Linha de Chegada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br O blog onde atletas amadores e ultramaratonistas correm lado a lado Mon, 06 Dec 2021 21:28:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Queniana vence Maratona de Londres e tira título de recordista mundial https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/#respond Sun, 03 Oct 2021 10:27:38 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/163325827361598b21b028d_1633258273_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=813 A queniana Joyciline Jepkosgei conquistou mais um título para o seu currículo ao vencer a Maratona de Londres neste domingo (3), deixando para trás a atual recordista mundial, a sua conterrânea Brigid Kosgei, que defendia o título.

Campeã de Nova York em 2019, ela percorreu os 42,195 km em 2h17min44seg, seguida pelas etíopes Degitu Azimeraw e Ashete Bekere, que cruzaram a linha de chegada em segundo e terceiro lugares. Com seu tempo, Jepkosgei ficou bem perto de bater o recorde da prova de 2h17min01seg, mantido por Mary Keitany desde 2017.

Com clima agradável de 11ºC e pouco vento, mas com umidade de 88%, elas largaram e acompanharam o pelotão de 12 atletas que liderou até os 5 km. O grupo foi afunilando e cruzou a marca de 10 km já com seis competidoras. Já nos 35 km, apenas cinco despontavam na prova, e, a partir daí, Jepkosgei disparou e se descolou do grupo.

Atual recordista mundial, com marca conquistada em Chicago, em 2019, Kosgei integrou o pelotão, mas perdeu o ritmo também no km 35 e não conseguiu acompanhar sua conterrânea, chegando em 4º lugar.

Já entre os homens, o etíope Sisay Lemma venceu a Maratona de Londres pela primeira vez com tempo de 2h04min, após chegar em terceiro lugar no ano passado e ter desistido no meio da prova nas Olimpíadas de Tóquio deste ano. Em segundo lugar chegou o queniano Vincent Kipchumba, seguido pelo também etíope Mosinet Geremew.

Correndo dentro do pelotão líder, mas atrás dos atletas, Lemma despontou no primeiro lugar entre o km 35 e o km 40. Já o atual campeão da prova, Shura Kitata, ficou para trás ainda nos primeiros 10 minutos, cruzando a linha de chegada em sexto lugar.

Depois de um ano apenas com atletas de elite devido à pandemia de coronavírus, a Maratona de Londres voltou a receber o público em geral na prova e também pelas ruas da capital inglesa. Ao unir eventos presencial e virtual, os organizadores tentam bater recorde de participantes.

Pelas ruas de Londres, 36.401 se inscreveram para a prova, enquanto há a expectativa de outros 40 mil realizarem o percurso de forma virtual, em qualquer lugar do mundo, ao longo das 24 horas deste domingo.

]]>
0
Maratona de Londres quer bater recorde de participantes em 2021 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/22/maratona-de-londres-quer-bater-recorde-de-participantes-em-2021/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/22/maratona-de-londres-quer-bater-recorde-de-participantes-em-2021/#respond Sat, 23 Jan 2021 00:52:36 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/c0ad5d0eb5b350c3d9548cbf152dc7ecb937eb9665687c3f9bc8efd040994a65_5f79b243705df-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=653 Com uma boa dose de otimismo de que a vacinação contra a Covid-19 vai avançar tão rápido quanto Usain Bolt, os organizadores da Maratona de Londres se preparam para que a edição de 2021 bata recordes e seja a maior já realizada, com um total de 100 mil corredores em 3 de outubro, segundo o Guardian.

Há um porém, claro. Serão disponibilizadas 50 mil vagas para percorrer os 42 km por Londres, 7.000 a mais que as edições anteriores –mas as outras 50 mil ficarão disponíveis para uma corrida virtual.

Se alcançado, o número supera em muito o recorde atual, de 53.121 corredores na Maratona de Nova York em 2018 –ainda que a prova americana mantenha o pódio pela quantidade de participantes na largada. A marca viria na sequência de outra, já que a competição londrina entrou no Livro dos Recordes, nesta quinta (21) pela maior corrida virtual, com 37.996 corredores, na edição de 2020.

Apesar de conseguir essa quantidade de participantes por si só já seja um feito, o diretor do evento, Hugh Brasher, disse ao jornal britânico que o foco é ajudar instituições de caridade em dificuldades, tornar a corrida mais inclusiva e “oferecer luz e esperança na escuridão da pandemia”.

“Foi um ano de coisas realmente terríveis acontecendo, então pode ser difícil para as pessoas imaginarem a corrida acontecendo normalmente em um momento em que as notícias são tão terríveis”, afirmou Brasher ao Guardian. “Mas temos um otimismo real, com 4 milhões de pessoas no Reino Unido já vacinadas e o governo dizendo que toda a população deve ser vacinada até setembro.”

Na parte virtual da edição deste ano, os corredores terão 24 horas para percorrer os 42 km da prova. Permitir um dia inteiro para completar a distância mesmo sem estarem na capital britânica é uma forma de incentivar as pessoas a se exercitarem e se preparem para o desafio em outubro, segundo os organizadores.

O prazo leva em conta os 8.000 participantes de 2020 que precisaram de mais de 8 horas para concluir a prova –um amador que corre rápido leva até 4 horas– e outras três que usaram o tempo máximo de 23 horas e 59 minutos.

“São [26,2 milhas] um longo caminho. Mas sabemos que se as pessoas desejam melhor saúde física e melhor saúde mental, o exercício faz isso. Portanto, quanto mais inspirarmos alguém nessa jornada para começar a treinar, começar a caminhar, a começar a correr, melhor”, afirmou o diretor.

Todos que se inscreveram para tentar conseguir uma vaga na Maratona de Londres deste ano vão saber se estarão nas ruas da capital britânica em 8 de fevereiro. Quem ficar de fora da prova física terá uma semana para entrar no desafio virtual, antes que este seja aberto para o público geral.

“O sucesso do evento virtual em 2020 que quebrou recorde e as histórias incríveis de participantes de todo o mundo mostraram como a maior maratona do mundo trouxe luz e esperança na escuridão da pandemia”, disse Brasher. “Queremos oferecer isso de novo e também aceleramos os planos em que trabalhamos há alguns anos para aumentar para 50 mil o número de finalistas nas ruas de Londres.”

]]>
0
Londres tem zebra, e Kipchoge perde 1ª maratona em 7 anos https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/10/04/maratona-de-londres-tem-zebra-e-etiope-kitata-vence-prova/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/10/04/maratona-de-londres-tem-zebra-e-etiope-kitata-vence-prova/#respond Sun, 04 Oct 2020 11:23:15 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/a4cf4bdf5847eaa73d618b0635fd3595e4077d08576b6cf9ffdaa48c74383a81_5f79b3389730a-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=550 A caixa de surpresas que está sendo o ano de 2020 parece não ter fim. Favoritíssimo para a Maratona de Londres, o tetracampeão da prova e atual recordista da modalidade Eliud Kipchoge ficou para trás nos últimos dez minutos e chegou em oitavo lugar, sua pior marca. O queniano, que completou o percurso em 2h06min42seg, não perdia uma maratona desde 2013, e esta foi sua segunda derrota das 13 provas das quais participou.

Quem venceu foi o etíope Shura Kitata (2h05min41seg), quebrando a hegemonia do principal nome entre maratonistas da atualidade. Kip, como o queniano é chamado, detém o melhor tempo da distância, conquistado em Berlim, em 2018, e foi o primeiro atleta da história a percorrer 42 km em menos de duas horas –em evento não oficial.

Shura Kitata cruza linha de chegada da Maratona de Londres, seguido por Vincent Kipchumba e Sisay Lemma (Richard Heathcote/Reuters)
Shura Kitata cruza linha de chegada da Maratona de Londres, seguido por Vincent Kipchumba e Sisay Lemma (Richard Heathcote/Reuters)

Diferentemente do que está habituado, porém, ele teve companhia de cerca de oito atletas até pelo menos os 30 km, quando costuma liderar a prova sozinho. Foi depois disso que ele perdeu o ritmo e se descolou do pelotão da frente.

A disputa pelo primeiro lugar foi até a reta final, onde Kitata acelerou e ultrapassou o queniano Vincent Kipchumba, que terminou em segundo com 2h05min42seg, apenas um segundo atrás. Sisay Lemma, também etíope, chegou logo na sequência, em terceiro, em 2h05min45seg.

Em seu Instagram, Kipchoge disse que, após 25 km, seu ouvido bloqueou e não abriu mais. “Mas é assim que é o esporte, devemos aceitar a derrota e focar para a vitória na próxima vez. Obrigado pelo apoio.”

As surpresas da prova, no entanto, começaram já na sexta-feira (2), quando o etíope Kenenisa Bekele foi obrigado a desistir de participar da competição devido a uma lesão na panturrilha.

Havia uma grande expectativa para os amantes da corrida de rua pela disputa entre Kipchoge e Bekele, na prova que teve apenas a participação de atletas de elite na sua 40ª edição devido à pandemia de coronavírus. Em 2019, enquanto o queniano se preparava para o desafio Ineos 1:59, o etíope ficou a dois segundos do tempo do rival, atual recorde da modalidade.

“Eu estava em boa forma, mas senti algo na minha panturrilha esquerda após duas sessões de treino rápido feitas muito próximas nas últimas semanas de preparação”, afirmou o atleta ao jornal britânico The Guardian.

“Meu tempo em Berlim no último ano me deu muita confiança e motivação e eu ansiava para mostrar isso de novo e trabalhei duro para isso”, disse Bekele ao jornal. “Sei que muitas pessoas ao redor do mundo estavam ansiosas para essa prova e lamento desapontar meus fãs, os organizadores e meus colegas competidores.”

A queniana Brigid Kosgei cruza a linha de chegada na 40ª Maratona de Londres (Richard Heathcote/Reuters)
A queniana Brigid Kosgei cruza a linha de chegada na 40ª Maratona de Londres (Richard Heathcote/Reuters)

Já entre as mulheres, não houve surpresa, e a queniana Brigid Kosgei venceu a Maratona de Londres. A recordista mundial Kosgei terminou os 42 km na primeira posição com folga, completando o percurso fechado no parque St. James em 2h18min58seg.

Kosgei confirmou seu favoritismo e cruzou a linha de chegada pouco mais de três minutos à frente da segunda colocada –nenhuma surpresa para a atleta que venceu a edição de 2019.

A emoção ficou por conta da disputa pela segunda colocação. Com um bom ritmo na segunda metade dos 42 km, a americana Sara Hall buscou a terceira posição, passando a etíope Ashete Bekere a pouco mais de dez minutos do fim da prova. Não só ela se manteve no pódio, como conseguiu diminuir a distância da então segunda colocada, a queniana Ruth Chepngetich.

Na reta final, em frente ao Palácio de Buckingham, quando as duas atletas já viam a linha de chegada, Hall deu um sprint e ultrapassou Chepngetich, terminando a prova em segundo lugar, quatro segundos à frente da queniana.

Hall foi a primeira americana em 14 anos a ocupar o pódio da Maratona de Londres –em 2006, Deena Kastor venceu a prova. Apesar do bom resultado, Hall está fora da equipe que representará os EUA nos 42 km da Olimpíada de Tóquio. Nas qualificatórias do país, ela foi desbancada pela iniciante Molly Seidel, que terminou a competição de Londres em sexto lugar este ano (2h25min13seg).

Resultados

MULHERES

  1. Brigid Kosgei (QUE) – 2:18:58
  2. Sara Hall (EUA) – 2:22:01
  3. Ruth Chepngetich (QUE) – 2:22:05
  4. Ashete Bekere (ETI) – 2:22:51
  5. Alemu Megertu (ETI) – 2:24:23

HOMENS

  1. Shura Kitata (ETI) – 2:05:41
  2. Vincent Kipchumba (QUE) – 2:05:42
  3. Sisay Lemma (ETI) – 2:05:45
  4. Mosinet Geremew (ETI) – 2:06:04
  5. Mule Wasihun (ETI) – 2:06:08

A MARATONA DE LONDRES

A 40ª edição da Maratona de Londres era para ser comemorativa, mas a pandemia do coronavírus impactou todo o calendário da corrida de rua deste ano. Em vez de fim de abril, a prova foi adiada para o primeiro fim de semana de outubro.

O percurso também foi impactado. Os atletas deram 19,6 voltas de 2.150 m no parque St. James, em frente ao Palácio de Buckingham, para completar os 42 km –isso sem a presença do público. Para tentar animar os corredores, os realizadores colocaram pessoas de papelão em alguns pontos, inclusive de personalidades como a rainha Elizabeth 2ª e o príncipe William.

Assim como a prova de Tóquio, Londres teve a participação apenas dos atletas de elite. As duas foram as únicas Majors –circuito mundial com as seis principais maratonas– realizadas este ano. As demais maratonas que compõem o sexteto sonho de muitos corredores (Berlim, Nova York, Chicago e Boston) foram canceladas devido à Covid-19.

]]>
0
Corridas de rua estão suspensas em São Paulo devido ao coronavírus https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/03/14/corridas-de-rua-estao-suspensas-em-sao-paulo-devido-ao-coronavirus/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/03/14/corridas-de-rua-estao-suspensas-em-sao-paulo-devido-ao-coronavirus/#respond Sat, 14 Mar 2020 21:57:58 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/maratona-sp-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=421 Atualizado: 17.mar.20 às 23h14

A Federação Paulista de Atletismo anunciou neste sábado (14) que as corridas de rua e competições de pista e de campo estão suspensas no estado de São Paulo devido ao surto de coronavírus. A medida engloba todas as permissões para eventos e competições entre os dias 16 de março e 30 de abril.

Horas antes do comunicado da federação, a Yescom, organizadora da Maratona Internacional de São Paulo, oficializou seu adiamento para o segundo semestre com base no decreto de João Doria, governador do estado, e recomendações da Prefeitura de São Paulo.

A maior prova de 42 km do Brasil era uma das únicas internacionais que ainda mantinham sua realização, em 5 de abril. Segundo a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a competição será em 2 de novembro.

Nesta sexta (13), a O2, que também é responsável pela organização de provas de rua no Brasil, já havia anunciado que o Circuito das Estações – Etapa Outono, neste domingo (15), estava suspenso. A empresa, no entanto, informou que a prova deste circuito no Rio estava confirmada.

Não só no Brasil a pandemia da Covid-19 tem impactado as corridas de rua. Duas das tradicionais das Majors –circuito mundial com as principais provas de 42 km anunciaram seu adiamento. A Maratona de Boston, que seria em 20 de abril, passou para 14 de setembro, mudança inédita em mais de cem anos. Já a Maratona de Londres, originalmente em 26 de abril, foi adiada para 4 de outubro.

No início do mês, a Maratona de Tóquio manteve a prova, mas cancelou a participação de amadores.

Outras provas de destaque internacional também foram afetadas. A Maratona de Paris foi a primeira a anunciar seu adiamento de 5 de abril para 18 de outubro. Depois, a Maratona de Barcelona foi de 15 de março para 25 de outubro.

]]>
0
Mo Farah mudou depoimento à agência americana antidoping, diz jornal https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/25/mo-farah-mudou-depoimento-a-agencia-americana-antidoping-diz-jornal/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/25/mo-farah-mudou-depoimento-a-agencia-americana-antidoping-diz-jornal/#respond Tue, 25 Feb 2020 11:00:19 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/15825893885e5465ccd0592_1582589388_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=378 Desde que explodiram as acusações de uso ilegal de substâncias por Alberto Salazar, ex-treinador do Nike Oregon Project, em atletas de elite, o somali naturalizado britânico Mo Farah, que fazia parte do projeto, tem se esquivado da polêmica.

Por causa das denúncias, Salazar foi banido por quatro anos pela World Athletics (federação internacional de atletismo, ex-Iaaf), após ter sido suspenso pela Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos, na sigla em inglês). Na sequência, a Nike encerrou o programa e o presidente da marca anunciou sua saída do cargo para o início deste ano.

O Nike Oregon Project ainda foi alvo de acusações de atletas que dizem ter sofrido pressões abusivas, o que levou a uma investigação interna, ainda que ele já tivesse sido descontinuado.

Durante a polêmica, Farah aparecia como um ex-atleta do projeto, que havia saído assim que as primeiras acusações de doping, em 2017, vieram à tona. Isso até esta segunda-feira (24).

O jornal britânico The Guardian afirma que emails obtidos pelo programa de TV BBC Panorama, que foi ao ar também nesta segunda, na BBC One, mostra que pessoas importantes da federação de atletismo do Reino Unido, UK Athletics, debateram se seria ético e no “espírito do esporte” administrar quatro injeções de L-carnitine em Farah a dois dias de sua participação na Maratona de Londres em 2014.

A L-carnitine é um aminoácido produzido naturalmente pelo corpo e é usado, em sua versão artificial, para melhorar a performance. A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) permite sua administração em um limite de 50 ml a cada seis horas.

De acordo com o Guardian, o então chefe da área médica da UK Athletics, dr. Rob Chakraverty, o líder de corrida de resistência, Barry Fudge, o ex-diretor de performance da UK Athletics, Neil Black, e Salazar estavam presentes quando o aminoácido foi administrado em Farah antes do sua estreia nos 42 km em Londres.

A dose, segundo foi dito a uma comissão em 2017, teria sido um total de 13,5 ml, bem abaixo do permitido, mas Chakraverty teve o que foi considerado uma “conduta imperdoável” de não registrar oficialmente a administração da substância.

O médico, ao se desculpar, afirmou que estava muito ocupado lidando com registros de dosagem de outros 140 atletas que estavam sob sua responsabilidade.

Alberto Salazar abraça Mo Farah (dir.), que fazia parte do Nike Oregon Project à época, e Galen Rupp, após a disputa dos 5.000 metros no Mundial de Atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011 (Jung Yeon-je - 4.set.2011/AFP)
Alberto Salazar abraça Mo Farah (dir.), que fazia parte do Nike Oregon Project à época, e Galen Rupp, após a disputa dos 5.000 metros no Mundial de Atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011 (Jung Yeon-je – 4.set.2011/AFP)

O outro problema no caso de Farah é que o atleta teria dado duas versões diferentes quando foi interrogado por oficiais da Usada, em 2015, durante aproximadamente quatro horas.

Transcrições obtidas pela BBC e publicadas pelo Guardian mostram que ele foi perguntado três vezes se a substância havia sido administrada. Ele negou todas as três vezes.

Segundo o BBC Panorama, porém, minutos após ter deixado o interrogatório, Farah se encontrou com Fudge, que afirmou, em seu depoimento dias antes, que obteve a L-carnitine da Suíça, de um contato de Salazar.

Ao saber disso, ainda de acordo com as transcrições obtidas pela BBC, o atleta se encontrou novamente com os oficiais da Usada e mudou sua versão dizendo que de fato usou L-carnitine, mas achou que não tinha.

Farah não aceitou ser entrevistado pelo programa da BBC, mas ao New York Times disse que ficou frustrado pelo procedimento não ter sido registrado da maneira correta por Chakraverty. “Hoje, eu queria nunca ter tomado porque não fez nada por mim. Minha corrida foi uma m**** aquele dia.”

Ao BBC Panorama, seus advogados enviaram uma carta afirmando que ele não fez nada errado. “O senhor Farah entendeu a pergunta de um jeito e assim que deixou a sala perguntou ao senhor Fudge e imediatamente retornou para esclarecer e está claro que os investigadores estavam confortáveis com sua resposta.”

Por sua vez, a UK Athletics disse em comunicado que trabalha com “uma política de tolerância zero com relação ao uso de substâncias de melhora de performance banidas e toda e qualquer prática de doping no esporte”.

A federação destacou ainda que o uso da L-carnitine é legal e que, “nos últimos anos, um pequeno número de atletas britânicos usaram a L-carnitine e, para nosso conhecimento, todas as dosagens e métodos de administração estavam totalmente de acordo com o protocolo da Wada”.

]]>
0
Kipchoge conquista tetra e estabelece melhor tempo da Maratona de Londres https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/04/28/kipchoge-conquista-tetra-e-estabelece-melhor-tempo-da-maratona-de-londres/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/04/28/kipchoge-conquista-tetra-e-estabelece-melhor-tempo-da-maratona-de-londres/#respond Sun, 28 Apr 2019 12:01:54 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/15565474555cc7077f3182e_1556547455_3x2_md-150x150.jpg http://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=18 O queniano Eliud Kipchoge estabeleceu sua hegemonia na Maratona de Londres neste domingo (28). Além de terminar com o melhor tempo já conquistado na prova, com 2h02min37seg, ele foi o primeiro atleta na história a vencer quatro vezes a competição.

Kipchoge era o favorito para vencer, ainda que o fundista naturalizado britânico Mo Farah tenha afirmado que iria brigar pelo primeiro lugar. Farah acabou em quinto, enquanto o queniano liderou a prova toda.

Nos quilômetros finais, Kipchoge desgarrou dos etíopes Mule Wasihun e Mosinet Geremew, que o acompanhavam desde o início.

O atleta do Quênia é detentor do recorde mundial, conquistado na Maratona de Berlim em 2018, com tempo de 2h01min39seg.

Único brasileiro a participar da elite na prova, Daniel Chaves não terminou entre os dez primeiros, mas conquistou o índice olímpico com tempo de 2h11min10seg. A vaga ainda precisa ser confirmada pela Confederação Brasileira de Atletismo.

FEMININO

Na prova feminina, venceu a também queniana Brigid Kosgei, com o tempo de 2h18min20seg. A competição teve diferentes líderes ao longo dos pouco mais de 42 quilômetros. Nos primeiros 30 minutos, a etíope Birhane Dibaba (9º) dividiu a primeira posição com a conterrânea Roza Dereje (3º).

No minuto 55, a australiana Sinead Diver (7º) chegou a despontar, mas não conseguiu manter o ritmo. A disputa final ficou entre Kosgei e a também queniana Vivian Cheruiyot, que venceu a prova no ano passado. No entanto, Kosgei conseguiu imprimir um forte ritmo nos últimos 7 quilômetros e deixou Cheruiyot para trás.

Nas cinco primeiras colocações, a disputa foi acirrada, e as atletas quenianas dominaram quase todas as posições. Dentre elas, Dereje era a única de outro país. Ela chegou um segundo à frente de Cherono e Keitany, bicampeã em Londres (veja lista de resultados abaixo).

Desde que estreou em maratonas na prova de Lisboa, em 2016, Kosgei ficou entre as duas primeiras posições em 8 das 9 competições das quais participou. Em Londres no ano passado, ficou com o segundo lugar, atrás de Cheruiyot.

PARAMARATONA

A disputa de paratletas cadeirantes na Maratona de Londres foi acirrada durante toda a prova. A diferença entre o primeiro lugar, conquistado pelo americano Daniel Romanchuk (1h33min38seg), e o terceiro, do japonês Tomoki Suzuki (1h33min51seg), foi de apenas 13 segundos. O suíço Marcel Hug (1h33min42seg) ficou em segundo lugar.

No feminino, a competição foi liderada em sua totalidade pela suíça Manuela Schär (1h44min09seg). A disputa ficou entre o segundo e o terceiro lugar. A americana Tatyana McFadden (1h49min42seg) chegou um segundo na frete da australiana Madison de Rozario (1h49min43seg).

Veja abaixo a lista dos primeiros colocados.

Masculino

  1. Eliud Kipchoge (Quênia) – 2h02min37seg
  2. Mosinet Geremew (Etiópia) – 2h02min55seg
  3. Mule Wasihun (Etiópia) – 2h03min16seg
  4. Tola Shura Kitata (Etiópia) – 2h05min01seg
  5. Mo Farah (Grã-Bretanha) – 2h05min39seg

Feminino

  1. Brigid Kosgei (Quênia) – 2h18min20seg
  2. Vivian Cheruiyot (Quênia) – 2h20min14seg
  3. Roza Dereje (Eitópia) – 2h20min51seg
  4. Gladys Cherono (Quênia) – 2h20min52seg
  5. Mary Keitany (Quênia) – 2h20min52seg

Cadeirante Masculino

  1. Daniel Romanchuk (Estados Unidos) – 1h33min38seg
  2. Marcel Hug (Suíça) – 1h33min42seg
  3. Tomoki Suzuki (Japão) – 1h33min51seg
  4. Yunqiang Dai (China) – 1h37min30seg
  5. David Weir (Grã-Bretanha) – 1h37min32seg

Cadeirante Feminino

  1. Manuela Schär (Suíça) – 1h44min09seg
  2. Tatyana McFadden (Estados Unidos) – 1h49min42seg
  3. Madison de Rozario (Austrália) – 1h49min43seg
  4. Eliza Ault-Connell (Austrália) – 1h50min02seg
  5. Tsubana Kina (Japão) – 1h51min22seg
]]>
0