,1% estão com quadro vacinal completo.

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Quenianos e etíope vencem maratonas de Boston e Chicago https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/quenianos-e-etiope-vencem-maratonas-de-boston-e-chicago/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/quenianos-e-etiope-vencem-maratonas-de-boston-e-chicago/#respond Mon, 11 Oct 2021 14:52:42 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/163396363461644e72a69e3_1633963634_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=821 Com um calendário impactado pela pandemia de coronavírus, os EUA tiveram duas competições importantes no calendário de maratonas em dois dias seguidos. Nesta segunda-feira (11), atletas percorreram os 42,195 km da prova em Boston, enquanto neste domingo foi a vez de Chicago receber corredores.

Na Maratona de Boston, teve dobradinha queniana, com Benson Kipruto vencendo entre os homens, com tempo de 2h09min51seg, e Diana Kipyogei levando a prova feminina em 2h24min45seg. Ambos são estreantes em Majors, circuito mundial com as seis principais competições da modalidade, com tempo de 2h09min51seg.

O Quênia dominou ainda o pódio entre as mulheres, com as conterrâneas Edna Kiplagat (2h25min09seg), vencedora em 2017, e Mary Ngugui conquistando o segundo e terceiro lugares. Já a prova masculina teve o etíope Lemi Berhanu na segunda colocação, com tempo de 2h10min37seg, seguido pelo conterrâneo Jemal Yimer, que chegou um segundo depois.

A alta umidade foi uma das marcas da competição nesta segunda. Os atletas largaram com clima ameno de 16ºC, nublado e vento de 16h km/h, mas uma umidade de 91% que dominou durante todo o percurso, o que deixou a prova muito mais lenta.

O americano CJ Albertson, que completa 28 anos nesta segunda, chegou a dominar a prova durante mais da metade do percurso e alcançou uma vantagem de 2min13seg dos demais atletas que formavam um grande pelotão de cerca de dez corredores na sequência na altura da meia maratona.

Essa diferença, no entanto, foi caindo, e no quilômetro 25 o ultramaratonista já estava apenas 1min41seg na frente. Já no quilômetro 32, os demais atletas o alcançaram, com Kipruto despontando na frente logo depois. Já na reta final, a dois quilômetros do fim da prova, apenas três atletas perseguiam o queniano.

A prova feminina também teve um pelotão grande, de cerca de dez corredoras, ao longo da maior parte dos 42,195 km. Foi próximo do quilômetro 30 que Kipyogei conseguiu apertar o passo e descolar do pelotão, que na sequência reduziu para pouco mais de cinco atletas.

Nos cinco quilômetros seguintes, a queniana chegou a ter ameaçada a liderança com a aproximação da etíope Netsanet Gudeta, mas Kipyogei manteve o ritmo forte e garantiu o lugar mais alto no pódio.

Em sua 125ª edição, a Maratona de Boston é considerada a mais tradicional por ser a mais antiga a ser realizada anualmente —a exceção foi no ano passado, quando foi cancelada devido à Covid-19. Neste ano, a data oficial, o Dia do Patriota, em abril, foi modificada para outubro, com a vacinação mais avançada nos EUA permitindo sua realização. No total, 12 mil atletas participaram presencialmente e 28 mil de modo virtual, abrangendo 104 países e todos os estados americanos.

Apesar de não ser uma prova rápida, a competição atrai por sua tradição e prestígio, devido a uma rigorosa qualificação. Para participar, é preciso ter registrado em outra maratona um tempo abaixo de 3 horas para os homens e 3h30min para as mulheres. Em 2013, a história da prova foi ainda marcada por um atentado terrorista que deixou 3 mortos e 264 feridos.

MARATONA DE CHICAGO

Neste domingo (10), parte dos atletas de elite já havia se reunido para a Maratona de Chicago. O etíope Seifu Tura conquistou seu primeiro título em uma maratona Majors, com 2h06min12seg.

O americano Galen Rupp surpreendeu ao conquistar o segundo lugar, à frente de quenianos e etíopes que lideraram boa parte da prova, ao cruzar a linha de chegada em 2h06min35seg, com o queniano Eric Kiptanui vindo logo na sequência para o terceiro lugar, em 2h06min51seg.

Entre as mulheres, surpreendentemente o pódio teve mais composição americana do que africana, uma diferença notável da última edição. A queniana Ruth Chpengetich disparou para o primeiro lugar, com tempo de 2h22min31seg, enquanto Emma Bates ficou na segunda posição, com 2h24min20seg, e Sarah Hall na terceira, com 2h27min19seg.

Em uma prova mais quente que o normal, com 23ºC, vento de 21 km/h, umidade 70% e céu nublado na largada, Tura despontou do pelotão líder por volta do quilômetro 25, mas a prova chegou a ser dominada na primeira metade pelo também etíope Shifera Tamru.

O atleta havia se descolado dos demais a partir do quilômetro 10, mas o grupo diminuiu a diferença no quilômetro 20 e se juntou novamente ao então líder na altura da meia maratona. No fim, Tamru chegou em quinto lugar, com tempo de 2h09min39seg, atrás do japonês Kengo Suzuki, que fez sua primeira maratona fora do japão com tempo de 2h08min50seg.

Já entre as mulheres, Chepngetich não deixou chance para as adversárias e correu para a liderança da prova já a partir do quilômetro 10 e se manteve à frente durante todo o percurso. A queniana chegou a segurar um ritmo para uma possível quebra de recorde, o que poderia repetir o feito de sua conterrânea Brigid Kosgei em Chicago, em 2019, mas o desempenho caiu na segunda metade.

No retorno da Maratona de Chicago desde que pandemia de coronavírus começou, 26 mil atletas participaram da corrida americana, uma queda dos 45 mil que disputaram a prova em 2019.

A competição é onde os corredores normalmente vão para obter seus RPs (recordes pessoais), mas a meteorologia não colaborou neste ano. Chepngetich, por exemplo, detém a quarta melhor marca de todos os tempos desde que conquistou o tempo de 2h17seg08min em Dubai, em 2019, 4 minutos a menos do que o registrado neste domingo.

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Queniana vence Maratona de Londres e tira título de recordista mundial https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/#respond Sun, 03 Oct 2021 10:27:38 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/163325827361598b21b028d_1633258273_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=813 A queniana Joyciline Jepkosgei conquistou mais um título para o seu currículo ao vencer a Maratona de Londres neste domingo (3), deixando para trás a atual recordista mundial, a sua conterrânea Brigid Kosgei, que defendia o título.

Campeã de Nova York em 2019, ela percorreu os 42,195 km em 2h17min44seg, seguida pelas etíopes Degitu Azimeraw e Ashete Bekere, que cruzaram a linha de chegada em segundo e terceiro lugares. Com seu tempo, Jepkosgei ficou bem perto de bater o recorde da prova de 2h17min01seg, mantido por Mary Keitany desde 2017.

Com clima agradável de 11ºC e pouco vento, mas com umidade de 88%, elas largaram e acompanharam o pelotão de 12 atletas que liderou até os 5 km. O grupo foi afunilando e cruzou a marca de 10 km já com seis competidoras. Já nos 35 km, apenas cinco despontavam na prova, e, a partir daí, Jepkosgei disparou e se descolou do grupo.

Atual recordista mundial, com marca conquistada em Chicago, em 2019, Kosgei integrou o pelotão, mas perdeu o ritmo também no km 35 e não conseguiu acompanhar sua conterrânea, chegando em 4º lugar.

Já entre os homens, o etíope Sisay Lemma venceu a Maratona de Londres pela primeira vez com tempo de 2h04min, após chegar em terceiro lugar no ano passado e ter desistido no meio da prova nas Olimpíadas de Tóquio deste ano. Em segundo lugar chegou o queniano Vincent Kipchumba, seguido pelo também etíope Mosinet Geremew.

Correndo dentro do pelotão líder, mas atrás dos atletas, Lemma despontou no primeiro lugar entre o km 35 e o km 40. Já o atual campeão da prova, Shura Kitata, ficou para trás ainda nos primeiros 10 minutos, cruzando a linha de chegada em sexto lugar.

Depois de um ano apenas com atletas de elite devido à pandemia de coronavírus, a Maratona de Londres voltou a receber o público em geral na prova e também pelas ruas da capital inglesa. Ao unir eventos presencial e virtual, os organizadores tentam bater recorde de participantes.

Pelas ruas de Londres, 36.401 se inscreveram para a prova, enquanto há a expectativa de outros 40 mil realizarem o percurso de forma virtual, em qualquer lugar do mundo, ao longo das 24 horas deste domingo.

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Etíope Adola vence Maratona de Berlim e deixa para trás favorito Bekele https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/etiope-adola-vence-maratona-de-berlim-e-deixa-para-tras-favorito-bekele/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/etiope-adola-vence-maratona-de-berlim-e-deixa-para-tras-favorito-bekele/#respond Sun, 26 Sep 2021 09:30:13 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/1632650776615046186b561_1632650776_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=798 Quebrando o favoritismo de Kenenisa Bekele, o etíope Guye Adola venceu a Maratona de Berlim, cruzando a linha de chegada dos 42,195 km em 2h05min45seg. Em segundo lugar chegou o queniano Bethwel Yegon e o também etíope Bekele ficou em terceiro.

A maior surpresa veio entre as mulheres, com a estreante Gotytom Gebreslase chegando em primeiro lugar com tempo de 2h20min09seg, após despontar por volta do km 35. Ela foi seguida por Hiwot Gebrekidan (2h21min23seg) e Helen Tola (2h23min05seg), formando um pódio triplo da Etiópia.

Os homens chegaram a buscar o recorde mundial durante a primeira metade da prova, com Adola e Bekele entre os líderes. O ritmo, porém, ficou mais lento entre os km 20 e 25, o que eliminou qualquer chance de conquistar a marca.

Yegon, pelo contrário, forçou o ritmo para alcançar os líderes, e chegou a ultrapassar Bekele e Adola —o surgimento do queniano no pódio foi uma surpresa, já que ele estava fora do radar. Nos últimos km, porém, Adola recuperou a primeira posição.

O tempo bem acima do ainda imbatível recorde conquistado por Eliud Kipchoge na mesma Berlim em 2018, de 2h01min39seg, pode ser creditado, em boa parte, às condições climáticas. A largada por volta das 9h foi com temperatura de 16ºC, um pouco acima do habitual para a prova, e umidade de 86%, o que dificulta o desempenho.

Havia grande expectativa para essa quebra, ainda mais que o favorito Bekele ficou a dois segundos do tempo em 2019 —a última edição, já que a de 2020 foi cancelada devido à pandemia de coronavírus.

O etíope, no entanto, teve um desempenho irregular. Distanciou-se do pelotão líder no km 18 e cruzou a parcial de 20 km a 11 segundos dos quatro que estavam na frente, e a de meia maratona a 12 segundos.

O atleta buscou a diferença e diminuiu a diferença para 5 segundos na parcial dos 25 km e, antes do km 26, já estava novamente na liderança. Apesar da recuperação, voltou a perder o ritmo nos quilômetros finais.

O desempenho vem aquém daquele almejado. O representante de Bekele, Jos Hermens, disse a Podium Runner, antes da prova, que a busca era por um tempo rápido. “E um tempo rápido é claramente o recorde mundial. Não queremos anunciar uma tentativa oficial, mas obviamente Kenenisa não vir para correr 2:04, nem 2:03.”

A inconsistência é uma das marcas da carreira como maratonista de Bekele. Das últimas seis provas que participou, concluiu apenas metade. Neste ano, ficou fora das Olimpíadas por discordar do critério de seleção de atletas que disputariam pela Etiópia e, no ano passado, não conseguiu correr Londres devido a uma lesão na panturrilha.

A ausência de Bekele foi sentida nas duas provas pela aguardada disputa corpo a corpo com Kipchoge, desde o desempenho conquistado pelo etíope em 2019. Naquele ano, o queniano não participou da prova, pois se preparava para o desafio Ineos 1:59 Challenge, quando ele se tornou o primeiro atleta a percorrer os 42,195 km em menos de duas horas.

Os dois, inclusive, revezavam os títulos de Berlim desde 2015, com três vitórias para Kipchoge e duas para Bekele. Neste ano, o queniano optou por não participar da prova.

Além de um nome novo em seis anos entre os vencedores da prova, chama a atenção também que Adola é patrocinado pelo Adidas, quebrando a hegemonia da Nike, já que tanto Kipchoge como Bekele são apoiados pela marca americana. O mesmo ocorre entre as mulheres: se em 2019 Ashete Bekere cruzou a linha de chegada com tênis da Nike, Gebreslase o fez em 2021 com um par da Adidas.

As duas protagonizam uma disputa tecnológica dos calçados, envolta em polêmicas.

MARATONA DE BERLIM

​​A prova de Berlim é conhecida como a maratona dos recordes. Desde sua primeira edição, em 1974, 11 recordes já foram quebrados lá, sendo 8 no masculino e 3 no feminino. Dos 10 melhores tempos conquistados por homens, 5 foram alcançados na capital alemã. Já entre as mulheres, apenas 1 dos 10 melhores tempos está na lista berlinense —o 8º. Em 2018, a queniana Gladys Cherono completou o percurso em 2h18min11seg, atual recorde da prova.

Neste ano, a prova é a primeira entre as principais maratonas a serem realizadas desde que a pandemia de Covid-19 começou. Devido à crise sanitária, o número de atletas foi reduzido, e participaram 24.796 corredores de 117 países.

Os olhares agora se voltam para os próximos fins de semana, com as maratonas de Londres, em 3 de outubro, Chicago, em 10 de outubro, Boston, em 11 de outubro, e Nova York, em 7 de novembro. A de Tóquio também estava prevista para este mês, mas foi adiada para 6 de março de 2022, devido à situação da pandemia no Japão.

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Após polêmica com tênis da Nike, é a vez de Adidas dizer que continuará a testar limites https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/13/apos-polemica-com-tenis-da-nike-e-a-vez-de-adidas-dizer-que-continuara-a-testar-limites/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/13/apos-polemica-com-tenis-da-nike-e-a-vez-de-adidas-dizer-que-continuara-a-testar-limites/#respond Fri, 13 Aug 2021 22:42:07 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/16288943276116f4770a7e1_1628894327_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=790 Depois de a Nike mergulhar em diferentes polêmicas devido à tecnologia empregada em seus sapatos, o presidente da Adidas, Kasper Rorsted, afirmou que a marca alemã vai continuar insistindo em inovações, apesar de uma controvérsia de que os calçados teriam dado vantagem indevida aos atletas nas Olimpíadas de Tóquio.

“As regras descrevem claramente que tipo de especificação os tênis precisam cumprir”, afirmou o executivo na última quinta (5). “Todos estão ultrapassando os limites, e a regulação do COI [Comitê Olímpico Internacional] é bem clara ao definir quais limites são permitidos, e essa é a melhor forma de dizer o que é justo.”

A tecnologia “boost” no solado da Adidas, que ajuda na impulsão, foi apontada como tendo auxiliado Dennis Kimetto a quebrar o recorde da maratona em 2014. Mais recentemente, no entanto, a concorrente americana Nike inseriu a placa de carbono na sua linha Alphafly.

Os primeiros modelos começaram a surgir na Rio-2016. Desde então, o queniano Eliud Kipchoge (atual bicampeão olímpico) conquistou feito histórico, ao correr os 42 km da maratona (em condições especiais, não reconhecidas como recorde) em menos de duas horas em 2019 com esses protótipos da Nike.

Ele também cruzou a linha de chegada em Berlim, em 2018, quando quebrou o recorde da prova (2h01min39) com um par experimental da empresa americana nos pés —tirando a marca de Kimetto.

Sua conterrânea, Brigid Kosgei, calçava tênis do mesmo tipo ao conquistar a melhor marca da maratona feminina (2h14min04) em Chicago, em 2019. O também queniano Geoffrey Kamworor foi outro patrocinado pela empresa a quebrar um recorde, da meia maratona (58min01seg), em Copenhague, no ano passado.

A hegemonia da marca americana, porém, parece ter sido abalada em 2020, com duas quebras de recorde na meia maratona em que os calçados que cruzaram a linha chegada eram de sua concorrente direta, a Adidas. A marca alemã lançou, no fim de junho, o Adizero Adios Pro para fazer frente ao Air Zoom Alphafly Next%.

No início de setembro, a queniana Peres Jepchirchir (atual campeã olímpica) completou a Meia Maratona de Praga em 1h05min34seg e baixou em 37 segundos o recorde da prova feminina. Cerca de um mês e meio depois, ela tirou 18 segundos da própria marca no Mundial de Meia Maratona em Gdynia, na Polônia.

A federação internacional de atletismo, World Athletics, viu-se fortemente pressionada para regulamentar melhor a questão após a sequência de marcas com os calçados da Nike. Havia, inclusive, acusações de quebra de regulamento, pois a organização determinava que os tênis “devem ser elaborados de forma que não dê aos atletas qualquer ajuda ou vantagem injusta” e que os calçados deveriam estar “razoavelmente disponível para todos”.

Com um texto vago, a polêmica levou a World Athletics a estabelecer novas regras, divulgadas em janeiro do ano passado. A principal norma para os eventos de rua é que os calçados não podem ter mais do que 40 mm na espessura da sola e não devem conter mais do que uma placa rígida de fibra de carbono incorporada.

Mesmo com toda a polêmica, o presidente da Adidas foi bem claro quanto a sua opinião sobre as melhorias, indicando que a marca não irá recuar. “O que fazemos é ir além dos limites para checar que tipo de produtos é possível inovar ao longo do tempo para que você não se limite.”

(Com Reuters)

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Clube de assinatura de corridas virtuais estimula competição em tempos pandêmicos https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/11/clube-de-assinatura-de-corridas-virtuais-estimula-competicao-em-tempos-pandemicos/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/11/clube-de-assinatura-de-corridas-virtuais-estimula-competicao-em-tempos-pandemicos/#respond Thu, 12 Aug 2021 02:32:59 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/1628735369611487893a0b3_1628735369_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=783 Não é nenhuma novidade para você, corredor-leitor do blog, que sentimos muita falta das provas de corrida de rua. Ainda que haja uma perspectiva de retorno dos eventos, com a realização de testes para adequar a competição a essa nova realidade, estamos, em São Paulo, há quase 17 meses sem sentir aquele frio na barriga na largada e a sensação de dever cumprido ao cruzar a linha de chegada.

As provas virtuais ganharam força nesse período, mas as dinâmicas de entrega de kit e medalha, em sua maioria, não têm o mesmo atrativo, já que a recompensa vem antes mesmo da meta cumprida. Além disso, com estruturas menores, os kits foram impactados —devido também à necessidade das empresas, que têm enfrentado dificuldades para se manter nesse período.

Para suprir essa demanda e estimular corredores Brasil afora, três amigos decidiram lançar o Corrida Virtual Brasil, um clube de assinaturas em que o participante paga um valor mensal para ganhar um kit e, se completar a distância, levar a medalha.

O assinante Rafael Ursaia, 38, de São Paulo (Divulgação)
O assinante Rafael Ursaia, 38, de São Paulo (Divulgação)

A ideia surgiu de três sócios e amigos, Bárbara Coutinho, Leandro Rosa e Marcelo Olaso. O começo da história é anterior mesmo à pandemia, quando Olaso, que trabalha na área de informática, fez uma viagem para a Inglaterra em 2016 e viu que era tendência na Europa as corridas virtuais. No fim daquele ano, propôs a criação da empresa aos amigos, que atuam na área de eventos, mas o negócio não vingou.

Quando a crise sanitária se instalou, eles retomaram a ideia, mas queriam oferecer um diferencial, uma vez que as provas virtuais já estavam disseminadas do lado de cá do Atlântico. “Pensamos no clube de assinatura, vimos que não existia nenhum desse tipo e achamos que seria bacana para criar uma rotina”, explica Coutinho. “As pessoas precisam se exercitar e sem aglomeração.”

Para ela, a grande vantagem é poder fazer a prova individualmente, sem depender de grupo, em qualquer hora e lugar. A questão de participar não importando onde o corredor está também é uma forma de democratizar a competição, avalia Rosa. “As grandes capitais têm sua corrida de rua, não têm carência nesse sentido. No interior, tem, e às vezes é preciso se deslocar [para competir].”

Com cerca de 60 participantes espalhados por diversos estados do Brasil, o engajamento para manter os corredores motivados também é virtual, por meio das redes sociais. “A gente estimula, manda nas instruções que poste a foto e marque o Corrida Virtual Brasil”, explica Coutinho. “Entendemos que o conceito de corrida virtual precisa ser preenchido, postar faz parte desse ambiente. Quando posta, sempre tem alguém falando, as pessoas são estimuladas para isso, queremos que elas estejam em movimento”, diz Rosa.

Os corredores, segundo Coutinho, são em sua maioria amadores. “Tem ex-bariátrico, dona de casa, é cidadão comum que fica postando para incentivar outras pessoas, mostrar a vida saudável.” Dentro do ambiente virtual, os assinantes recebem ainda dicas de uma educadora física e de uma nutricionista sobre treinos, alimentação, as melhores práticas, em um grupo exclusivo no Facebook.

Ao custo de R$ 89,90 no plano anual ou R$ 99,90 no semestral e R$ 109,90 no mensal, os kits recebidos vêm com a camiseta, cupons de desconto e itens como toalha refrescante e cadarço elástico. Ele chega até o dia 20 de cada mês e o assinante tem até o dia 30 para validar a corrida. A inscrição é pelo site.

Com o retorno das provas presenciais que surge no horizonte, Coutinho explica que já existem planos para o pós-pandemia. A ideia, para quando as aglomerações estiverem liberadas, é estimular encontros entre atletas da mesma cidade, para correr ao mesmo tempo com outros espalhados pelo Brasil.

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Crise climática pode alterar calendário de provas de corrida, diz presidente da federação internacional de atletismo https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/10/crise-climatica-pode-alterar-calendario-de-provas-de-corrida-diz-presidente-da-federacao-internacional-de-atletismo/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/10/crise-climatica-pode-alterar-calendario-de-provas-de-corrida-diz-presidente-da-federacao-internacional-de-atletismo/#respond Tue, 10 Aug 2021 12:00:56 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/16285660056111f1f550182_1628566005_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=773 Os apaixonados por corrida acompanharam de casa as duras condições impostas aos maratonistas durante a prova de 42,195 km nas Olimpíadas de Tóquio, realizadas nas manhãs de sábado (7) e domingo (8), no horário local, noite de sexta (6) e sábado no Brasil. Foram 15 desistências na prova feminina e 28 na masculina —entre elas, os brasileiros Daniel Chaves e Daniel Nascimento, que apresentava bom desempenho até colapsar.

Correndo sob forte sol e temperatura que quase alcançou os 30°C em Sapporo, as mulheres chegaram a ter sua prova adiantada em uma hora, para tentar diminuir o impacto climático na performance. Os homens tiveram temperatura mais amena e céu nublado, mas o calor, somado à alta umidade que esteve presente nos dois dias, também afetou a elite masculina do esporte. Isso que a sede da maratona olímpica saiu de Tóquio para a cidade mais ao norte porque esta seria mais fresca.

As altas temperaturas registradas no verão ao redor do mundo podem, assim, levar a uma grande reavaliação sobre quando grandes eventos esportivos devem ser realizados, afirmou Sebastian Coe, presidente da World Athletics, a federação internacional de atletismo, no domingo (8). “Foram condições difíceis [nas maratonas] e podemos muito bem enfrentar as mesmas temperaturas em Paris-2024”, avaliou, sobre a próxima sede dos Jogos.

“Nas qualificatórias dos EUA em Eugene [no estado do Oregon e sede do campeonato mundial no próximo ano], passava dos 40°C. Isso foi um desafio que vamos todos enfrentar agora, e que provavelmente precisará de um debate global em torno do calendário e como realizamos eventos”, disse Coe. “Não sou climatologista, mas a realidade é que, aonde quer que vamos, a nova norma será lidar com condições climáticas muito difíceis.”

Em um relatório divulgado nesta segunda-feira (9), cientistas do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudança do Clima da ONU) quantificaram o aumento da frequência e da intensidade dos eventos extremos ligados às mudanças climáticas. O cenário é difícil: a crise já agrava secas, tempestades e temperaturas extremas e é irreversível.

Entre as mensurações feitas está a de temperaturas extremas mais raras, que ocorriam uma vez a cada 50 anos entre 1850 e 1900, e hoje têm probabilidade de ocorrer 4,8 vezes no mesmo período e podem chegar 39 vezes em um cenário de mais de 4ºC de aquecimento global.

Há precedentes para a mudança do mês de realização dos Jogos: Tóquio-1964 e México-1968 ocorreram em outubro, enquanto Seul-1988 e Sydney-2000, em setembro. Via de regra, no entanto, prevalecem os meses de julho e agosto. Tendo em vista a questão climática, a Copa do Mundo do Qatar no ano que vem não será em junho e julho, como de hábito, mas foi adiada para novembro e dezembro, para evitar o período mais quente.

Com Reuters

 

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Livro de Murakami sobre corrida é tanto boa leitura quanto incentivo para treinos https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/08/livro-de-murakami-sobre-corrida-e-tanto-boa-leitura-quanto-incentivo-para-treinos/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/08/livro-de-murakami-sobre-corrida-e-tanto-boa-leitura-quanto-incentivo-para-treinos/#respond Sun, 08 Aug 2021 19:11:01 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/10168018_819890568038335_3572758280655381039_n-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=764 Aproveitando o clima esportivo das Olimpíadas de Tóquio, que chegaram ao fim neste domingo (8), indico o livro “Do que Eu Falo quando Eu Falo de Corrida”, do japonês Haruki Murakami. Célebre escritor mundial, ele acumula vários quilômetros e décadas na prática do esporte, com foco na maratona, que acabou de ocorrer em sua terra natal.

A obra chegou até mim de forma inesperada, quando uma grande amiga me mandou de presente, já que unia duas paixões —a literatura e a corrida. E foi uma grata surpresa a leitura, por dois principais motivos.

O primeiro é o texto fluido e gostoso de ler de Murakami. O livro está em forma de diário e nele o autor relata como começou a correr, sua rotina de treinos, altos e baixos, centrando principalmente na preparação para a Maratona de Nova York, com alguns flashbacks (destaque para o relato da maratona original, na Grécia).

O autor Haruki Murakami em Odense, na Dinamarca (Henning Bagger - 30.out.16/Scanpix Denmark/Reuters)
O autor Haruki Murakami em Odense, na Dinamarca (Henning Bagger – 30.out.16/Scanpix Denmark/Reuters)

Já a outra razão é pura identificação. Murakami passou pelo que ele chama de “runner blues”, ou tristeza dos corredores, numa tradução livre. É aquele ponto baixo, quando o desânimo toma o nosso corpo e sair para dar alguns passos parece o mesmo que enfrentar uma maratona (eu imagino, já que nunca corri prova do tipo).

Acredito que esse “mal” deva acometer muitos de nós. Se esse for seu caso no momento, reforço ainda mais a indicação. Eu não estava exatamente no meu momento mais desanimado, mas tampouco conseguia manter uma rotina de treinos assídua o suficiente para evoluir.

Ao longo da leitura, no entanto, a empolgação voltou, a um nível para me preparar para os 42 km —ok, nem tanto, mas sigo almejando uma meia maratona antes do fim do ano, mesmo sem provas presenciais confirmadas.

“Por mais que correr longas distâncias seja uma coisa que me caia bem, claro que existem dias que me sinto meio letárgico e não quero correr. Na verdade, acontece com frequência.” (Haruki Murakami)

Essa identificação que o escritor consegue gerar, mesmo que estejamos separados por um abismo na questão da distância e do empenho em treinar (ele mira uma maratona por ano e pratica seis dias por semana, enquanto eu consegui chegar aos 16 km e, em semanas boas, corro quatro vezes), acredito que seja porque, no fundo, o sentimento é o mesmo.

Ele relata a tristeza de caminhar em uma prova —quem já não passou por isso?— e como teve dificuldades para recuperar a autoconfiança depois de não conseguir completar a parte de nado em um triatlo. São desafios que muitos de nós já enfrentamos, mesmo que não sejamos triatletas ou maratonistas, provavelmente mais de uma vez.

Se você, então, está em busca de uma leitura agradável e que, de quebra, pode render um bom incentivo para colocar os pés no asfalto, fica a indicação.

DO QUE EU FALO QUANDO EU FALO DE CORRIDA
Preço R$ 49,90 (brochura) e R$ 23,90 (ebook)
Autor Haruki Murakami
Editora Alfaguara
Págs. 150

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