Linha de Chegada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br O blog onde atletas amadores e ultramaratonistas correm lado a lado Mon, 06 Dec 2021 21:28:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quenianos e etíope vencem maratonas de Boston e Chicago https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/quenianos-e-etiope-vencem-maratonas-de-boston-e-chicago/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/11/quenianos-e-etiope-vencem-maratonas-de-boston-e-chicago/#respond Mon, 11 Oct 2021 14:52:42 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/163396363461644e72a69e3_1633963634_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=821 Com um calendário impactado pela pandemia de coronavírus, os EUA tiveram duas competições importantes no calendário de maratonas em dois dias seguidos. Nesta segunda-feira (11), atletas percorreram os 42,195 km da prova em Boston, enquanto neste domingo foi a vez de Chicago receber corredores.

Na Maratona de Boston, teve dobradinha queniana, com Benson Kipruto vencendo entre os homens, com tempo de 2h09min51seg, e Diana Kipyogei levando a prova feminina em 2h24min45seg. Ambos são estreantes em Majors, circuito mundial com as seis principais competições da modalidade, com tempo de 2h09min51seg.

O Quênia dominou ainda o pódio entre as mulheres, com as conterrâneas Edna Kiplagat (2h25min09seg), vencedora em 2017, e Mary Ngugui conquistando o segundo e terceiro lugares. Já a prova masculina teve o etíope Lemi Berhanu na segunda colocação, com tempo de 2h10min37seg, seguido pelo conterrâneo Jemal Yimer, que chegou um segundo depois.

A alta umidade foi uma das marcas da competição nesta segunda. Os atletas largaram com clima ameno de 16ºC, nublado e vento de 16h km/h, mas uma umidade de 91% que dominou durante todo o percurso, o que deixou a prova muito mais lenta.

O americano CJ Albertson, que completa 28 anos nesta segunda, chegou a dominar a prova durante mais da metade do percurso e alcançou uma vantagem de 2min13seg dos demais atletas que formavam um grande pelotão de cerca de dez corredores na sequência na altura da meia maratona.

Essa diferença, no entanto, foi caindo, e no quilômetro 25 o ultramaratonista já estava apenas 1min41seg na frente. Já no quilômetro 32, os demais atletas o alcançaram, com Kipruto despontando na frente logo depois. Já na reta final, a dois quilômetros do fim da prova, apenas três atletas perseguiam o queniano.

A prova feminina também teve um pelotão grande, de cerca de dez corredoras, ao longo da maior parte dos 42,195 km. Foi próximo do quilômetro 30 que Kipyogei conseguiu apertar o passo e descolar do pelotão, que na sequência reduziu para pouco mais de cinco atletas.

Nos cinco quilômetros seguintes, a queniana chegou a ter ameaçada a liderança com a aproximação da etíope Netsanet Gudeta, mas Kipyogei manteve o ritmo forte e garantiu o lugar mais alto no pódio.

Em sua 125ª edição, a Maratona de Boston é considerada a mais tradicional por ser a mais antiga a ser realizada anualmente —a exceção foi no ano passado, quando foi cancelada devido à Covid-19. Neste ano, a data oficial, o Dia do Patriota, em abril, foi modificada para outubro, com a vacinação mais avançada nos EUA permitindo sua realização. No total, 12 mil atletas participaram presencialmente e 28 mil de modo virtual, abrangendo 104 países e todos os estados americanos.

Apesar de não ser uma prova rápida, a competição atrai por sua tradição e prestígio, devido a uma rigorosa qualificação. Para participar, é preciso ter registrado em outra maratona um tempo abaixo de 3 horas para os homens e 3h30min para as mulheres. Em 2013, a história da prova foi ainda marcada por um atentado terrorista que deixou 3 mortos e 264 feridos.

MARATONA DE CHICAGO

Neste domingo (10), parte dos atletas de elite já havia se reunido para a Maratona de Chicago. O etíope Seifu Tura conquistou seu primeiro título em uma maratona Majors, com 2h06min12seg.

O americano Galen Rupp surpreendeu ao conquistar o segundo lugar, à frente de quenianos e etíopes que lideraram boa parte da prova, ao cruzar a linha de chegada em 2h06min35seg, com o queniano Eric Kiptanui vindo logo na sequência para o terceiro lugar, em 2h06min51seg.

Entre as mulheres, surpreendentemente o pódio teve mais composição americana do que africana, uma diferença notável da última edição. A queniana Ruth Chpengetich disparou para o primeiro lugar, com tempo de 2h22min31seg, enquanto Emma Bates ficou na segunda posição, com 2h24min20seg, e Sarah Hall na terceira, com 2h27min19seg.

Em uma prova mais quente que o normal, com 23ºC, vento de 21 km/h, umidade 70% e céu nublado na largada, Tura despontou do pelotão líder por volta do quilômetro 25, mas a prova chegou a ser dominada na primeira metade pelo também etíope Shifera Tamru.

O atleta havia se descolado dos demais a partir do quilômetro 10, mas o grupo diminuiu a diferença no quilômetro 20 e se juntou novamente ao então líder na altura da meia maratona. No fim, Tamru chegou em quinto lugar, com tempo de 2h09min39seg, atrás do japonês Kengo Suzuki, que fez sua primeira maratona fora do japão com tempo de 2h08min50seg.

Já entre as mulheres, Chepngetich não deixou chance para as adversárias e correu para a liderança da prova já a partir do quilômetro 10 e se manteve à frente durante todo o percurso. A queniana chegou a segurar um ritmo para uma possível quebra de recorde, o que poderia repetir o feito de sua conterrânea Brigid Kosgei em Chicago, em 2019, mas o desempenho caiu na segunda metade.

No retorno da Maratona de Chicago desde que pandemia de coronavírus começou, 26 mil atletas participaram da corrida americana, uma queda dos 45 mil que disputaram a prova em 2019.

A competição é onde os corredores normalmente vão para obter seus RPs (recordes pessoais), mas a meteorologia não colaborou neste ano. Chepngetich, por exemplo, detém a quarta melhor marca de todos os tempos desde que conquistou o tempo de 2h17seg08min em Dubai, em 2019, 4 minutos a menos do que o registrado neste domingo.

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Queniana vence Maratona de Londres e tira título de recordista mundial https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/queniana-vence-maratona-de-londres-e-tira-titulo-de-recordista-mundial/#respond Sun, 03 Oct 2021 10:27:38 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/163325827361598b21b028d_1633258273_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=813 A queniana Joyciline Jepkosgei conquistou mais um título para o seu currículo ao vencer a Maratona de Londres neste domingo (3), deixando para trás a atual recordista mundial, a sua conterrânea Brigid Kosgei, que defendia o título.

Campeã de Nova York em 2019, ela percorreu os 42,195 km em 2h17min44seg, seguida pelas etíopes Degitu Azimeraw e Ashete Bekere, que cruzaram a linha de chegada em segundo e terceiro lugares. Com seu tempo, Jepkosgei ficou bem perto de bater o recorde da prova de 2h17min01seg, mantido por Mary Keitany desde 2017.

Com clima agradável de 11ºC e pouco vento, mas com umidade de 88%, elas largaram e acompanharam o pelotão de 12 atletas que liderou até os 5 km. O grupo foi afunilando e cruzou a marca de 10 km já com seis competidoras. Já nos 35 km, apenas cinco despontavam na prova, e, a partir daí, Jepkosgei disparou e se descolou do grupo.

Atual recordista mundial, com marca conquistada em Chicago, em 2019, Kosgei integrou o pelotão, mas perdeu o ritmo também no km 35 e não conseguiu acompanhar sua conterrânea, chegando em 4º lugar.

Já entre os homens, o etíope Sisay Lemma venceu a Maratona de Londres pela primeira vez com tempo de 2h04min, após chegar em terceiro lugar no ano passado e ter desistido no meio da prova nas Olimpíadas de Tóquio deste ano. Em segundo lugar chegou o queniano Vincent Kipchumba, seguido pelo também etíope Mosinet Geremew.

Correndo dentro do pelotão líder, mas atrás dos atletas, Lemma despontou no primeiro lugar entre o km 35 e o km 40. Já o atual campeão da prova, Shura Kitata, ficou para trás ainda nos primeiros 10 minutos, cruzando a linha de chegada em sexto lugar.

Depois de um ano apenas com atletas de elite devido à pandemia de coronavírus, a Maratona de Londres voltou a receber o público em geral na prova e também pelas ruas da capital inglesa. Ao unir eventos presencial e virtual, os organizadores tentam bater recorde de participantes.

Pelas ruas de Londres, 36.401 se inscreveram para a prova, enquanto há a expectativa de outros 40 mil realizarem o percurso de forma virtual, em qualquer lugar do mundo, ao longo das 24 horas deste domingo.

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Etíope Adola vence Maratona de Berlim e deixa para trás favorito Bekele https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/etiope-adola-vence-maratona-de-berlim-e-deixa-para-tras-favorito-bekele/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/09/26/etiope-adola-vence-maratona-de-berlim-e-deixa-para-tras-favorito-bekele/#respond Sun, 26 Sep 2021 09:30:13 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/1632650776615046186b561_1632650776_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=798 Quebrando o favoritismo de Kenenisa Bekele, o etíope Guye Adola venceu a Maratona de Berlim, cruzando a linha de chegada dos 42,195 km em 2h05min45seg. Em segundo lugar chegou o queniano Bethwel Yegon e o também etíope Bekele ficou em terceiro.

A maior surpresa veio entre as mulheres, com a estreante Gotytom Gebreslase chegando em primeiro lugar com tempo de 2h20min09seg, após despontar por volta do km 35. Ela foi seguida por Hiwot Gebrekidan (2h21min23seg) e Helen Tola (2h23min05seg), formando um pódio triplo da Etiópia.

Os homens chegaram a buscar o recorde mundial durante a primeira metade da prova, com Adola e Bekele entre os líderes. O ritmo, porém, ficou mais lento entre os km 20 e 25, o que eliminou qualquer chance de conquistar a marca.

Yegon, pelo contrário, forçou o ritmo para alcançar os líderes, e chegou a ultrapassar Bekele e Adola —o surgimento do queniano no pódio foi uma surpresa, já que ele estava fora do radar. Nos últimos km, porém, Adola recuperou a primeira posição.

O tempo bem acima do ainda imbatível recorde conquistado por Eliud Kipchoge na mesma Berlim em 2018, de 2h01min39seg, pode ser creditado, em boa parte, às condições climáticas. A largada por volta das 9h foi com temperatura de 16ºC, um pouco acima do habitual para a prova, e umidade de 86%, o que dificulta o desempenho.

Havia grande expectativa para essa quebra, ainda mais que o favorito Bekele ficou a dois segundos do tempo em 2019 —a última edição, já que a de 2020 foi cancelada devido à pandemia de coronavírus.

O etíope, no entanto, teve um desempenho irregular. Distanciou-se do pelotão líder no km 18 e cruzou a parcial de 20 km a 11 segundos dos quatro que estavam na frente, e a de meia maratona a 12 segundos.

O atleta buscou a diferença e diminuiu a diferença para 5 segundos na parcial dos 25 km e, antes do km 26, já estava novamente na liderança. Apesar da recuperação, voltou a perder o ritmo nos quilômetros finais.

O desempenho vem aquém daquele almejado. O representante de Bekele, Jos Hermens, disse a Podium Runner, antes da prova, que a busca era por um tempo rápido. “E um tempo rápido é claramente o recorde mundial. Não queremos anunciar uma tentativa oficial, mas obviamente Kenenisa não vir para correr 2:04, nem 2:03.”

A inconsistência é uma das marcas da carreira como maratonista de Bekele. Das últimas seis provas que participou, concluiu apenas metade. Neste ano, ficou fora das Olimpíadas por discordar do critério de seleção de atletas que disputariam pela Etiópia e, no ano passado, não conseguiu correr Londres devido a uma lesão na panturrilha.

A ausência de Bekele foi sentida nas duas provas pela aguardada disputa corpo a corpo com Kipchoge, desde o desempenho conquistado pelo etíope em 2019. Naquele ano, o queniano não participou da prova, pois se preparava para o desafio Ineos 1:59 Challenge, quando ele se tornou o primeiro atleta a percorrer os 42,195 km em menos de duas horas.

Os dois, inclusive, revezavam os títulos de Berlim desde 2015, com três vitórias para Kipchoge e duas para Bekele. Neste ano, o queniano optou por não participar da prova.

Além de um nome novo em seis anos entre os vencedores da prova, chama a atenção também que Adola é patrocinado pelo Adidas, quebrando a hegemonia da Nike, já que tanto Kipchoge como Bekele são apoiados pela marca americana. O mesmo ocorre entre as mulheres: se em 2019 Ashete Bekere cruzou a linha de chegada com tênis da Nike, Gebreslase o fez em 2021 com um par da Adidas.

As duas protagonizam uma disputa tecnológica dos calçados, envolta em polêmicas.

MARATONA DE BERLIM

​​A prova de Berlim é conhecida como a maratona dos recordes. Desde sua primeira edição, em 1974, 11 recordes já foram quebrados lá, sendo 8 no masculino e 3 no feminino. Dos 10 melhores tempos conquistados por homens, 5 foram alcançados na capital alemã. Já entre as mulheres, apenas 1 dos 10 melhores tempos está na lista berlinense —o 8º. Em 2018, a queniana Gladys Cherono completou o percurso em 2h18min11seg, atual recorde da prova.

Neste ano, a prova é a primeira entre as principais maratonas a serem realizadas desde que a pandemia de Covid-19 começou. Devido à crise sanitária, o número de atletas foi reduzido, e participaram 24.796 corredores de 117 países.

Os olhares agora se voltam para os próximos fins de semana, com as maratonas de Londres, em 3 de outubro, Chicago, em 10 de outubro, Boston, em 11 de outubro, e Nova York, em 7 de novembro. A de Tóquio também estava prevista para este mês, mas foi adiada para 6 de março de 2022, devido à situação da pandemia no Japão.

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Crise climática pode alterar calendário de provas de corrida, diz presidente da federação internacional de atletismo https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/10/crise-climatica-pode-alterar-calendario-de-provas-de-corrida-diz-presidente-da-federacao-internacional-de-atletismo/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/10/crise-climatica-pode-alterar-calendario-de-provas-de-corrida-diz-presidente-da-federacao-internacional-de-atletismo/#respond Tue, 10 Aug 2021 12:00:56 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/16285660056111f1f550182_1628566005_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=773 Os apaixonados por corrida acompanharam de casa as duras condições impostas aos maratonistas durante a prova de 42,195 km nas Olimpíadas de Tóquio, realizadas nas manhãs de sábado (7) e domingo (8), no horário local, noite de sexta (6) e sábado no Brasil. Foram 15 desistências na prova feminina e 28 na masculina —entre elas, os brasileiros Daniel Chaves e Daniel Nascimento, que apresentava bom desempenho até colapsar.

Correndo sob forte sol e temperatura que quase alcançou os 30°C em Sapporo, as mulheres chegaram a ter sua prova adiantada em uma hora, para tentar diminuir o impacto climático na performance. Os homens tiveram temperatura mais amena e céu nublado, mas o calor, somado à alta umidade que esteve presente nos dois dias, também afetou a elite masculina do esporte. Isso que a sede da maratona olímpica saiu de Tóquio para a cidade mais ao norte porque esta seria mais fresca.

As altas temperaturas registradas no verão ao redor do mundo podem, assim, levar a uma grande reavaliação sobre quando grandes eventos esportivos devem ser realizados, afirmou Sebastian Coe, presidente da World Athletics, a federação internacional de atletismo, no domingo (8). “Foram condições difíceis [nas maratonas] e podemos muito bem enfrentar as mesmas temperaturas em Paris-2024”, avaliou, sobre a próxima sede dos Jogos.

“Nas qualificatórias dos EUA em Eugene [no estado do Oregon e sede do campeonato mundial no próximo ano], passava dos 40°C. Isso foi um desafio que vamos todos enfrentar agora, e que provavelmente precisará de um debate global em torno do calendário e como realizamos eventos”, disse Coe. “Não sou climatologista, mas a realidade é que, aonde quer que vamos, a nova norma será lidar com condições climáticas muito difíceis.”

Em um relatório divulgado nesta segunda-feira (9), cientistas do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudança do Clima da ONU) quantificaram o aumento da frequência e da intensidade dos eventos extremos ligados às mudanças climáticas. O cenário é difícil: a crise já agrava secas, tempestades e temperaturas extremas e é irreversível.

Entre as mensurações feitas está a de temperaturas extremas mais raras, que ocorriam uma vez a cada 50 anos entre 1850 e 1900, e hoje têm probabilidade de ocorrer 4,8 vezes no mesmo período e podem chegar 39 vezes em um cenário de mais de 4ºC de aquecimento global.

Há precedentes para a mudança do mês de realização dos Jogos: Tóquio-1964 e México-1968 ocorreram em outubro, enquanto Seul-1988 e Sydney-2000, em setembro. Via de regra, no entanto, prevalecem os meses de julho e agosto. Tendo em vista a questão climática, a Copa do Mundo do Qatar no ano que vem não será em junho e julho, como de hábito, mas foi adiada para novembro e dezembro, para evitar o período mais quente.

Com Reuters

 

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‘Sonho de uma vida’, ‘mal posso esperar’: maratonistas olímpicos compartilham nas redes expectativa para prova https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/07/sonho-de-uma-vida-mal-posso-esperar-maratonistas-olimpicos-compartilham-nas-redes-expectativa-para-prova/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/08/07/sonho-de-uma-vida-mal-posso-esperar-maratonistas-olimpicos-compartilham-nas-redes-expectativa-para-prova/#respond Sat, 07 Aug 2021 18:29:50 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/233823985_365659665150739_5807619426473800031_n-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=757 Apesar de não terem o mesmo sucesso nas redes sociais que atleta do vôlei Douglas Souza, os corredores que participam das Olimpíadas de Tóquio têm compartilhado nos últimos a expectativa para a prova na manhã deste domingo (8), noite de sábado no Brasil.

O brasileiro Daniel Chaves, estreante nos Jogos após conquistar tempo qualificatório na Maratona de Londres em 2019, compartilhou neste sábado (7) seu tênis e uniforme falando da honra de representar o país nos Jogos. “Chegou a hora de realizar o sonho de uma vida de muita dedicação e suor”, escreveu. “Hora de representar a minha nação, as minhas raízes e o meu povo BRASILEIRO. Que orgulho!”

Mais cedo nesta semana, o atleta havia publicado um vídeo com seus treinos. “Últimos ajustes na máquina para os Jogos Olímpicos.”

 

O também estreante e xará Daniel Nascimento foi mais tímido, mas não deixou de registrar o momento histórico em sua vida. “Vivendo meu sonho.”

 

Já a grande estrela desta maratona, o queniano Eliud Kipchoge, atual recordista mundial na modalidade, falou sobre a alegria de estar na vila olímpica, no Japão. “É ótimo que possamos correr a maratona olímpica nesses tempos atípicos”, escreveu. “Tentarei defender meu título da maratona olímpica do Rio de Janeiro [de 2016]. Mal posso esperar para testemunhar esse evento maravilhoso.”

 

Kip, como o atleta é conhecido, quebrou o recorde dos 42,195 km na Maratona de Berlim, em 2018, ao completar o percurso em 2h01min39seg, até hoje sua melhor marca. Foi ainda o primeiro a correr a distância da prova em menos de 2 horas, em um evento não oficial, em 2019.

O domínio de Kipchoge sobre as maratonas, no entanto, foi quebrado em Londres, no ano passado, quando ficou para trás, chegou na oitava posição e terminou a prova em 2h06min42seg —a segunda derrota em 13 competições que havia participado até então. Neste ano, porém, conseguiu recuperar terreno e terminar em primeiro lugar a NN Missão Maratona, na Holanda, com tempo de 2h04min30seg.

Acompanhe a cobertura da Folha dos Jogos Olímpicos de Tóquio

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Maratonas são canceladas na China após mortes em corrida https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/05/28/maratonas-sao-canceladas-na-china-apos-mortes-em-corrida/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/05/28/maratonas-sao-canceladas-na-china-apos-mortes-em-corrida/#respond Fri, 28 May 2021 22:10:03 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/162223876260b1662a62c4d_1622238762_3x2_md-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=725 A morte de 21 ultramaratonistas por frio extremo durante uma prova na China acendeu o alerta para as condições das competições no país. Até agora, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, mais de 60 maratonas e corridas cross-country foram canceladas ou adiadas.

Entre os eventos afetados estão a Maratona Rota da Seda Ningxia Yinchuan, que estava marcada para domingo (30), a 100 Ultra Trail Running de Pequim, nos dias 5 e 6 de junho, e a Maratona Internacional de Lanzhou, no dia 13 de junho —esta chancelada pela World Athletics, a federação internacional de atletismo.

As provas começaram a ser adiadas e canceladas após 21 corredores morrerem devido ao frio extremo durante uma ultramaratona realizada na província de Gansu, no noroeste da China, no domingo (23). A competição de 100 km havia começado no sábado, em uma das curvas do rio Amarelo, área conhecida por penhascos e colunas de rochas.

O percurso levaria os corredores por cânions, montes e um planalto árido com uma elevação de 1.000 metros. A tragédia despertou reação pela falta de um plano de contingência para socorrer os participantes.

No mesmo dia, a Administração Geral de Esportes da China convocou uma reunião de emergência, de acordo com informações da Xinhua, para que autoridades de todas as instâncias do governo façam da segurança a principal prioridade em grandes eventos esportivos.

Segundo a agência de notícias AFP, a preocupação com as condições das provas vem crescendo na China, devido a competições mal reguladas que se espalharam pelo país. Ainda de acordo com a Xinhua, dados da Associação Chinesa de Atletismo mostraram uma “febre de maratona” na nação asiática em 2018, com o crescimento da indústria de corrida em 7%, equivalentes a US$ 11,1 bilhões, acompanhado do aumento de 43,5% nas provas em relação ao ano anterior.

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Maratona de Hamburgo busca novo local para prova após cidade alemã decretar lockdown https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/04/01/maratona-de-hamburgo-busca-novo-local-para-prova-apos-cidade-alema-decretar-lockdown/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/04/01/maratona-de-hamburgo-busca-novo-local-para-prova-apos-cidade-alema-decretar-lockdown/#respond Thu, 01 Apr 2021 15:23:15 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/16172897516065e217cc931_1617289751_3x2_md-300x215.jpeg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=712 A Maratona de Hamburgo, que estava prevista para 11 de abril, está em busca de um novo local para realizar a prova de 42 km após a administração do município decretar um lockdown devido à alta de casos de Covid-19, segundo anúncio feito nesta quarta-feira (31).

Enquanto ainda procura um lugar, a organização adiou a competição para 18 de abril. Segundo um porta-voz, a busca é por uma cidade no interior da Alemanha. Com 2,8 milhões de infecções e 76,5 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA), o país enfrenta uma alta de novos casos desde meados de fevereiro, e a vacinação ainda é lenta, com 11,5% dos alemães tendo recebido ao menos uma dose, de acordo com o Our World in Data.

Com as corridas de rua suspensas há cerca de um ano para evitar a propagação do coronavírus, alguns organizadores realizaram provas apenas com a participação de atletas de elite, como em Londres no ano passado, diminuindo as aglomerações. É seguindo este modelo que a Maratona de Hamburgo estava planejada, com mais de 70 corredores de alto nível convidados a participar.

O evento é ainda um dos últimos que pode levar a uma vaga na maratona da Olimpíada de Tóquio, prevista para julho deste ano, após adiamento devido à pandemia —a data limite para se classificar é 31 de maio.

Entre os nomes confirmados estava o de Eliud Kipchoge, um dos maiores maratonistas do momento. No Twitter, o queniano pediu aos organizadores que continuem “trabalhando duro, com mentalidade positiva, para encontrar uma boa alternativa”.

Aos 36, o atual recordista mundial da modalidade (marca conquistada em Berlim, em 2018) foi o primeiro atleta a completar 42 km em menos de duas horas, em um evento não oficial. A sequência de vitórias em maratonas, porém, foi quebrada justamente na prova de Londres, no ano passado, a primeira derrota de Kipchoge em sete anos.

Com AFP

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Com pandemia, principais maratonas se concentram no 2º semestre; veja calendário https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/22/com-pandemia-principais-maratonas-se-concentram-no-2o-semestre-veja-calendario/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/01/22/com-pandemia-principais-maratonas-se-concentram-no-2o-semestre-veja-calendario/#respond Fri, 22 Jan 2021 14:00:31 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/a69ff7956cc8a9609e47c88153d2028620c1eb62570b123b7c591ad063c4b41e_5f0cc54c12d52.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=647 Desde o ano passado, quando o mundo teve a certeza de que deveria se acostumar a evitar aglomerações (quando possível) até a vacinação geral da população contra a Covid-19, sabia-se também que as corridas de rua seriam adiadas ou canceladas sem a imunização.

Com a perspectiva de uma vacinação a passos lentos, além do impacto no calendário de 2020, quase todas as corridas de rua do selo diamante da World Athletics, a federação internacional de atletismo, ficaram para o segundo semestre deste ano.

E já que para os amadores colocar o pé no asfalto parece tão longe quanto completar uma maratona está para um iniciante, que tal se programar para acompanhar os grandes nomes do esporte? Confira abaixo o calendário das provas de elite com selo diamante da World Athletics.

Maratona Feminina de Nagoya (Japão)
14 de março
Normalmente realizada em março

Maratona de Berlim
26 de setembro
Normalmente realizada em setembro

Maratona de Londres
3 de outubro
Normalmente realizada em abril

Maratona de Chicago
10 de outubro
Normalmente realizada em outubro

Maratona de Amsterdã
17 de outubro
Normalmente realizada em outubro

Maratona de Tóquio
17 de outubro
Normalmente realizada em março

Maratona de Nova York
7 de novembro
Normalmente realizada em novembro

Maratona Internacional de Xangai
28 de novembro
Normalmente realizada em novembro

Maratona de Valência (Espanha)
5 de dezembro
Normalmente realizada em dezembro

E ainda que não façam parte do circuito diamante da World Athletics, há uma série de corridas previstas também no Brasil, com a participação de amadores inclusive (a depender, claro, da situação da pandemia).

Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro
5 de junho

Maratona da Cidade do Rio de Janeiro
6 de junho

96ª Corrida Internacional de São Silvestre
11 de julho
Edição de 2020 adiada

24ª e 25ª Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro
15 de agosto
Junção de duas edições 

26ª e 27ª Maratona de São Paulo
24 de outubro
Junção de duas edições

97ª Corrida Internacional de São Silvestre
31 de dezembro

* O calendário pode sofrer alterações

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Organizadores confirmam realização da Maratona de Londres apenas com elite https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/08/06/organizadores-confirmam-realizacao-da-maratona-de-londres-apenas-com-elite/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/08/06/organizadores-confirmam-realizacao-da-maratona-de-londres-apenas-com-elite/#respond Thu, 06 Aug 2020 22:16:43 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/15565474555cc7077f3182e_1556547455_3x2_md-150x150.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=530 Após meses de incerteza sobre a realização da 40ª Maratona de Londres, os organizadores confirmaram a realização da prova no dia 4 de outubro, mas com uma série de restrições, segundo comunicado publicado no site da competição nesta quinta-feira (6).

A primeira é que participarão apenas os atletas que compõem o pelotão de elite, para evitar aglomerações.

O percurso também será impactado. O parque St. James terá seu acesso limitado a moradores da região e usuários da área de lazer, e um circuito fechado será organizado para que os atletas percorram os 42 km da prova em um ambiente seguro, de acordo com a organização.

Já o público terá que acompanhar a transmissão pela TV, a princípio realizada pela BBC Sport.

Apesar das modificações, espera-se uma prova emocionante. Aguardada pelos fãs da modalidade, a disputa entre o atual recordista dos 42 km, o queniano Eliud Kipchoge, com o etíope Kenenisa Bekele, que ficou a dois segundos do tempo do rival em Berlim, em 2019, deve ocorrer na capital britânica, uma vez que os dois lideram o pelotão de elite masculino.

Já a atual recordista entre as mulheres, a queniana Brigid Kosgei, que conquistou sua marca em Chicago, em 2019, encabeça o pelotão de elite feminino.

Os tempos registrados em Londres serão elegíveis para a qualificação dos atletas para a Olimpíada de Tóquio, em 2021.

A organização esclareceu, ainda, que os inscritos para a edição deste ano poderão escolher participar na maratona de 2021, 2022 ou 2023. Além disso, serão convidados a correr a 40ª edição de qualquer lugar do mundo, em um percurso de sua escolha.

Eles terão 24 horas para completar os 42 km, no dia 4 de outubro e deverão registrar seu resultado em um novo aplicativo da maratona, que está em desenvolvimento.

Para o próximo ano, os realizadores anunciaram que, ao invés de ocorrer em abril, sua data tradicional, a prova está marcada para 3 de outubro, para “dar a melhor chance da corrida completa retornar em 2021”, diz o texto.

“Temos trabalhado há meses com diferentes cenários, tendo a saúde e a segurança de nossos corredores, voluntários, patrocinadores, médicos, comunidades e cidade sempre como prioridade”, disse Hugh Brasher, diretor de Evento da maratona, segundo o comunicado publicado no site.

“Apesar de nossos esforços, o apoio fantástico de todos os nossos parceiros e o progresso que foi feito no planejamento para o retorno de eventos menores de participação em massa que não são nas suas, não foi possível ir adiante com uma corrida ou caminhada de massa adotando o distanciamento social.”

Desta forma, 2020 termina com nenhum atleta amador participando das Majors, circuito mundial com as seis principais maratonas. Em março, Tóquio foi realizada também apenas com os atletas de elite, e as edições de Boston, Berlim, Chicago e Nova York foram canceladas.

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Maratona de Chicago é cancelada, e 2020 pode terminar sem principais provas de 42 km https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/07/13/maratona-de-chicago-e-cancelada-e-2020-pode-terminar-sem-principais-provas-de-42-km/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/07/13/maratona-de-chicago-e-cancelada-e-2020-pode-terminar-sem-principais-provas-de-42-km/#respond Mon, 13 Jul 2020 22:30:17 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/a69ff7956cc8a9609e47c88153d2028620c1eb62570b123b7c591ad063c4b41e_5f0cc54c12d52.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=508 Penúltima Majors ainda confirmada em 2020, a Maratona de Chicago anunciou seu cancelamento nesta segunda-feira (13), devido à pandemia de coronavírus.

“Nos últimos 42 anos, corredores, voluntários, espectadores e membros da comunidade foram às ruas de Chicago para apoiar uns aos outros e tornar um esporte individual em uma experiência coletiva”, escreveu a organização do evento no Instagram.

“Ainda que esperássemos mais uma vez encher os 42 km de nossa cidade em 11 de outubro, a saúde a segurança de todos participando e apoiando o evento é nossa maior prioridade.”

De acordo com a publicação, os inscritos nas diferentes modalidades poderão receber reembolso ou garantir sua participação nas edições de 2021, 2022 ou 2023.

Com o cancelamento da prova em Chicago, o circuito das Majors –as seis principais maratonas do mundo– pode chegar ao fim de 2020 tendo a realização apenas da competição em Tóquio, no mês março (esta, no entanto, foi realizada apenas com atletas de elite).

Boston, em abril, além de Berlim, em setembro, e Nova York, em novembro, foram anuladas devido à pandemia. A esperança está na competição de Londres, marcada para 4 de outubro –a prova originalmente ocorreria em abril.

A realização das corridas de rua de maneira geral segue incerta. Após a anulação da Maratona de Nova York, especialistas em saúde pública afirmaram que grandes eventos, em especial aqueles que levam a aglomerações, continuarão sendo arriscados até que haja uma vacina contra a Covid-19, segundo o New York Times.

A MARATONA DE CHICAGO

A edição de 2019 da prova na cidade americana foi marcante, com a quebra do recorde feminino por Brigid Kosgei. A competição, inclusive, é a que os corredores participam para obter seus RPs (recordes pessoais). Isso, claro, dentro dos Estados Unidos, uma vez que Londres e Berlim também são  conhecidas por verem recordes mundiais.

A cidade do centro-oeste americano ganhou essa fama por seu clima ameno e percurso plano. Entre os 10 melhores tempos das mulheres na história da maratona, 2 foram lá conquistados. Chicago, no entanto, não figura no top 10 masculino.

E se o clima varia entre ameno e frio , a população de Chicago faz uma recepção calorosa. Metade dos moradores da cidade, 1,5 milhão, costumam ir para a rua acompanhar a maratona.

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