Linha de Chegada https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br O blog onde atletas amadores e ultramaratonistas correm lado a lado Mon, 06 Dec 2021 21:28:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 ‘Não esperava correr tão rápido’, diz queniana após quebrar recorde de 5 km https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/15/nao-esperava-correr-tao-rapido-diz-queniana-apos-quebrar-recorde-de-5-km/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2021/02/15/nao-esperava-correr-tao-rapido-diz-queniana-apos-quebrar-recorde-de-5-km/#respond Mon, 15 Feb 2021 23:16:45 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/26ab51e7-c76c-4390-bbc1-2af3e520e3b4-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=678 A queniana Beatrice Chepkoech participou de sua primeira corrida de rua desde 2014 neste domingo (14), na Monaco Run 5km Herculis, no principado europeu. O tempo, porém, parece só ter contribuído para a evolução da atleta, que quebrou o recorde 5 km de rua, ao completar o percurso em 14min43seg.

“Estou na Europa há duas semanas e não esperava correr tão rápido”, disse Chepkoech após alcançar a marca, segundo a World Athletics, federação internacional de atletismo. “Estava frio e tinha muito vento, mas tentei seguir meu pace maker [atletas de apoio que ditam o ritmo], e tudo foi perfeito.”

A queniana de 29 anos fez seu nome nas pistas, nos 1.500 metros e 3.000 metros com obstáculos, além de algumas corridas de 10 km. “Mônaco é o melhor lugar para quebrar recordes”, afirmou a atleta. O currículo da queniana é a maior prova disso.

No evento anual da Liga Diamante, realizado em 2018 em Mônaco, Chepkoech conquistou o recorde dos 3.000 metros com obstáculos ao cruzar a linha de chegada em 8min44seg32, diminuindo a marca anterior em mais de 8 segundos.

Um ano antes, porém, a queniana ficou mais conhecida por um erro crasso na final da mesma modalidade que a fez a melhor do mundo. No Campeonato Mundial em Londres, a atleta perdeu o primeiro obstáculo na água. Vendo-se sozinha na pista, deu meia volta e depois correu para alcançar o grupo.

Naquela final, Chepkoech era uma das atletas com menos experiência na corrida de obstáculos. Ainda adolescente, ela participou de uma pequena prova em Nairóbi, capital do Quênia, mas passou os anos seguintes focando os 1.500 metros na pista.

Foi só em 2016 que ela voltou suas atenções para os obstáculos, conquistando melhoras sequenciais em seus tempos. Ao bater o recorde em 2018, por exemplo, ela diminuiu em 15 segundos sua marca anterior, conquistada em Paris apenas três semanas antes.

Os melhores tempos dos 5 km de rua
  1. Joyciline Jepkosgei (Quênia): 14:32 – Praga, 2017* / Beatrice Chepkoech (Quênia): 14:43 – Mônaco, 2021
  2. Sifan Hassan (Holanda): 14:44 – Mônaco, 2019
  3. Meseret Defar (Etiópia): 14:46 – Carlsbad (EUA), 2006
  4. Violah Jepchumba (Bahrein): 14:46 – Praga, 2016
  5. Lornah Kiplagat (Holanda): 14:47 – Brunssum (Holanda), 2004
  6. Genzebe Dibaba (Etiópia): 14:48 – Carlsbad (EUA), 2015
  7. Caroline Chepkoech Kipkirui (Quênia): 14:48 – Praga, 2018
  8. Molly Huddle (EUA): 14:50 – Boston, 2015
  9. Paula Radcliffe (Reino Unido): 14:51 – Londres, 2003

* marca conquistada antes de modalidade ter registro de recorde mundial

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Maratona de Chicago é cancelada, e 2020 pode terminar sem principais provas de 42 km https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/07/13/maratona-de-chicago-e-cancelada-e-2020-pode-terminar-sem-principais-provas-de-42-km/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/07/13/maratona-de-chicago-e-cancelada-e-2020-pode-terminar-sem-principais-provas-de-42-km/#respond Mon, 13 Jul 2020 22:30:17 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/a69ff7956cc8a9609e47c88153d2028620c1eb62570b123b7c591ad063c4b41e_5f0cc54c12d52.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=508 Penúltima Majors ainda confirmada em 2020, a Maratona de Chicago anunciou seu cancelamento nesta segunda-feira (13), devido à pandemia de coronavírus.

“Nos últimos 42 anos, corredores, voluntários, espectadores e membros da comunidade foram às ruas de Chicago para apoiar uns aos outros e tornar um esporte individual em uma experiência coletiva”, escreveu a organização do evento no Instagram.

“Ainda que esperássemos mais uma vez encher os 42 km de nossa cidade em 11 de outubro, a saúde a segurança de todos participando e apoiando o evento é nossa maior prioridade.”

De acordo com a publicação, os inscritos nas diferentes modalidades poderão receber reembolso ou garantir sua participação nas edições de 2021, 2022 ou 2023.

Com o cancelamento da prova em Chicago, o circuito das Majors –as seis principais maratonas do mundo– pode chegar ao fim de 2020 tendo a realização apenas da competição em Tóquio, no mês março (esta, no entanto, foi realizada apenas com atletas de elite).

Boston, em abril, além de Berlim, em setembro, e Nova York, em novembro, foram anuladas devido à pandemia. A esperança está na competição de Londres, marcada para 4 de outubro –a prova originalmente ocorreria em abril.

A realização das corridas de rua de maneira geral segue incerta. Após a anulação da Maratona de Nova York, especialistas em saúde pública afirmaram que grandes eventos, em especial aqueles que levam a aglomerações, continuarão sendo arriscados até que haja uma vacina contra a Covid-19, segundo o New York Times.

A MARATONA DE CHICAGO

A edição de 2019 da prova na cidade americana foi marcante, com a quebra do recorde feminino por Brigid Kosgei. A competição, inclusive, é a que os corredores participam para obter seus RPs (recordes pessoais). Isso, claro, dentro dos Estados Unidos, uma vez que Londres e Berlim também são  conhecidas por verem recordes mundiais.

A cidade do centro-oeste americano ganhou essa fama por seu clima ameno e percurso plano. Entre os 10 melhores tempos das mulheres na história da maratona, 2 foram lá conquistados. Chicago, no entanto, não figura no top 10 masculino.

E se o clima varia entre ameno e frio , a população de Chicago faz uma recepção calorosa. Metade dos moradores da cidade, 1,5 milhão, costumam ir para a rua acompanhar a maratona.

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Ao superar marca de 21 km, corredora é 1ª etíope a quebrar recorde em prova de rua https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/21/ao-superar-marca-de-21-km-corredora-e-1a-etiope-a-quebrar-recorde-em-prova-de-rua/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2020/02/21/ao-superar-marca-de-21-km-corredora-e-1a-etiope-a-quebrar-recorde-em-prova-de-rua/#respond Fri, 21 Feb 2020 22:16:49 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/324408ab1afc9d6b4d869ac5901f5968d0c374535815f639023ad9db7b71ab1c_5e4fcb921135a-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=370 Ao cruzar a linha de chegada da Ras Al-Khaimah Half Marathon, nos Emirados Árabes Unidos, nesta sexta-feira (21), a etíope Ababel Yeshaneh, 28, entrou para a história do atletismo da nação africana.

Ela foi a primeira atleta do país a quebrar um recorde mundial em uma prova de rua ao percorrer os 21 km da competição em 1h04min31seg. Apesar de as etíopes terem superados marcas importantes em diferentes distâncias tanto nas pistas quanto em provas externas, esse é um feito inédito para uma competição de rua.

“Eu não imaginava esse resultado. Eu sou uma recordista mundial!”, disse a etíope, após a corrida, segundo a World Athletics, federação internacional de atletismo. Antes desta prova, sua melhor marca nos 21 km havia sido 1h05min46seg.

Yeshaneh superou a recordista mundial da maratona (42 km), Brigid Kosgei (Quênia), que concluiu a corrida em segundo lugar com 1h04min49seg —tempo que seria suficiente para superar a marca anterior de 1h04min51seg, estabelecida em por Joyciline Jepkosgei (Quênia), em 2017.

Kosgei liderou a primeira metade, e, no km 5, nove corredoras a acompanhavam no pelotão. Já no km 10, apenas Yeshaneh conseguiu a acompanhar e, no km 15, ultrapassar a queniana.

A rivalidade no asfalto das duas vem desde outubro de 2019, quando a etíope chegou em segundo lugar na Maratona de Chicago, na qual a queniana quebrou o recorde da modalidade.

Entre os homens, Kibiwott Kandie, do Quênia, terminou a prova em primeiro lugar, com tempo de 58min58seg, e seu compatriota Alexander Mutiso Munyao conquistou o segundo lugar, com a marca de 59min16seg.

O resultado da etíope ainda depende dos procedimentos usuais de ratificação.

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Recordista mundial da maratona, queniana participa da São Silvestre https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/12/29/recordista-mundial-da-maratona-queniana-participa-da-sao-silvestre/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/12/29/recordista-mundial-da-maratona-queniana-participa-da-sao-silvestre/#respond Sun, 29 Dec 2019 19:46:43 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/0-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=338 A Corrida Internacional de São Silvestre nesta terça-feira (31) contará com uma presença ilustre na sua 95ª edição. O pelotão de elite terá entre seus nomes a recordista mundial da maratona, a queniana Brigid Kosgei, 25, que em outubro deste ano quebrou a marca até então sustentada por Paula Radcliffe desde 2003. Ela concluiu os 42,195 km em 2h14min04seg.

O trajeto de 15 km e o calor típico de um 31 de dezembro paulistano não devem ser grandes desafios para ela, que treina a 3.000 metros de altitude no Quênia. A recordista, que prefere provas mais frias, corre a distância da São Silvestre em treinos todos os dias no fim de tarde (que podem inclusive chegar a 20 km). Pela manhã, ela percorre normalmente 20 km, o que dá um volume semanal de cerca de 200 km.

Isso quando está treinando para provas. Após a marca histórica conquistada em Chicago, em que ela baixou em 1min21seg o recorde da britânica Radcliffe e em 4min16seg seu até então melhor tempo, ela disse ter diminuído o ritmo.

“Relaxei um pouco, depois de Chicago”, afirmou a queniana. “Voltei aos poucos depois de descansar.”

Seu próximo alvo é a Olimpíada de Tóquio, onde quer representar o seu país. Isso após uma temporada em que esteve sob os holofotes —tanto que estima já ter passado por 54 testes de doping este ano. Kosgei disse, porém, que se não for escolhida fará alguma maratona.

Para se classificar para a maratona olímpica, os atletas precisam alcançar o índice estabelecido pela associação de atletismo —2h11min30seg para os homens e 2h29min30seg para as mulheres. No Quênia, os mais de cem corredores qualificados passam ainda por diversas provas para que a federação do país selecione os três representantes. Os critérios para a escolha final, no entanto, não são claros.

Até outubro deste ano, mesmo os jornalistas do Quênia conheciam pouco sobre a história de Kosgei —algo que não é de se estranhar em um país onde a corrida está para os quenianos assim como o futebol está para os brasileiros. A vitória em Chicago e a marca que obteve alterou esse cenário.

A mudança, porém, não mexeu com a personalidade da recordista. Tímida, demonstra um desconforto em frente às câmeras. Com cerca de 1,60m de altura, não é de dar longas respostas, sempre com o tom de voz comedido.

Seu lugar de conforto é no asfalto. Kosgei começou no esporte como muitos de seus compatriotas. Morando a 10 km da escola no condado de Elgeyo-Marakwet, a 418 km da capital Nairóbi, muitas vezes ela precisava correr para não perder o horário da primeira aula. No caminho, via atletas em seus treinos e almejava se tornar um deles.

Adolescente, competia em distâncias medianas e, ainda que nunca tivesse sido selecionada para representar o Quênia nas competições internacionais, o seu talento chamava a atenção, segundo o seu treinador da época, Robert Ngisirei.

“Era possível dizer que ela era uma atleta muito talentosa mesmo durante os treinos, extremamente disciplinada e competitiva, não gostava de ser ofuscada no treinamento”, disse Ngisirei à BBC.

Sua carreira estava sendo construída até que Kosgei teve de abandonar os estudos aos 17 anos. Sua mãe, que precisava cuidar de sete filhos sozinha, não tinha como pagar a mensalidade da escola.

“Eu não podia ficar triste”, disse durante entrevista coletiva no fim de novembro, dias antes da premiação Atletas do Ano, conferida pela World Athletics. “Na época, eu só aceitei o que havia acontecido e foquei outras coisas.”

Em 2012, passou a se dedicar exclusivamente à corrida, treinando com namorado Mathew Kosgei, que viria a ser seu marido. Isso até o ano seguinte, quando engravidou de gêmeos.

A queniana fez uma pausa do asfalto e esperou os filhos terem quase dois anos para se dedicar novamente à corrida. Retornou em 2015, quando registrou sua primeira marca em competições oficiais, já em uma maratona.

No Porto, ela concluiu os 42,195 km da prova em 2h47min59seg, um tempo longe dos mais fortes da época entre as mulheres, mas o suficiente para que ela terminasse em primeiro lugar.

No ano seguinte, ela teve uma temporada vitoriosa. Das quatro provas que participou, chegou em segundo lugar apenas na Maratona de Lisboa. Nenhuma das competições, no entanto, faziam parte do circuito conhecido, e Kosgei não chamou muito a atenção.

Com uma carreira composta por maratonas, meia maratonas e provas ocasionais de 5 km, 10 km, 15 km e 20 km, em nenhum ano a queniana teve um desempenho tão glorioso quanto em 2019. Foram sete competições, e em todas ela ficou no ponto mais alto do pódio.

Para isso, a dedicação ao esporte foi quase exclusiva. Os filhos ficaram sob os cuidados do marido, um suporte importante.

“Meu marido me disse para não me preocupar, ele cuidaria das crianças, e que eu deveria focar minha carreira e rapidamente elas se acostumaram a me ver apenas nos fins de semana, quando eu voltava para casa”, disse Kosgei à BBC.

Ela afirmou ainda que, apesar da idade, eles entendem que ela está fazendo um bom trabalho enquanto se prepara no centro de treinamento a 6 km de sua casa.

Mas nenhum dos dois, no entanto, deseja seguir os passos da mãe.

“Eles dizem para mim: ‘Eu não quero correr’”, disse a atleta, com um sorriso no rosto, em entrevista no fim de novembro.

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Melhora significativa de performance? Tênis da Nike está sob escrutínio https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/12/14/melhora-significativa-de-performance-tenis-da-nike-esta-sob-escrutinio/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/12/14/melhora-significativa-de-performance-tenis-da-nike-esta-sob-escrutinio/#respond Sat, 14 Dec 2019 17:39:24 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/JT2_4061_1-1024x1024-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=310 A linha Vaporfly da Nike ganhou os holofotes este ano. Foi com um modelo do tipo, exclusivo para a ocasião, que Eliud Kipchoge foi o primeiro a correr uma maratona em menos de duas horas. Brigid Kosgei, 24 horas depois, quebrou o recorde feminino dos 42,195 km, que não era superado desde 2003, também usando um par do modelo.

A marca lançou os tênis com a promessa de melhorar a performance em até 4%. Dois estão à venda apenas nos EUA –Zoom Vaporfly 4% e ZoomX Vaporfly Next%, a US$ 250 (R$ 1.027)–, mas os tempos alcançados pelos atletas profissionais levaram a World Athletics (associação internacional de atletismo, antiga Iaaf) a realizar um estudo aprofundado.

A organização reuniu um grupo de trabalho com ex-atletas e especialistas em ciência do esporte, ética e biomecânica, segundo a Fox Business. Os resultados desse estudo, que pode levar ao banimento dos tênis, estavam previstos para serem divulgados no fim deste ano, mas só devem vir a público no início de 2020.

O foco principal é definir se os tênis da Nike se enquadram na vaga regra definida pela associação: “Os tênis não podem ser desenvolvidos para que dê a atletas uma assistência ou vantagem injusta.”

“O desafio para a Iaaf é encontrar nas regras técnicas o equilíbrio correto entre incentivar o desenvolvimento e o uso de novas tecnologias no atletismo e preservar as características fundamentais do esporte: acessibilidade, universalidade e equidade”, afirmou a Iaaf, segundo a Fox Business.

Ao jornal americano The New York Times, um porta-voz da organização disse precisar de evidências para dizer que há algo errado com os calçados. “Nunca alguém trouxe provas para nos convencer.”

Já em comunicado no início deste ano, a World Athletics afirmou ser “claro que algumas formas de tecnologia forneceriam o atleta com uma assistência que vai de encontro aos valores do esporte.”

Sobre isso, a Nike sustenta que os modelos “estão de acordo com todos os requerimentos de produto da Iaaf e não demandam qualquer inspeção especial ou aprovação”, segundo o jornal americano.

Na quinta (12), a empresa divulgou comunicado em que disse respeitar “a Iaaf e a essência de suas regras, e não criamos nenhum tênis de corrida que devolva mais energia do que aquela gasta pelo corredor.”

Eliud Kipchoge (camiseta branca) e seus pacemakers durante o o desafio em que o queniano correu 42,195 km em 1h59min40seg (Divulgação Ineos 1:59 Challenge)
Eliud Kipchoge (camiseta branca) e seus pacemakers durante o o desafio em que o queniano correu 42,195 km em 1h59min40seg (Divulgação Ineos 1:59 Challenge)

A LINHA VAPORFLY

Mas esses tênis de fato melhoram a performance?

O New York Times publicou nesta sexta-feira (13) um estudo sobre os modelos Zoom Vaporfly 4% e ZoomX Vaporfly Next%, com base em quatro metodologias. E a conclusão é que, sim, eles significam um desempenho superior –talvez mais do que se imagina.

Como os tênis se tornaram populares entre corredores americanos, milhares de dados foram compilados desde 2014, muito antes de os modelos serem lançados.

Eles mostraram que quem usou o calçado correu de 4% a 5% mais rápido do que aqueles que usaram um par mediano e de 2% a 3% mais rápido do que quem usou o que seria o segundo melhor tênis em velocidade disponível.

E um detalhe: não houve diferença significativa entre o Vaporfly e o Next% quando seus efeitos foram medidos separadamente. Para a melhora acima ser alcançada, os resultados dos dois combinados foram usados nas estimativas realizadas pelo jornal.

Segundo o diário, a diferença é vista independentemente de serem atletas profissionais, corredores rápidos ou lentos, frequentes ou ocasionais. O que se observa é um aumento esmagador do uso desses tênis –especialmente por aqueles que correm mais rápido.

Em corridas com dados disponíveis, em cerca de 41% das maratonas completadas em menos de três horas os corredores o fizeram com um dos dois modelos, informa o jornal. Isso apenas nos últimos meses de 2019 (ou seja, na época do desafio de Kip).

O que leva a essa performance superior? Os tênis possuem lâminas de carbono e uma espuma elástica no meio da sola.

A primeira característica armazena e libera energia a cada passo e deve agir como uma espécie de estilingue ou catapulta para impulsionar os corredores. Já a segunda, pesquisadores dizem contribuir para aumentar a economia de energia da corrida.

SOBRE OS DADOS

Com dados do Strava, aplicativo de esporte que funciona como uma rede social de atletas, o jornal reuniu resultados de cerca de 577 mil maratonas e 496 mil meia maratonas de dezenas de países, realizadas entre abril de 2014 e dezembro de 2019.

A partir daí, foram quatro as metodologias usadas para fazer a comparação, combinando resultados do 4% e Next%.

Modelos estatísticos – análise dos tempos associados aos dois modelos;
Comparação entre grupos de corredores – dois atletas com performance similares tiveram as mudanças de desempenho comparadas;
Acompanhamento de corredores que passaram a adotar os tênis – aqueles que mudaram para um dos dois modelos;
Medida da probabilidade de alcançar um recorde pessoal.

E se o leitor-corredor compreende inglês, sugiro dar uma olhada na publicação completa do New York Times, agregada por gráficos comparativos.

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Corredor de Uganda bate recorde dos 10 km na Espanha https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/12/02/corredor-de-uganda-bate-recorde-dos-10-km-na-espanha/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/12/02/corredor-de-uganda-bate-recorde-dos-10-km-na-espanha/#respond Tue, 03 Dec 2019 02:45:56 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/3661cd129aee86ac59d3d88fa470fbce724637e0553a6bcb8eb0cf815fb10e74_5de391f6bb5e9-300x215.jpg https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=298 A corrida de rua 10K Valencia Trinidad Alfonso, na Espanha, viu Joshua Cheptegei quebrar o recorde dos 10 km neste domingo (1º). O ugandense ficou seis segundos abaixo da marca anterior e completou o percurso com 26min38seg.

Com um primeiro quilômetro a 2min42seg, acompanhado de um pacemaker —atletas que ditam o ritmo da prova—, Cheptegei assumiu a liderança, já pedindo um ritmo mais forte. No km 9, ele passou com 23ming59seg marcando no relógio, exigindo que o último quilômetro fosse a 2min45seg para se igualar ao recorde do queniano Patrick Komon, de 2010. Foi então que o ugandense concluiu essa parte a 2min37seg.

Aos 23, Cheptegei coletou vitórias importantes este ano. No Mundial de Atletismo em Doha, levou o título de campeão para casa nos 10.000 metros. Na sequência, venceu o mundial de cross-country na Dinamarca.

“Campeão mundial na Dinamarca, 10.000 metros em Doha e agora um recorde mundial aqui em Valencia. Que ano foi esse”, disse o atleta, segundo comunicado da World Athletics (associação mundial de atletismo, antiga Iaaf).

O resultado de Valencia ainda está pendente das validações oficiais.

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Queniana Kosgei bate recorde mundial da maratona, que não era superado desde 2003 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/10/13/queniana-bate-recorde-de-maratona-apos-16-anos/ https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/2019/10/13/queniana-bate-recorde-de-maratona-apos-16-anos/#respond Sun, 13 Oct 2019 14:48:15 +0000 https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/files/2019/10/0-300x215.jpg true https://linhadechegada.blogfolha.uol.com.br/?p=201 A queniana Brigid Kosgei bateu o recorde da maratona feminina neste domingo (13) na 42ª Maratona de Chicago com o tempo de 2h14min04seg. A marca anterior, 2h15min25seg, era da britânica Paula Radcliffe, que a conquistou em Londres, em 2003.

Favorita, Kosgei liderou a prova toda com mais de quatro minutos de diferença para a segunda colocada, o que dá mais de 1 quilômetro de distância.

As etíopes Ababel Yeshaneh (2h20min51seg) e Gelete Burka (2h20min55seg) ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Brigid Kosgei defendia o título conquistado em Chicago no ano passado (2h18min35seg). Este ano, a queniana venceu a prova em Londres, com o tempo de 2h18min20seg.

A africana também detém a melhor marca da temporada na meia maratona, conquistada no Bahrein, em março deste ano, com o tempo de 1h05min28seg.

Melhores tempos de maratonas

  1. 2:14:04 – Brigid Kosgei (QUE) – Chicago 2019
  2. 2:15:25 – Paula Radcliffe (RU) – Londres 2003
  3. 2:17:01 – Mary Keitany (QUE) – Londres 2017
  4. 2:17:08 – Ruth Chepngetich (QUE) – Dubai 2019
  5. 2:17:18 – Paula Radcliffe (RU) – Chicago 2002
  6. 2:17:41 – Worknesh Degefa (ETI) – Dubai 2019
  7. 2:17:42 – Paula Radcliffe (RU) – Londres 2005
  8. 2:17:56 – Tirunesh Dibaba (ETI) – Londres 2017
  9. 2:18:11 – Gladys Cherono (QUE) – Berlim 2018
  10. 2:18:20 – Brigid Kosgei (QUE) – Londres 2019

RESULTADO MASCULINO

Entre os homens, não houve quebra de recorde. O queniano Lawrence Cherono venceu a prova com o tempo de 2h05min45seg. É o oitavo melhor tempo da prova registrado na categoria masculina.

Em segundo lugar, ficou o etíope Dejene Debela (2h05min46seg) e, em terceiro, seu conterrâneo, Asefe Mengstu (2h05min48seg).

MARATONA DE CHICAGO

Enquanto a de Nova York se tornou uma prova globalizada, que reúne atletas de todo mundo, e Boston virou sinônimo de prestígio, por sua rigorosa qualificação, a Maratona de Chicago é onde os corredores vão para obter seus RPs (recordes pessoais).

Isso, claro, dentro dos Estados Unidos, uma vez que Londres e Berlim também são competições conhecidas por verem recordes mundiais.

A cidade do centro-oeste americano ganhou essa fama por seu clima ameno e percurso plano. Entre os 10 melhores tempos das mulheres na história da maratona, 2 foram lá conquistados. Chicago, no entanto, não figura no top 10 masculino.

E se o clima varia entre ameno e frio –na manhã deste domingo, o termômetro marcava 5ºC–, a população de Chicago faz uma recepção calorosa para os 45 mil atletas dos 50 estados americanos e de mais de cem países que participam da prova. Metade dos moradores da cidade, 1,5 milhão, vai para a rua acompanhar a maratona, que é uma das Majors, circuito mundial com as seis principais competições da modalidade.

Além dos espectadores, 12 mil voluntários trabalharam na edição deste ano em 20 postos de ajuda espalhados pelo percurso. Nessas estações há água, isotônico, auxílio médico, além de um spray com gelo a partir do quilômetro 30 para amenizar as dores comuns após este ponto.

Nem sempre, porém, a prova teve toda essa estrutura. Em 1987, dez anos após a estreia, foi realizada uma edição simbólica, que nem entra no histórico da competição. Isso porque não havia patrocinadores para aquele ano.

Melhores tempos de Chicago

MULHERES

  1. 2:14:04 – Brigid Kosgei (QUE) – 2019
  2. 2:17:18 – Paula Radcliffe (RU) – 2002
  3. 2:18:31 – Tirunesh Dibaba (ETI) – 2017
  4. 2:18:35 – Brigid Kosgei (QUE) – 2018
  5. 2:18:47 – Catherine Ndereba (QUE) – 2001
  6. 2:19:57 – Rita Jeptoo (QUE) – 2013
  7. 2:20:42 – Berhane Adere (ETI) – 2006
  8. 2:20:51 – Ababel Yeshaneh (ETI) – 2019
  9. 2:20:55 – Gelete Burka (ETI) – 2019
  10. 2:21:21 – Joan Benoit (EUA) – 1985
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